Diante de nossas deficiências
Hammed
Jesus, rocha segura que nos ampara!...
Naqueles tempos idos, nos recordamos de tua palavra aos discípulos sobre a “dupla faceta” dos escribas e fariseus. Ao ensinar, disseste: “Cuidado com os mestres da lei. Eles fazem questão de andar com roupas especiais, de receber saudações nas praças e de ocupar os lugares mais importantes nas sinagogas e os lugares de honra nos banquetes. Eles devoram as casas das viúvas, e, para disfarçar, fazem longas orações. Esses receberão condenação mais severa!” (Marcos, 12:38 a 40.)
Temos ciência, Mestre, de que esse grupo de indivíduos — os fariseus —, que viviam na estrita observância das escrituras do Velho Testamento e das tradições orais, apoderaram-se da cadeira de Moisés para aparentarem importância e achavam-se no direito de julgar e condenar a conduta de outrem, a pretexto de ajuda. “Eles devoram as casas das viúvas, e, para disfarçar, fazem longas orações.” Sabemos que no seu tempo, essas eram as pessoas mais indefesas, ignoradas pela sociedade.
Os fariseus utilizavam uma falsa aparência que, não correspondia aos fetos por eles afirmados, servindo-se de máscaras para ocultar suas verdadeiras intenções. De nada menos do que roubo, simulação e disfarce é que Jesus acusou esses religiosos.
Oh! Senhor, é espantoso como não mudamos quase nada desde os tempos em que andavas entre nós!
Os “profissionais da fé” ainda se valem de roupagens especiais, gostam de receber aplausos nas manifestações públicas, condecorações nas praças, o que equivale à apresentação nos meios de comunicação social na atualidade.
Nas exposições públicas, escolhem o posto de maior destaque e nos banquetes, as posições de honra. Infelizmente, nada se modificou nas circunstâncias atuais.
Outras vezes, disseste mais: “Ai de vós, escribas e fariseus, hipócritas! Pagais o dízimo da hortelã, do endro e do cominho e desprezais os preceitos mais importantes da lei: a justiça, a misericórdia, a fidelidade. Eis o que era preciso praticar em primeiro lugar, sem contudo deixar o restante. Guias cegos! Filtrais um mosquito e engolis um camelo!” (Mateus, 23:23 e 24.)
Cristo de Deus, ainda hoje muitos de nós nos identificamos como “fariseus e escribas da atualidade”. Vivemos ilusões que distorcem a realidade e adotamos “papeis” que não correspondem à verdade. As máscaras turvam nosso reino interior e desfiguram os fatos tais quais são.
No entanto, rogamos, Jesus, a claridade de alma! Estamos cansados de sonhos falidos e de ilusões que geram frutos amargos. Ajuda-nos a viver no chão de nossas tarefas de elevação e renovação. Despoja-nos das quimeras que nos deslumbram, das opiniões sem consistências, dos comportamentos desconexos, dos juízos insensatos, das condutas incoerentes e incompatíveis com a vida real.
Diante de nossas deficiências, dá-nos lucidez, Senhor, para que possamos ver o apoio divino que há em tudo, convidando-nos à aceitação de nossas fraquezas e à renovação das atitudes inadequadas.
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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