Necessário
Marco Prisco
‘‘Entretanto poucas (cousas) são necessárias, ou antes uma só...” (Lucas - 10:42.)
A fim de que você divulgue o Espiritismo, não se fazem necessários:
profetismo metafórico, carregado de símbolos complicados, com ameaças para o futuro;
mediunidades fulgurantes a se expressarem em penas vigorosas e palavras eloquentes, zurzindo látego contra as concepções religiosas do passado;
trabalhadores exigentes quais verdugos das fraquezas alheias, sempre prontos a vergastar o próximo;
críticos sibilinos, apoiados à retórica e ao sofisma, como apontadores de chagas abertas em putrefação iniciante;
examinadores livres das consciências alheias, esgrimindo opiniões em encarniçadas batalhas literárias;
orientadores inflexíveis, portando vigorosas construções do pensamento universal dos tempos e dos povos...
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O de que necessita o Espiritismo hoje, como o Cristianismo de ontem difundiu, é do serviço anônimo do herói desconhecido, capaz de guardar-se no silêncio da renúncia após o bem que faça.
Profetas e médiuns, palradores e escreventes, fiscais e orientadores, examinadores e críticos eficientes, a Humanidade sempre os teve, sem que, contudo, a dor tivesse recebido o devido amparo e a aflição fosse honrada com assistência fraternal.
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A Doutrina Espírita, na atualidade, desbravando o continente da alma, está necessitando de trabalhadores em burilamento íntimo que se capacitem ao serviço, nos campos da caridade eficiente para a real operação da felicidade humana.
Em razão disso, faz-se indispensável você servir para glorificar-se, ajudar para sublimar-se e sofrer para libertar-se.
Não faltarão os que preferem comandar, fiscalizar, exigir, seguindo, porém, a sós...
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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