Alexitimia
Hammed
“Jesus pois, quando a viu chorar, e também chorando os judeus que com ela vinham, moveu-se muito em espírito, e perturbou-se. E disse: Onde o pusestes? Disseram-lhe: Senhor, vem, e vê. Jesus chorou.” (João 11:33-35)
Não devemos temer nenhum dos nossos sentimentos, nem mesmo aquele que acreditamos ser o pior deles. Antes de nos censurarmos por senti-lo, tomemos a decisão do que fazer com ele.
A criatura humana que constantemente nega suas sensações íntimas não as destrói, mas perde a capacidade de administrá-las ou aprimorá-las.
Conter a alma é ignorar o sentir; é não dar nenhum valor aos sentimentos, concedendo sempre um crédito desmedido ao sentir dos outros, em detrimento dos próprios valores e potencialidades internas.
Abafar ou negar as emoções pode nos trazer consequências desagradáveis, criando em nós um campo fértil para que transtornos emocionais se instalem e se desenvolvam.
O antídoto para combater esses conflitos é verbalizar, ou seja, dizermos o que estamos sentindo, sem medo de dividir isso com os outros.
Alexitimia é o nome que se dá a uma marcante dificuldade em verbalizar emoções, expor sentimentos, bem como em narrar sensações corporais. O termo provém do grego – A sugere ausência; lexis, palavra; e timia, emoção.
Pessoas que sofrem de Alexitimia ignoram o que sentem, sem saber, portanto, como dizê-lo com palavras, não distinguindo uma emoção de outra; também desconhecem que têm uma carência: a capacidade de reconhecer e expressar suas emoções. Atribuem o mal-estar que sentem a algo que comeram ou beberam, distanciando de si, dessa forma, o real motivo da sensação desagradável, que na verdade é a agitação íntima. Não possuem consciência de seus problemas internos e se veem tranquilas e adaptadas no quesito emocional, apesar de estarem extremamente bloqueadas em uma das áreas mais importantes da vida: a sentimentalidade.
O hábito de rejeitarmos frequentemente a emotividade que emerge de nosso mundo interior nos faz perder a capacidade de avaliar de forma correta nossos sentimentos.
Por consequência, isso poderá intervir ou afetar o diálogo lúcido e apropriado com nós mesmos e com nossos semelhantes.
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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