sábado, 27 de setembro de 2025

A força do perdão

A força do perdão

Miramez


"Naquele mesmo dia, Herodes e Pilatos se reconciliaram, pois antes viviam inimizades um com o outro". (Lucas 23:12)

A presença do Mestre em qualquer lugar era motivo de paz.

Vejamos um exemplo:

Sendo Jesus galileu, não podia ser julgado cm Jerusalém. A habilidade política de Pilatos fez com que o Nazareno chegasse às mãos de Herodes que, porventura, achava-se a passeio pela cidade, onde a grande águia romana simbolizava o domínio.

Este já ouvira falar sobre o filho do carpinteiro. Mas nunca tivera oportunidade de conhecê-lo. Despertava em seu coração o ciúme, por ouvir falar da personalidade e da força, que o Mestre possuía, de atrair o povo.

Em seus ouvidos, ressoavam as advertências dos seus servos: "ele cura os enfermos, levanta os mortos, dá vista aos cegos; a sabedoria que sai de seus lábios, nunca foi vista e ouvida nestas regiões; cuidado Herodes, cuidado Pilatos, cuidado governadores e altos representantes de Roma: os senhores poderão perder seus lugares..."

Para se convencer de que o anunciado a respeito daquele homem era verdadeiro, Herodes queria assistir a um sinal, que Jesus pudesse fazer no céu. Não era profeta? Não se dizia filho de Deus? "Quero assistir algo prodigioso, conversar com ele. Quem sabe se ele não é mesmo possuidor de poderes que possam, de algum modo, garantir-me na minha posição, eternamente? Caso isso aconteça, terei provas de que é mesmo enviado de Deus!..."

Herodes, como relata o texto evangélico, estava inimizado com Pilatos. A manha da velha raposa e a astúcia e força da água eram incompatível. Cada um queria o cetro do comando total da massa sofredora, da qual, Jesus, pelas bocas dos profetas, havia de ser o comandante supremo, em todos os quadrantes do globo; não somente rei dos judeus, mas de toda a humanidade.

Herodes abriu alas por entre os guardas, ansioso por falar com o Mestre; de muitos modos o interrogou, mas Jesus nada lhe respondeu. Os sacerdotes e escribas ali presentes, acusavam Jesus. O Mestre enfrentava tranquilo os punhos cerrados e as feições ferozes, que transmitiam, em meio a uma e outra cuspada, o veneno do ódio maledicente.

Protegido do povo em fúria por sua numerosa guarda, Herodes tratou a Cristo com desprezo; este, lendo seus pensamentos, conhecendo seu coração, nada responde.

Deixa suas perguntas no ar, por serem elas envernizadas pelo egoísmo, nascidas da vaidade, sem nenhum sentido altruístico.

Na sua mudez, todavia, Jesus fez a Herodes um bem muito maior ao seu coração torturado, imprimindo, na mente psicofísica do velho psicopata, a força do perdão, que apagou para sempre seu ódio contra Pilatos.

Eis porque falamos da necessidade do perdão. Não somente quando sofremos as tramas dos Pilatos e dos Herodes, mas em todas as partes a que a vida nos chamar, o perdão é portador da semente dos céus. Onde passa, garante a amizade, refrigera o coração. Perdoar deve ser o gesto por excelência do homem de bem; perdoar, deve ser o clima do cristão, verdadeiro sinal dos céus de que o coração se encontra preparado para a academia do amor.

Experimenta, meu filho, perdoar por onde transitares e verás; oferta o perdão aos que te ofendem, e sentirás o céu, com Deus e Cristo no coração.

Herodes, andando de um lado para outro, inquieto por não ter atingido seu intento, mandou vestirem o Cristo de um manto aparatoso, e devolveu-o a Pilatos.

Sem sabê-lo, apresentou uma mensagem de reconciliação com o embaixador de Roma nas terras do Oriente, e desde então, Pilatos não mais odiou a Herodes.

A força do perdão, desprendida do Cristo, ao receber o escárnio e o desprezo, fez com que Pilatos e Herodes se tornassem amigos, conforme relata a evangelho:

“Naquele mesmo dia Herodes e Pilatos se reconciliaram, pois antes, viviam inimizados um com o outro.”

Miramez por João Nunes Maia do livro:
Alguns Ângulos dos Ensinamentos do Mestre

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