Fadiga no Bem
Joanna de Ângelis
Queixas-te do deperecimento de forças que te invade, e não sabes explicar a razão da amarga ocorrência.
Interrogas em silêncio como é possível que, dedicando ao bem, sejas alvo da agressividade dos maus Espíritos que te prostram com as suas energias deletérias.
Reclamas que a tua entrega à obra de amor que o Evangelho preconiza não te defende das inspirações negativas nem dos tormentos que, vez por outra, assaltam a tua casa mental e aturdem os teus pensamentos.
Estranhas a situação emocional inquieta e a irritação contínua que tomam corpo em teu organismo com frequência.
Constatas, em determinados dias, que o teu ânimo e tuas forças morais encontram-se no limite.
Insistes na prática dos deveres que te dizem respeito, nada obstante sofres os acúleos da animosidade injustificável contra quase tudo e todos.
Surpreendes-te por verificares que todos os esforços aplicados em favor da conduta saudável parecem inválidos.
... E chegas à falsa conclusão de que os resultados que recolhes do procedimento correto não são os desejáveis, experimentando a tentação de entregar-te ao desencanto, à desesperação.
Sabes que às ações nobres correspondem efeitos equivalentes, apesar disso experimentas mal-estar e aborrecimento.
Observas outras pessoas de conduta leviana e distantes da ordem bem como dos atributos cristãos, que parecem felizes, jubilosas, vivendo em clima de festas contínuas.
Sucede, porém, que apenas parecem, mas não são ditosas quanto supões na tua apreciação ligeira.
Utilizam-se das redes sociais e exibem o que gostariam de ser, mascarando-se de ilusões, em exibicionismos doentios, como fugas psicológicas a fim suportarem a solidão, as frustrações e os conflitos que padecem.
Considera a situação de um enfermo em tratamento e dele sem atendimento especializado. Se os seus males não são atenuados sob a cuidadosa assistência, sem ela muito mais grave se encontraria.
O que observas como prejudicial e perturbador em ti possui raízes mais profundas do que pensas e as suas manifestações são muito menos prejudiciais do que se te apresentam.
Fossem ocorrências sem o contributo do dever que as diluem, tombarias em aflições que não imaginas, na fadiga ou na agressividade.
Certamente, porém, nem todos que mourejam na recuperação conseguem permanecer conforme o fazes. Caem uns nas malhas intrincadas da angústia e desistem de avançar, outros se revoltam e abandonam as excelentes oportunidades de reconstrução da existência.
Arrepender-se-ão mais tarde, ao despertarem para a realidade, e não terão como recompor-se, como superar as situações terríveis em que se encontram.
A organização física é sempre uma bênção divina para o milagre da evolução. Na sua complexidade, impõe necessidades e situações especiais que devem ser administradas sabiamente pelo Espírito, nem sempre lúcido, mas intuído de como comportar-se, bastando atender à Lei de Amor.
*
Estás convocado para a libertação da consciência no que se refere às paixões dissolventes.
És herdeiro do primarismo e das suas fixações defluentes do tempo em que transitastes pelas suas trilhas demoradas.
Compete ao teu esforço galgar degrau mais elevado na simbólica escada de Jacó, no teu processo de transcendência espiritual.
Capacita-te do que deves realizar e reflexiona com frequência a respeito da jornada em que te encontras.
Não estás nela por impulso do acaso, mas por necessidade do princípio de crescimento na direção de Deus.
Aceita as injunções penosas como as benignas, arrimando-te na imposição de ser livre, e não desistas de lutar.
Já venceste larga faixa do caminho iluminativo, e a razão te impele na direção da Grande Luz. Sempre melhor a fadiga do bem do que o cansaço da luxúria, da lassidão da usura, do impositivo dos vícios exaustivos.
São poucos aqueles que trabalham até o cansaço, sem reclamação, na seara da luz.
Estás assinalado por pesado ônus na economia da vida imortal, que clama pela inadiável regularização.
As tuas forças nessa renhida batalha, se mudares a direção do pensamento para as paisagens da espiritualidade com as reflexões da caridade, tornar-se-ão rosas distribuídas pelas tuas mãos, que deixarás pelos tortuosos caminhos vencidos.
Respira forte e agradece a Deus o cansaço que, de momento, impede-te o desvario e o enfado que te propõem a fuga da renovação íntima.
Todos aqueles que alcançaram o acume da montanha venceram os vales e abismos da subida.
Estás em plena e vigorosa atividade e não te queixes do trabalho libertador, insistindo, embora com os joelhos desconjuntados, conforme assinalava o Apóstolo Paulo, com a certeza da vitória final.
Bem-aventurado é todo aquele que se esfalfa no cumprimento do dever, porquanto as compensações de paz e alegria são inauditas.
Os sonhos e ilusões oferecem alegrias enganosas e parecem mágicos nas suas cores de fantasia.
A realidade, porém, é sempre severa, porque sobre ela são construídas as bases da felicidade a que se anela.
A relatividade do gozo que se frui é muito fugaz, à semelhança de entorpecente que abranda a dor, mas não a elimina. Logo mais passa o efeito e retorna a aflição.
O ideal é sempre erradicar a causa do problema, a fim de o eliminar e evitar os seus efeitos danosos.
*
Galga o monte da sublimação evangélica e conduz a tua cruz de
redenção com a certeza de alcançares o Infinito, quando chegares ao topo da subida.
Não olhes para trás e somente mira o alvo da plenitude.
Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Vidas vazias
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- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610 /98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
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