segunda-feira, 3 de novembro de 2025

Nunca subestimes o amor

Nunca subestimes o amor

Joanna de Ângelis



Estás combalido porque as tuas expectativas na área da afetividade resumiram-se em inesperados desencantos, que ora te confundem a maneira de pensar e, sobretudo, a forma de agir.

A tua carência afetiva fez-te acreditar em bem-sucedidas aparências de amor, e te permites confiar que valia a pena entregar o coração e acreditar nos sentimentos que te eram apresentados.

Terrível engano, porque, agora, em circunstância própria, a pessoa desvelou-se e apresenta-se destituída de equilíbrio no campo do comportamento que parecia não aceitar.

A ternura que vias na face de quem te demonstrava bondade era apenas máscara que ocultava o ser real, que teimavas por não enxergar.

No íntimo, uma intuição do bem te advertia que afetos negociados jamais possuem legitimidade.

Deixam-se comprar e jamais se comovem com os sentimentos de afabilidade e de carinho que os cercam.

Apresentam-se frios e de caráter forte, humilham-te, dando a impressão de que a ti se encontram superiores, em autovalorização, e silencias no teu aconchego de esperança, anelando por qualquer migalha de atenção que te ofereça em boa técnica de ludibriar-te e continuar contando contigo, sem permitir-te o inverso.

Aparentam cuidar de ti, numa forma de corresponder ao que recebem do teu coração afetuoso, e te encantas, supondo ser manifestação de afeto.

Como não te amam, devolvem-te em cuidados exteriores com que impressionam os outros, revelando uma bondade que estão longe de sentir.

Com muitas exceções, o amor entre as criaturas humanas ainda está assinalado por interesses escusos, embora os disfarces variados com que se apresentam.

Sentes um frio interior que te congela neste momento, ante a constatação do que já sabias intuitivamente.

Na tua ingenuidade, insistias, mantendo a expectativa de mudança alguma, até mesmo de compaixão, que não têm.

Aprende com a realidade a mover-te agora com a sabedoria da experiência doída que te crucifica na amargura.

Essa alma amiga a quem te entregaste e te relega não merece o teu sofrimento. Ergue a cabeça e avança no rumo da fraternidade. Talvez, nesta existência, não esteja no teu programa receber, senão apenas dares amor.

As paisagens mundanas ricas de sedução reduzem os sentimentos ao imediatismo do gozo, da sensação, da variedade dos prazeres.

A afetividade enriquece melhor, porque proporciona harmonia e beleza, encantamento e paz. Nada obstante, para que seja alcançado esse patamar de sentimento, é necessário que haja merecimento. Muitos afetos que se acariciam a toda hora quase sempre são superficiais, tentadores, exibicionistas, e alteram-se por ocasião de novidades que aparecem adiante.

Essa onda de melancolia e insegurança passará com mais rapidez se não permaneceres cultivando esperança de recomeço, de mudança.

A pessoa está adiante de ti, ama, aspira a outrem, contenta-se e desfruta desse carinho que lhe é compensador.

Aceita o desafio do abandono que te oferece e não olhes para trás.

Todas as palavras que antes te disse eram oferendas de sonho. 

Houve tempo em que procurou aquilatar as vantagens que fruiria ao teu lado e, por isso, permitiu-te esperar, sem comprometer-se, para, no momento próprio, rudemente afirmar-te que não te confirmou essa afeição, a que tu lhe dedicas.

A existência humana é um curso de aprendizagem transcendente, mediante a roupagem carnal, imanente.

*

Desperta para o amor verdadeiro, aquele que ilumina a noite dos sentimentos, e alarga a vereda por onde seguem os aflitos.

Desce do pedestal imaginário em que te encontras e passa a caminhar com aqueles que vivem em solidão e te olham com avidez, desejando estar contigo, pelo menos, um momento.

Investe neles, esses que também anelam pelo amor e não têm tido oportunidade sequer de receber uma quota de amizade.

Os relacionamentos humanos são imperiosa necessidade de viver em harmonia em si mesmo. O próximo somos nós do outro lado, com as mesmas carências e necessidades, aguardando a lapidação indispensável à vitória sobre as paixões amesquinhantes.

Renasceste na Terra para amar, ensinar o amor, cantar o amor e demonstrar a excelência do amor. Por enquanto, não está na pauta da tua evolução recebê-lo, adornar-te de alegria, usufruíres das suas bênçãos na condição de beneficiário.

A solidão é o teu caminho de aprendizagem, de amadurecimento, de serviço.

Felizes são aqueles que compreendem o dever de ajudar, mesmo quando estão necessitando de socorro. Dessa forma, compreende melhor o significado do auxílio que podes dispensar.

Aqueles que te veem sorrindo, como se estivesses pleno de alegrias, não imaginam as horas de tristezas e de ansiedades que afogas em lágrimas vertidas pelo coração.

Apesar disso, ama assim mesmo.

Não te desencantes com o amor, que é hálito divino sustentando a vida e a grandeza universal.

Os seres humanos estão, somente agora, descobrindo a grandeza do amor desinteressado e enternecedor, e compreendendo que ninguém alcançará o topo da subida sem uma alma cireneia ao lado, auxiliando.

Treina, portanto, o bem-estar, neste momento de agrura e soledade, de tal maneira que aquele que te subestima não se dê conta de que já não é tão importante para a tua felicidade.

Além do mais, recorda-te de que, no Mundo espiritual, existem afetos profundos que se te dedicam, que te acalentam e socorrem, jamais te abandonando, seja em qual circunstância for.

... E, se o teu amor é verdadeiro, permanece amigo de quem talvez até te desdenhe na sua vanglória momentânea.

Ascenderás espiritualmente, e nesse caminho de evolução pode ser alcançarás as metas existenciais e irás distender teus braços e mãos amigas a esse afeto que, então, bendirá a tua ajuda.

Volve agora à alegria de viver e de poderes agir sem contar com a ajuda de outrem, conforme ontem te iludias.

Possuis mais forças e recursos do que imaginas.

Os heróis revelam-se nas horas dos combates, e não nos momentos tranquilos de paz.

*

Jesus, que é Luz do mundo, provou da escuridão resultante do abandono de quase todos aos quais amou, permanecendo confiante e meigo em relação a eles, a ponto de retornar após a morte, para prosseguir amando-os.

Deixa-O amar-te e segue amando-O com abnegação e coragem.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Vidas vazias

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Um comentário:

  1. Quanta verdade! é muito difícil esperar carinho daquele que apesar do amor não consegue se expor ao carinho físico, instalando dessa forma a tristeza aumentando a desconfiança do bem querer.

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