terça-feira, 19 de julho de 2022

Para fazer o que faria Jesus

Para fazer o que faria Jesus

Richard Simonetti



“ Tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também a eles, pois isso resume a Lei e os profetas.” (Mateus, 7:12.)

O ideal cristão, este caminho glorioso das mais sagradas realizações da existência, é de enunciado muito simples. Diz André Luiz que com dez minutos de leitura do Evangelho encontraremos roteiro capaz de orientar seguramente a existência inteira. Mesmo esses minutos poderão ser reduzidos a apenas alguns segundos com a Regra de Ouro:
“Tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também a eles.”
Se estivéssemos com fome, sede, frio...

Se sofrêssemos os achaques da enfermidade...

Se trouxéssemos o coração amargurado e intranquilo...

Se problemas graves tumultuassem nossa mente...

Se a dor fosse nossa companheira inseparável...

Se a tormenta de expiações dolorosas desabasse sobre nosso destino...

Se a noite das frustrações e do desânimo, sem estrelas de esperança, inundasse de sombra nossas almas...

Se a Vida nos parecesse inteiramente destituída de significado e objetivo, o que desejaríamos receber do semelhante?

Alimento, agasalho, medicamentos e muito mais:

Orientação e esclarecimento para o cérebro!

Conforto e estímulo para o coração!

Uma palavra amiga, um gesto de solidariedade, uma visita, um sorriso fraterno!

Algo que nos fizesse sentir que não estamos abandonados à própria sorte! Que nos momentos difíceis alguém se faz nosso irmão, para, em nome de Deus, atender nossas preces ou derrubar as barreiras da descrença, se, porventura, incorrermos no engano de supor que Deus nos abandonou!
“Tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também a eles.”
Hoje e sempre, em hospitais, prisões, abrigos... Em lares humildes e casebres miseráveis, em todas as cidades do mundo, há milhões de pessoas que passam fome! Que asilam no coração a frustração e a dor, a dúvida e a perplexidade, a angústia e o medo!

E nós, que nos dizemos discípulos de Jesus, que pretendemos a condição de seguidores daquele Mestre excelso, que passou a existência distribuindo amparo aos sofredores da Terra, o que estamos realizando em favor de nossos irmãos?!
“Tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também a eles.”
Este é o lema dos Espíritos superiores que velam pelos homens, oferecendo-lhes orientação, coragem, bom ânimo diante das lutas da existência. Todavia, como poderão alimentar o faminto, estender agasalho ao que tem frio, dar medicação ao enfermo, endereçar uma palavra mais objetiva de esperança aos que sofrem, se não dispõem de instrumentos de boa vontade na Terra? Os cristãos de todas as escolas, mesmo do Espiritismo, ainda confundem religião com presença nas igrejas e religiosidade com reza. E insistem em ignorar que Aquele a quem chamam Mestre e Senhor, o Cristo de Deus, fazia do espírito de serviço a sua igreja e da prática do Bem a sua oração.
“Tudo o que quiserdes que os homens vos façam, fazei-o assim também a eles.”
É indispensável que nos movimentemos, que ofereçamos nossa contribuição pessoal no trabalho pioneiro de sacrifício e desprendimento em favor de um mundo melhor. Isto, não simplesmente porque o próximo é nosso irmão! Não apenas porque é preciso semear o Bem para que colhamos a felicidade! Mas, sobretudo, porque estamos todos no mesmo barco, e enquanto o clima de infelicidade e sofrimento estiver no mundo também seremos infelizes e sofredores, ainda que sob o ponto de vista humano nossa situação nos pareça razoável.

Para que nos decidamos e sejamos firmes nesse empenho, é indispensável que estejamos atentos a estas afirmativas de Jesus:
“Quem quiser salvar a sua vida, perdê-la-á; e quem perder a vida, por minha causa, achá-la-á.” (Mateus, 16:25.)
Enquanto nossas motivações maiores estiverem vinculadas a realizações junto à profissão, à família e, particularmente, aos bens materiais, encontraremos grande dificuldade para um ajuste perfeito diante da vida e seus objetivos. Poderemos desenvolver com dedicação as tarefas do lar, produtivo trabalho profissional e até mesmo favorecer várias pessoas com os bens materiais de que dispusermos, mas faltará sempre aquele elemento essencial, capaz de produzir frutos sazonados de renovação e progresso, que é o desprendimento de nós mesmos...

É a esse desprendimento que Jesus se refere quando nos convida a “perder a vida”, habilitando-nos a realizar o que vai além, muito além das simples motivações geradas por interesses pessoais.

Quando decidimos dar um sentido verdadeiramente cristão à existência...

Quando renunciamos à televisão para colaborar na instituição socorrista...

Quando substituímos o passeio pela visita ao enfermo...

Quando instituímos a semana cristã, de trabalho no sábado e no domingo, no campo da fraternidade humana...

Então, familiares não despertos para os imperativos do Bem e amigos distanciados das realidades essenciais começam a murmurar:

“Você está perdendo a vida!”

É exatamente isso que Jesus espera de nós!

Que percamos a vida, esta vida tola, improdutiva, desajustante, estagnada, comprometedora, que caracteriza o indivíduo comum, empolgado pelo próprio bem-estar.

E, trabalhando com perseverança em favor do semelhante, teremos condições para alcançar a vida em seu sentido mais amplo — aquela “vida abundante” que vibrará em nossas veias, quando nosso coração se alimentar de sentimentos nobres e nossa mente se povoar de ideais superiores, para que Jesus fale por nosso intermédio.

Richard Simonetti do livro:
A voz do monte

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