Dádiva de Deus
Irthes Therezinha
Desculpar as ofensas sem comentá-las
Auxiliar os companheiros do caminho sem falar disso a ninguém.
Humilhar-se para os amigos, a fim de conservá-los.
Escutar referências infelizes envolvendo-as em silêncio.
Ver quadros inconvenientes ou destrutivos apagando-lhes as imagens e as cores na memória, para que não cheguem à conversação.
Solucionar problemas dessa ou daquela pessoa amiga, sem que ela venha a saber disso.
Abster-se de qualquer comentário infeliz, quando o propósito de enunciá-lo nos visite a cabeça.
Repetir informações sem alterar a voz e sem críticas, mesmo risonhas, com os nossos semelhantes que ainda não hajam adquirido a suficiência desejável no domínio da compreensão.
Respeitar as mágoas alheias, vestindo-as com a benção da amizade e do entendimento.
Aceitar sem melindres a irritação de qualquer pessoa, sem excitá-la com respostas esfogueantes.
Apagar o braseiro da discórdia, no nascedouro, sem contar vantagens de semelhante construção espiritual.
Estejamos certos de que as dádivas em favor dos homens são todas elas bênçãos da vida que a vida nos retribuirá fatalmente; no entanto, existem dádivas para Deus que os beneficiados desconhecem, e que Deus saberá premiar com a luz da alegria e com a paz do coração.
IRTHES THEREZINHA Lisboa de Andrade, nascida e desencarnada em Ubá, MG, respectivamente, em 27/8/1921 e 15/ 7/1977, foi espírita atuante, inclusive, no campo mediúnico, recebendo instrutivas páginas do Além. Diplomou-se professora primária. Três meses após o desenlace, enviou a sua primeira mensagem, pelo lápis mediúnico de Chico Xavier, endereçada aos seus amigos, integrantes da União da Mocidade Espírita de Niterói, publicada no Anuário Espírita 1984, p. 75/80.
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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