terça-feira, 21 de janeiro de 2025

Mediunismo, mediunidade e especialização

Mediunismo, mediunidade e especialização

Marlene Nobre


Embora seja uma das funções humanas mais primitivas, a mediunidade “somente agora começa a aparecer no conjunto de atributos do homem transcendente”. (1) É natural que seja assim porque ela evolui com o próprio ser. Na longa trajetória “do átomo ao arcanjo”(2), em busca da espiritualidade superior, o espírito vem estagiando, em incontáveis encarnações sucessivas, nos organismos os mais diversos, dos cristais atômicos aos seres pluricelulares, passando por toda a escala zoológica, dos animais irracionais aos homens primitivos e atuais, despojando-se muito lentamente da animalidade grosseira.

Nesse longo trajeto evolutivo, o princípio espiritual ou inteligente vem se individualizando. Hoje, podemos dizer que não se encontra nem mesmo na metade do objetivo a ser alcançado, que é o de atingir o estágio de anjo ou de aperfeiçoamento superior, por isso, é fácil compreender as dificuldades da criatura humana em aceitar o estudo e o exercício da própria faculdade mediúnica. Não se pode esquecer que essa faculdade é neutra e independe de raça, religião e classe social. Na maior parte dos casos, nem mesmo de evolução espiritual. Por isso mesmo, é necessário fazer a distinção entre mediunismo e mediunidade.

Referimo-nos ao mediunismo quando a faculdade é conservada em estado bruto e exercida de modo empírico, sem que o médium se submeta à disciplina conferida pelo estudo e pela reforma íntima, que significa empenho em domar as más inclinações. Sem lapidação da conduta moral, de conformidade com as lições de Jesus, dificilmente a faculdade terá emprego útil. No entanto, ao contrário, o uso do termo “mediunidade” pressupõe a busca de disciplina, alicerçada no estudo construtivo e na aplicação útil, o que significa doação inteiramente gratuita dos dons recebidos da Divina Providência. Por essa razão, “a mediunidade é conferida sem distinção, a fim de que os espíritos possam trazer a luz a todas as camadas, a todas as classes da sociedade, ao pobre como ao rico; aos retos, para os fortificar no bem, aos viciosos, para os corrigir”.(3)

No estudo da mediunidade, é preciso deter-se também na questão da especialidade, pensada como importante momento da própria disciplina necessária ao bom desenvolvimento do médium. Ensina Kardec que esse estudo é necessário não só para os próprios médiuns, mas também para os pesquisadores, que precisam escolher entre os mais aptos. O espírito Sócrates (4) reforça essa necessidade na seguinte passagem:

Limitando-se à sua especialidade o médium pode aprimorá-la e obter bons resultados. [...] não é raro ver-se, infelizmente, médiuns que não se contentam com as faculdades recebidas e aspiram, por amor próprio ou por ambição, possuir faculdades excepcionais, capazes de os tornarem famosos. Essa pretensão lhes tira a mais preciosa qualidade: a de médiuns seguros!

Com Emmanuel (5), reconhecemos que “o homem enciclopédico em faculdade ainda não apareceu, senão em gérmen, nas organizações geniais que raramente surgem na Terra, e temos de considerar que a especialização na tarefa mediúnica é mais que necessária [...]”.

O próprio benfeitor espiritual deu um exemplo muito claro do que é especialização ao médium missionário Chico Xavier, seu tutelado. Segundo testemunhas, o mentor materializou-se, certa feita, na cidade de Pedro Leopoldo, em Minas Gerais, numa das aparições mais extraordinárias de que se tem notícia: todo revestido de uma túnica brilhante, que tinha à frente, em destaque, marchetada de luz, a constelação do Cruzeiro do Sul. Com a finalidade de dar um recado aos participantes, colocou um ponto final na realização dessas sessões, que contavam também com a doação ectoplásmica de Chico Xavier, porque este deveria concentrar suas energias mediúnicas na recepção de livros, sua missão principal. A especialização em mediunidade é, pois, uma necessidade. Cada médium deverá obedecer aos desígnios do mais alto, de comum acordo com o seu guia e protetor, a fim de descobrir a melhor forma de ser útil e render mais.

Por tudo quanto vimos, cremos muito justa a observação de André Luiz (6):

a mediunidade não requisitará desenvolvimento indiscriminado, mas, sim, antes de tudo, aprimoramento da personalidade mediúnica e nobreza de fins, para que o corpo espiritual, modelando o corpo físico e sustentando-o, possa igualmente erigir-se em filtro leal das esferas Superiores, facilitando a ascensão da Humanidade aos domínios da luz.
Marlene Nobre do livro:
O Dom da Mediunidade - Um sentido novo para a vida humana, um novo sentido para a humanidade

Referências Bibliográficas:

(1) O Consolador, questão n. 388.
(2) O Livro dos Espíritos, questão n. 540.
(3) O Livro dos Médiuns, Cap. XXIV, item 12.
(4) O Livro dos Médiuns, Cap. XVI.
(5) O Consolador, questão n. 388.
(6) Evolução em dois Mundos, Cap.17.

=============================
Livro: O Consolador (Emmanuel por Chico Xavier)
388 – Nos trabalhos mediúnicos temos de considerar, igualmente, os imperativos da especialização?
– O homem do mundo, no círculo de obrigações que lhe competem na vida, deverá sair da generalidade para produzir o útil e o agradável, nas esferas de suas possibilidades individuais.
Em mediunidade, devemos submeter-nos aos mesmos princípios. O homem enciclopédico, em faculdade, ainda não apareceu, senão em gérmen, nas organizações geniais que raramente surgem na Terra e temos de considerar que a mediunidade somente agora começa a aparecer no conjunto de atributos do homem
transcendente.
A especialização na tarefa mediúnica é mais que necessária e somente de sua compreensão poderá nascer a harmonia na grande obra de vulgarização da verdade a realizar.
Curta nossa página no Facebook:

Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com 

 


segunda-feira, 20 de janeiro de 2025

Oração de entrega

Oração de entrega

Eros


Senhor:

Eu sou o barro humilde em Tuas mãos de Oleiro Sublime, aguardando que modeles a felicidade que devo experienciar;

Eu sou o metal rijo que a Tua chama de amor ardente irá produzir a forma que delineias para mim;

Eu sou a pedra bruta, que o Teu cinzel trabalha, a fim de libertar-me das anfractuosidades que me deformam;

Eu sou a madeira grotesca, que sofre a lâmina do Teu labor, de modo a converter-me em utilidade;

Eu sou a água impura que o Teu filtro de misericórdia restitui a pureza perdida;

Eu sou a ave prisioneira na gaiola estreita das paixões e que Tu libertas para alçar o voo da imortalidade...

Nem sempre tenho sabido entender-Te os desígnios.

Supunha, equivocado, que o meu amor por ti, possuiría o miraculoso condão de poupar-me aos sofrimentos e aos desafios necessários, dando me conta, agora, que esses mecanismos são teus instrumentos para purificar-me, aproximando-me mais de ti.

O verdadeiro amor, faz-me descobrir que o infortúnio e a dor não passam de efeitos da insensatez que os desencadeou, sendo, portanto, justo, experimentá-los, a fim de aprender disciplina e ordem.

Trabalha-me, cada vez mais, para que eu consiga romper a estrutura estreita que me asfixia, permitindo-me ser livre contigo em comunhão profunda.

Senhor!

Toma-me nas Tuas mãos e trabalha-me!

Eros por Divaldo Franco do livro:
A busca da perfeição

Curta nossa página no Facebook:

Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610 /98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com 




domingo, 19 de janeiro de 2025

A paz do Cristo

A Paz do Cristo

Francisco de Paula Vítor

É muito comum, entre os humanos, confundir-se a ideia de paz com a de estagnação em vários níveis.

Para muitos, a paz é o não-agir; é a inércia da paralisação, a fim de que isso seja confundido com descanso ou repouso.

Para alguns, a paz é não ter obrigações, não ter que cumprir horários, não conhecer disciplinas de modo a supor que vivem em liberdade.

Para muitos, a paz é ter de tudo: conforto material, facilidades econômicas, prestígio social, para que alimentem a fantasia do poder.

Para outros, a paz é ter a família bem formada sem qualquer mareio nas relações domésticas, com esposos em perfeito entendimento, com filhos sempre solícitos, estudiosos, bem ajustados emocionalmente e cumpridores das suas obrigações, para que admitam que Deus os aquinhoou com bênçãos especiais.

Para muitos, a paz é ter saúde física, é não precisar de cuidados médicos, jamais, sem nunca ter sofrido um resfriado ou uma cefaleia, a fim de se apresentar a seus contemporâneos como modelos de perfeição orgânica, sentindo-se privilegiados pela vida diante das carências corporais, deficiências e mazelas tão comuns aos mortais.

Essa paz que faz presunçosos, que alimenta vaidades, que forja críticos ferrenhos da conduta alheia, que fomenta discórdias e dissensões, que gera dominadores ou espoliadores dos próprios irmãos, que incentiva indevidos privilégios é exatamente aquela que Jesus veio destruir. Mais exatamente, é a paz que Ele não veio trazer.

A verdadeira paz, a do Cristo, é a que propõe trabalho ativo e continuado para o bem; é a que ensina o cumprimento dos deveres como parte da autodisciplina; é a que sabe tirar proveito das dificuldades materiais e sociais sem a elas acomodar-se, lutando com valor para suplantar as provas.

Essa paz que vem do Mestre inconfundível é a que permite enfrentar os testemunhos da família-problema, sem propostas de fuga, mas com o entendimento do acerto da Vontade Divina ao reunir necessidades espirituais diversas num mesmo lar, facultando que cada um seja professor do outro, retirando cada qual o lado bom que lhe cabe da relação familiar.

A paz do Cristo é a que ensina o indivíduo a fazer bom uso do corpo biológico, seja ele saudável, seja achacado por qualquer tipo de problema, em qualquer nível, demonstrando a compreensão de que aquilo que Deus nos permite usufruir na Terra, por meio do corpo enfermo ou são, é o que a alma carece para avançar, para progredir no rumo do aperfeiçoamento esperado pelos Céus.

Paz é ação no bem.

A modorra moral, a pachorra espiritual, a inação da alma são exatamente, as mazelas que usurpam o nome da paz e que o Senhor veio eliminar.

Jesus não é aquele que veio trazer os arremedos de paz, que enganavam e ainda enganam as pessoas de pouca reflexão. Ele é o que veio nos trazer a paz real, desde que consigamos manter a consciência reta, desde que nos mantenhamos agindo sempre no bem, desde que persistamos na condição de operosos servidores da vida.

Francisco de Paula Vítor por Raul Teixeira do livro:
Quem é o Cristo?

Curta nossa página no Facebook:

Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.

sábado, 18 de janeiro de 2025

Treino para a morte

Treino para a morte

João Cléofas



O treino para a morte deve iniciar-se durante a caminhada carnal.

Desprender-se do invólucro material quando ocorre a morte orgânica é, para o Espírito sensualista, um verdadeiro martírio.

Imantado, célula a célula, através do períspirito, aos despojos em putrefação, experimenta as hórridas sensações da matéria diluindo-se ante a voracidade das vidas microbianas...

A ilusão de que, de um momento para o outro, levanta-se o corpo, leva, não poucos Espíritos, à loucura ou à hibernação.

Eis por que as nossas atividades espirituais revestem-se de alto significado, pelo mister de conseguir demonstrar aos equivocados do Além que já não se encontram na vestidura carnal.

Liberados da vida física, não morreram, transferiram-se para a dimensão da imortalidade.

Desse modo, a preparação para o fenômeno da morte biológica é, também, a construção do Bem, do amor no imo do coração, para a própria felicidade.

João Cléofas por Divaldo Franco do livro:
Triunfo da Imortalidade

Curta nossa página no Facebook:

Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com 



sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

Pistoleiros do Além

Pistoleiros do Além

Richard Simonetti


Em bairro distante, na confluência de duas ruas, moram quatro famílias, uma em cada esquina. O morador de uma das casas sai certa manhã e depara com vela acesa e uma garrafa de aguardente.

- Ah! Esse povo não tem mais o que inventar em suas práticas religiosas.  É coisa de brasileiro mesmo! - comenta com seus botões.

Despreocupado, toma seu automóvel e segue para o trabalho.

Sai o segundo morador. Vê os objetos e arrepia-se:

- Meu Deus! Um despacho! Alguém querendo prejudicar-me!

Afasta-se rapidamente a benzer-se, sem afastar de seu coração a angústia e o medo, que o perseguirão pelo resto do dia, culminando com palpitações e incômodas dores no peito.

O terceiro morador olha desconfiado para o “despacho”. Retorna à residência. Vai ao quarto dos fundos, põe a queimar incenso e repete várias vezes uma reza. Depois, mais tranquilo, parte para a atividade profissional.

O quarto morador, tão apavorado quanto o segundo, decide ausentar-se para evitar problemas. Ante a esposa surpresa, proclama que anteciparão o fim de semana, efetuando protelado passeio. Em poucos minutos improvisam a saída rápida.

À noite, longe dali, um devoto agradece ao seu protetor espiritual a dádiva recebida. Conseguira o emprego desejado, após cumprir fielmente a instrução de deixar uma garrafa de pinga com vela acesa numa “encruzilhada”.

O “despacho” não fazia parte de nenhum sortilégio para prejudicar os moradores, mas cada um reagiu segundo suas concepções:

O primeiro, racionalmente, considerou que não significava nada para ele, permanecendo impassível.

O segundo desequilibrou-se pelo medo. Ficou até doente e ninguém lhe tiraria da cabeça a ideia de que fora vítima de um “mal encomendado”.

O terceiro, por segurança, preveniu-se com práticas ritualísticas.

O quarto, apavorado, assumiu uma postura de fuga.

A história demonstra que nossa maneira de ser, de encarar os acontecimentos, de reagir em face das circunstâncias, tem uma influência decisiva em nossa estabilidade física e psíquica.

Somos o que pensamos. Pessoas que cultivam superstições, medos, fobias, que se apavoram pela perspectiva de sofrerem influências espirituais, fatalmente envolvem-se em desajustes e perturbações. Com muita facilidade julgam-se vítimas de perseguições e males inexistentes.

Se desejamos estabilidade íntima, equilíbrio interior, é preciso que nos habituemos a encarar os acontecimentos de forma objetiva e racional, sem nos deixarmos imbuir de fantasias desajustantes.

Naturalmente há algumas indagações a respeito:

- E se a vela e a pinga representassem uma espécie de indução para atrair Espíritos com a tarefa de perseguir um dos moradores da casa?

- Existe essa possibilidade?

- O que aconteceria?

Poderíamos responder com outra pergunta:

- É possível contratar um pistoleiro para atirar em alguém?

A resposta, evidentemente, é afirmativa. Principalmente nas regiões agrestes há pessoas que têm o hábito infeliz de resolver suas pendências dessa forma.

Ora, se há aqueles que se dispõem a ser instrumentos do mal na Terra, o mesmo ocorre na Espiritualidade.

E nem é preciso procurar um intermediário, um médium para a “contratação”. Basta que tenhamos ódio de alguém, que lhe desejemos alguma desgraça e não será difícil atrair Espíritos dispostos a colaborar conosco, autênticos “pistoleiros do Além”, que usarão as balas da discórdia, do desentendimento, do vício, da aflição, do desajuste, para ferir nossos desafetos.

O problema é que se nos envolvermos com eles não poderemos dispensá-los depois, porquanto o preço que cobram é muito alto: o domínio sobre nossa vida, explorando-nos as mazelas. É como se vendêssemos a alma ao diabo.

Naturalmente trata-se de uma imagem mitológica, porquanto o diabo, como força que se contrapõe eternamente a Deus, não existe. Diabos somos todos nós, quando nos transviamos do Bem, quando cultivamos o mal, habilitando-nos a sofrimentos mil, porque é assim que o Criador transforma os diabos em anjos.

* * *

Ainda que existam os “pistoleiros do Além”, tacitamente “contratados” por alguém que gostaria de nos ver sofrendo, é preciso lembrar um sugestivo ditado popular:

“Praga de urubu não mata cavalo gordo”.

As influências nocivas nos atingem apenas na medida em que não tenhamos defesas espirituais formadas por um comportamento equilibrado e virtuoso.

Há um detalhe fundamental: os Espíritos inferiores não produzem o mal em nós. Apenas fermentam o mal que existe.

Os sortilégios das sombras não geram o adultério. Simplesmente exploram, num dos cônjuges, a tendência à infidelidade.

Nenhum perseguidor espiritual precipitará na angústia um coração sintonizado com o otimismo e a alegria de viver.

Ninguém nos incompatibilizará com o semelhante se cultivarmos a compreensão e a tolerância.

Muitos desejam o chamado “corpo fechado”, tentando sobrepor-se a atentados à sua integridade física e espiritual com práticas ritualísticas, como quem pretende trancar-se numa fortaleza. Pode até funcionar, embora precariamente, na medida em que o interessado acredite nisso, apoiando-se em sua convicção.

Ressalte-se, todavia, que tais recursos configuram mero escoramento para uma casa mal construída, mal conservada, erguida em solo instável.

A melhor maneira de nos sobrepormos à influência do mal será sempre o empenho por eliminá-lo de nós mesmos, como se nos abrigássemos numa construção nova, mais sólida, resistente às intempéries - aquela casa a que se referia Jesus, edificada na rocha inabalável de seus ensinamentos.

- Não cultive ódios, nem ressentimentos, que funcionam como evocações do mal. Essas “contratações” podem levar algumas sombras aos nossos desafetos, mas fatalmente acabarão por derramar a escuridão sobre nós.

- Combata seus temores exercitando a confiança. Como explicava o apóstolo Paulo: “Se Deus é por nós, quem será contra nós?”

- Empenhe-se por identificar e vencer suas mazelas e viciações. Nenhum Espírito maligno conseguirá perturbar um coração sintonizado com o Bem.

- Encare os Espíritos comprometidos com as sombras como irmãos nossos, transviados da Luz, necessitados de oração. Seu empenho nesse sentido, fatalmente despertará neles irresistíveis impulsos de renovação.

“Todo aquele que sente, num grau qualquer, a influência dos Espíritos é, por esse fato, médium. Essa faculdade é inerente ao homem; não constitui, portanto, um privilégio exclusivo. Por isso mesmo, raras são as pessoas que dela não possuam alguns rudimentos. Pode, pois, dizer-se que todos são mais ou menos, médiuns. Todavia, usualmente, assim só se qualificam aqueles em quem a faculdade mediúnica se mostra bem caracterizada e se traduz por efeitos patentes, de certa intensidade, o que então depende de uma organização mais ou menos sensitiva”. Allan Kardec (“O Livro dos Médiuns ”, capítulo XIV)

Na entrevista de encaminhamento ao serviços de assistência espiritual, é comum ouvirmos:

- Coisas incríveis acontecem comigo. Percebo a presença de seres invisíveis, ouço barulhos estranhos e fico apavorado. Dizem que sou médium...

Ou então:

- Alertaram-me de que os problemas de saúde e de descontrole emocional que venho enfrentando só serão resolvidos quando eu desenvolver minha mediunidade...

E ainda:

- Disseram-me que tenho uma tarefa a cumprir como médium e que enquanto não servir ao meu guia não terei paz...

Há aqui dois enganos, lamentavelmente sustentados por dirigentes espíritas menos avisados:

Primeiro: desajustes físicos e psíquicos sugerem mediunidade a desenvolver.

Segundo: a superação de tais problemas está condicionada ao desenvolvimento mediúnico.

A mediunidade, que podemos definir como sensibilidade à influência dos Espíritos, é, no dizer de Kardec, “inerente ao homem”. Todos a possuímos. É o sexto sentido, que nos coloca em contato com o plano espiritual, assim como o tato, o paladar, o olfato, a audição e a visão nos colocam em contato com o mundo físico.

Essa sensibilidade tem sido exaustivamente pesquisada pela Ciência, em todos os tempos. Indivíduos que a possuem de forma mais acentuada, que os habilita ao intercâmbio com o Além, são hoje identificados como paranormais, portadores de faculdades como:

Telepatia, a capacidade de captar pensamentos. Clarividência, a capacidade de perceber o que não está ao alcance dos sentidos físicos.

Pré-cognição, a capacidade de desvendar o futuro. Retrocognição, a capacidade de desvendar o passado.

* * *

Em determinadas circunstâncias, quando submetidas a tensões e angústias ou enfraquecimento físico, em face de problemas existenciais e moléstias, há pessoas que experimentam um aguçamento dessa sensibilidade. Se não possuem defesas psíquicas, até mesmo por total desconhecimento do assunto, são facilmente envolvidas por influências espirituais desajustantes que agravam seus padecimentos.

O passe magnético, a água fluida, a orientação recebida nas reuniões públicas do Centro Espírita, bem como a ajuda de mentores espirituais, a par do tratamento médico, favorecem o reequilíbrio do paciente, com o que tenderão a desaparecer os sintomas.

Não é razoável, portanto, encaminhar às reuniões de intercâmbio com o Além pessoas que se apresentam para receber tratamento espiritual, porquanto, provavelmente, seu problema é de desajuste psíquico e não de desenvolvimento mediúnico.

O exercício mediúnico é destinado ao sensitivo natural, que capta com maior facilidade as vibrações do Plano Espiritual. Para ele isto é imperativo. Sua própria condição indica que assumiu, antes de reencarnar, compromisso nesse sentido.

O médium perfeitamente consciente de suas responsabilidades e disposto ao trabalho perseverante e disciplinado é um instrumento precioso dos benfeitores espirituais.

Mas como definir entre um e outro caso?

Inicialmente é difícil, porquanto os sintomas são semelhantes. Há os que experimentam fenômenos mediúnicos porque estão tensos e perturbados; há os que ficam tensos e perturbados por experimentarem fenômenos mediúnicos.

Somente após o tratamento espiritual, que deverá prolongar-se por alguns meses, envolvendo principalmente a iniciação nos postulados espíritas, será possível uma definição segura.

* * *

Importante destacar que o intercâmbio com o Além deve ter, como base indispensável para que seja produtivo e convincente, uma harmonização vibracional dos participantes. Isso exige conhecimento do processo e, sobretudo, das responsabilidades que ele envolve, o que não se pode esperar do neófito, que comparece apenas para receber benefícios.

Em “O Livro dos Médiuns”, no Capítulo III, “Do Método”, Allan Kardec explica não admitir, nas reuniões por ele realizadas “senão quem possua suficientes noções preparatórias para compreender o que ali se faz, persuadido de que se lá fossem, carentes dessas noções, perderiam o seu tempo, ou nos fariam perder o nosso”.

Por isso os Centros Espíritas devem ter reuniões específicas de estudo da Mediunidade, sem intercâmbio com o Além. Ali o assunto deve ser colocado ao alcance dos interessados, como parte do tratamento espiritual.

Seja qual for a extensão de nossa sensibilidade psíquica, ela existe e é parte importante de nossa personalidade, com insuspeitada e ampla influência em nossa vida.

Fundamental, portanto, que saibamos definir com propriedade a natureza dos fenômenos espirituais a que estamos sujeitos e como podemos disciplinar nossa mente de forma a controlá-los sem sermos controlados por eles.

- Antes de cogitar do desenvolvimento de hipotética mediunidade, considere a necessidade de estudar o assunto. Sentar-se à mesa de trabalhos práticos sem conhecimento sobre o intercâmbio com o Além contraria a orientação espírita.

- Em “0 Livro dos Médiuns ”, de Allan Kardec, estão as noções básicas, e há outras obras, de leitura amena e instrutiva, com orientações preciosas. Dentre elas: “Você e a Mediunidade”, de Mario B. Tamassia; “A Mediunidade sem Lágrimas”, de Eliseu Rigonatti; “Médium, Mediunidade, Fenômeno Mediúnico”, de Sérgio Lourenço; “Estudando a Mediunidade”, de Martins Peralva; “Recordações da Mediunidade”, de Yvonne A. Pereira e “Na Seara dos Médiuns”, de Francisco Cândido Xavier. Em qualquer setor de aprendizado, temos nos livros a nossa melhor fonte de informação.

- Definir e disciplinar nossas faculdades psíquicas não é tão somente um recurso indispensável de equilíbrio e paz. Aprender a utilizá-las é uma das mais gratificantes realizações humanas. Algo semelhante ao cego de nascença que começa a enxergar.

Richard Simonetti do livro:
Uma razão para viver

Curta nossa página no Facebook:
https://www.facebook.com/regeneracaodobem

Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com 



quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

A raposa e as uvas

A raposa e as uvas

La Fontaine / Hammed



Tornar aceitável o inaceitável
A racionalização é um dispositivo da mente que transforma vontades ou anseios em fatos fictícios supostamente reais. É quando usamos a inteligência para negar a verdade; é um procedimento íntimo que nos torna desonestos com nós próprios."    -     Hammed


A fábula 


A RAPOSA E AS UVAS

Contam que certa raposa astuta, quase morta de fome, sem eira nem beira, andando à caça de manhã, passou por uma parreira carregada de cachos de uva bem maduros, todos pendentes na grade que oferecia suporte à videira.

Mas eles estavam altos demais e a raposa não podia alcançá-los. De bom grado ela os trituraria, mas sem lhes poder tocar disse:

- Estão verdes... já vi que são azedas e duras. Só os cães podem pegá-las.

E foi embora a raposa, deixando para trás os cachos de uva, madurinhos e doces, prontos para quem por ali passasse e pudesse alcançá-los.

Tornar aceitável o inaceitável

Uma raposa com muita fome sai à caça de alimentos. Por sorte, vê uma parreira carregada de belos cachos de uva maduros. Apressa-se e chega à videira para alcançar as frutas. Todo o impulso interior da raposa está direcionado instintivamente para o ataque repentino.

Inicia-se, então, a movimentação e, depois de várias tentativas, ela não consegue apanhar nem sequer um dos cachos. Reúne-se à fome instintiva uma estranha e nova sensação: a decepção, o desapontamento de não poder atender à sua necessidade básica. As sucessivas investidas são em vão, e uma certa atmosfera de incapacidade começa infundir-se no seu mundo mental.

Nesse determinado momento, a raposa, frustrada, pensa, reflete sobre o seu fracasso. Ela não quer ser considerada um animal falido ou derrotado. A propósito, uma crise existencial provoca mais danos internos do que uma necessidade biológica não atendida.

A princípio, a busca de saciar a fome estava totalmente circunscrita ao "estado físico"; depois, a ocorrência leva a raposa a entrar em contato com um conteúdo agravante e dificultoso que atingirá sua essencialidade.

Antes uma façanha extraordinária; agora uma sensação de desestima e rejeição de si mesma. Que futuro a esperava daí em diante?

Ela não podia colocar a razão contradizendo os fatos reais. De agora em diante, estava em jogo a incoerência, a falta de nexo ou de lógica em sua casa íntima.

Mas, quando tudo parecia estar perdido, eis que a raposa põe as cartas na mesa, dá um "xeque-mate" e diz para si mesma: "Estão verdes... já vi que são azedas e duras. Só os cães podem pegá-las." Seu sistema mental precisava adaptar-se diante da frustrante e dura realidade, e daí tirou uma vantagem: fez uma afirmação contrária ao fato real, contou uma mentira para si mesma.

Admirável mentira (racionalização), uma conclusão que não condiz com a realidade, mas salva a estrutura íntima da raposa.

Racionalizar é inventar para nós mesmos uma história falsa. É um procedimento psicológico que permite a negação dos reais motivos, cobrindo as sensações desagradáveis que vivenciamos com justificativas equivalentes ou histórias similares.

Do mesmo modo que a raposa inventou desculpas e álibis convincentes para manter o autorrespeito, nós também, os homens, buscamos "boas razões", ainda que falsas, para nossas atitudes e fracassos; e criamos "explicações" altamente descaracterizadas para justificar nossa frustração.

Muitos racionalizam dizendo que falam mal da vida dos outros porque metade do mundo maldiz a outra metade. Na realidade, o que está subentendido nessa atitude é que gostamos de difamar ou desvalorizar as pessoas, porque quando fazemos isso nós nos sentimos pretensamente melhores, mais eficientes, mais capazes ou superiores perante os outros. Aí está a intencionalidade inconsciente ou não dos maledicentes.

A racionalização é um dispositivo da mente que transforma vontades ou anseios em fatos fictícios supostamente reais. É quando usamos a inteligência para negar a verdade; é um procedimento íntimo que nos torna desonestos com nós próprios. E, se não podemos ser honestos com nós mesmos, com certeza também não podemos ser honestos com nenhum outro indivíduo. Consequentemente, há uma ruptura ou violação no caráter da criatura. É uma forma de não expandir a consciência, e sim de desestruturar a individualidade do ser humano.

Conceitos-chave

Frustração

É a sensação de quem estabelece altos padrões e metas existenciais superlativas, mas não está preparado para aceitá-los com serenidade quando os resultados não atingem de imediato o alvo desejado.

Racionalização

É um mecanismo de defesa por meio do qual se utilizam motivos sensatos e racionais para pensamentos e ações inaceitáveis. Esse mesmo processo é o que faz uma pessoa apresentar uma explicação logicamente consistente ou eticamente aceitável para uma atitude, ação ou sentimento que lhe causa sofrimento moral.

Disfarça os verdadeiros motivos tornando o inaceitável mais aceitável.

Expansão da consciência

A consciência não exclui nenhuma conquista anterior, pois ela se amplia quando se integram todos os conhecimentos adquiridos para além dos limites conhecidos. Provoca experiências transformadoras, intensas e radicais na criatura, quanto à sua visão de mundo e à sua forma de viver. Ela ocorre em consequência de uma decisão do indivíduo e o leva ao crescimento espiritual e ao despertar dos potenciais inconscientes, tais como sabedoria, aptidões, capacidades inatas.

Moral da história

Um julgamento inadequado pode ser uma forma de objetivar e de compensar nossos fracassos. Objetivar é um processo pelo qual o ser humano experimenta uma alienação de real natureza subjetiva, projetando para fora e construindo uma suposta realidade externa. Uma objetivação pode ser salvadora, como a raposa da fábula dizendo para si mesma "estão verdes", quando uvas maduras e apetitosas estavam fora de seu alcance.

As objetivações são, portanto, formas que permitem resignificar um fato mediante uma certa afirmação ou conduta que compensa uma frustração. É comum encontrar entre os homens aqueles que, tais qual a raposa, quando não conseguem realizar seus negócios, acusam as circunstâncias, ou mesmo, por não atingirem um intento, tendem a denegri-lo, diminuindo dessa forma a gravidade de seu insucesso.

Reflexões sobre esta fábula e o Evangelho
"Não basta que dos lábios gotejem leite e mel; se o coração nada tem com isso, há hipocrisia. Aquele cuja afabilidade e doçura não são fingidas, nunca se contradiz; é o mesmo diante do mundo e na intimidade; ele sabe, aliás, que, se pode enganar os homens pelas aparências, não pode enganar a Deus." (ESE, cap. IX, item 6)
"Quem pensa ser alguma coisa, não sendo nada, engana-se a si mesmo. Cada um examine o seu procedimento. Então poderá gloriar-se do que lhe pertence e não do que pertence a outro. Pois cada um deve carregar o seu próprio fardo." (Gálatas, 6:3 a 5.)
"O interesse fala toda espécie de língua e faz toda espécies de papel, mesmo do desinteressado." - La Rochefoucauld
Hammed por Francisco do Espírito Santo Neto do livro:
Fábulas de La Fontaine - Um Estudo do Comportamento Humano
Hammed: A partir de uma coletânea de fábulas de La Fontaine, que ilustram sempre um preceito moral, o espírito Hammed fez ponte na direção da Doutrina Espírita com o objetivo de levar a todos uma reflexão dos porquês da diversidade comportamental dos indivíduos.
Curta nossa página no Facebook:

Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.