sábado, 27 de julho de 2024

O Anjo do auxílio

O Anjo do auxílio

Eurípedes Barsanulfo

Maria de Nazaré

Momentos antes que o Mestre Divino visitasse a Santíssima, na noite inesquecível da sua desencarnação, profunda amargura sombreava as recordações da “Rosa Mística de Nazaré”.

Lembrava com emoção os lances que anteciparam a chegada do Filho inolvidável e as circunstâncias em que os fatos ocorreram desde então. Tudo parecia ao acontecido numa atmosfera de felicidade entre anseios e júbilos. Era como se a Terra se demorasse vestida de uma imorredoura primavera, adornada de quadras de luz e cor a suceder-se, uma após outra, em constante festa para o seu coração ditoso.

O nascimento inesperado, em Belém, no leito humilde de palha, a apresentação no Templo, as profecias.

Depois, as visões de José, a fuga para o Egito e o retorno tranquilo ao lar.

Os anos de convivência e as mil nonadas da existência ao lado d'Ele, tudo lhe voltava à mente com nitidez invulgar.

— E chegava ao Capítulo das apreensões. A hora da despedida, quando Ele partira para o Ministério em nome do Seu Pai, retomava ao cérebro, trazendo-lhe as aflições daquele momento.

Às notícias chegavam-lhe aos ouvidos naquele tempo com a celeridade dos ventos: as exposições feitas nas Sinagogas, às curas que se operavam ao contato das suas mãos, as multidões exaltadas, as pregações às margens do lago, as longas caminhadas e todos os acidentes marcantes desde as bodas de Caná até ao terrível momento em que João, transfigurado de dor, veio dar-lhe a notícia cruel da prisão d’Ele.

Tomada pelas lágrimas, voltou a experimentar as agonias desde aquela hora até o momento da Cruz ignominiosa onde Ele expirara.

Retomava em pensamento às notícias desencontradas que correram entre os servidores da Boa Nova.

Parecia escutar o coração acelerado da jovem de Magdala ao narrar-lhe o encontro com o Mestre redivivo...

Evocava a visita ao Cenáculo e a ascensão na Galileia querida onde ele tanto amara Logo depois, as perseguições que caíram implacáveis sobre Aquele cujo único erro era o amor a todos os homens foram motivo de rememoração. Sentia que a sede desses adversários não se aplacava, exigindo novas vítimas e novos mártires. As informações chegadas de Roma eram alarmantes...

Maria não pode conter o pranto. No tumulto das emoções a atormentarem o seu coração sensível, lembrou-se daquelas mães que tinham os filhos atirados às feras em loucas orgias na arena terrível...

E enquanto as lágrimas lhe caíam dos olhos sobre o piso humílimo da casinha de Éfeso, Maria rogou por todas as mães, pedindo a Ele as amparasse, adornando-as de luz e fé no auge das suas aflições.

Foi então que atendendo ao apelo da Mãe Santíssima, o Senhor enviou à Terra o nobre anjo do auxílio para socorrer todas as mulheres no sagrado mister da maternidade...

* * *

Quando você escutar o murmúrio de doces e consoladoras expressões junto aos ouvidos, à hora da aflição, recorde a Mãe de Jesus e, reanimado, volte à luta.

Procure receber a mensagem do anjo do auxílio e dilatando as antenas psíquicas tente comungar com Ela, continuando a sua sublime e áspera missão de Mãe. O anjo do auxílio seguirá com você.

Eurípedes Barsanulfo por Divaldo Franco do livro:
Crestomatia da imortalidade

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