Perante Inimigos
Marco Prisco
Por mais você procure entender as razões que lançaram alguém como seu inimigo, não as encontrará.
Aliás, nunca há motivos que justifiquem a inimizade.
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O companheiro que, obstinadamente, o persegue, decerto enfermou, vitimado pela inveja, não se dando conta, apoiando-se em motivos irreais com que se justifica a sanha perturbadora.
Aquele que o anatematiza, quiçá esteja ralado pelo despeito, por não poder superar os esforços que você desenvolve no bem, e se arruína, emocionalmente, atirando-lhe a responsabilidade do fracasso.
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Quem se volta contra a sua paz, é possível que desejasse ser-lhe amigo, mas não possui valor para participar das suas alegrias, preferindo a posição animosa e agressiva.
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O amigo de ontem, que ora o acusa com acrimônia, talvez esteja sobrecarregado de aflições, não o desculpando por parecer menos atormentado do que ele.
O conhecido que se lhe opõe, sistematicamente, pode encontrar-se sob perniciosa alienação, de que não se conscientizou, ainda, caminhando para a loucura a breve prazo.
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O inimigo, seja quem for, está doente, merecendo piedade e silêncio.
Em razão disso, tem reações imprevisíveis, não aceitando o diálogo nem se deixando esclarecer.
Para ele os motivos que alega são verdadeiros.
Não se desgaste, adentrando-se nas faixas em que ele estertora.
Aguarde o tempo.
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Você ignora o tormento que estruge em quem agasalha a ira, o azedume, a inimizade.
Felizmente não é você quem se fez o adversário, razão por que não se deve preocupar.
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Cada um caminha consigo mesmo, de cuja companhia não se pode evadir.
O seu inimigo se conhece.
Se não consegue identificar-se agora, a vida, hoje ou mais tarde, elucidá-lo-á.
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De sua parte, não se volte contra ninguém, cultivando qualquer tipo de animosidade.
Imunize-se contra as enfermidades que têm sua gênese nas expressões do ódio e da inveja, preservando a sua paz sob as bênçãos do amor fraternal.
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
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