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quinta-feira, 23 de maio de 2024

A regeneração

A regeneração

Um Espírito



Instruções dos Espíritos
(Lyon, 11 de março de 1867 - Médium: Sra. B...)

“Naquele tempo não haverá mais gritos, nem luto, nem trabalho, porque o que era antes terá passado.”

Esta predição do Apocalipse foi ditada há dezoito séculos, e ainda se espera que tais palavras se realizem, porque sempre se encaram os acontecimentos quando se passaram e não quando se desenrolam aos nossos olhos.

Entretanto, essa época predita já chegou. Não há mais dores para aquele que soube colocar-se à margem da estrada, a fim de deixar passarem as mesquinharias da vida, sem detê-las para delas fazer uma arma ofensiva contra a Sociedade.

Estais em meio a estes tempos como a espiga dourada está na colheita; viveis sob os olhares de Deus e sua radiação vos ilumina! De onde vem que vos inquietais com a marcha dos acontecimentos que foram previstos por Deus, quando apenas éreis as crianças da geração de que falava Jesus quando ele dizia: “Antes que esta geração passe acontecerão grandes coisas?”

O que sois, Deus o sabia; o que sereis, Deus o vê! Cabe-vos bem vos penetrardes do caminho que vos é traçado, porque vossa tarefa é de vos submeterdes a tudo o que Deus decidiu. Vossa resignação, e sobretudo a vossa amenidade, não são senão testemunhos de vossa inteligência e de vossa fé na Eternidade.

Acima de vós, neste Universo onde se move o vosso mundo, planam os Espíritos mensageiros que receberam a missão de vos guiar. Eles sabem quando se realizarão os acontecimentos preditos. Eis por que vos dizem: “Não haverá mais gritos, nem luto, nem trabalho.”

Sem dúvida não pode mais haver grito para aquele que se submete às vontades de Deus, e que aceita as suas provações. Não há mais luto porque sabeis que os Espíritos que vos precederam não estão perdidos para vós, mas que eles estão em viagem. Ora, não se veste luto quando um amigo está ausente.

O próprio trabalho torna-se um favor, porque se sabe que ele é um concurso à obra harmônica que Deus dirige; então executa-se a sua parte de trabalho com a solicitude do estatuário que se põe a polir a sua estátua. É a recompensa infinita que Deus vos concede.

Entretanto, ainda encontrareis entraves em vossas tentativas para chegar ao melhoramento social. É que jamais se chega ao resultado sem que a luta venha ratificar os esforços. O artista é obrigado a vencer os obstáculos que se opõem à irradiação de seu pensamento. Ele só se torna vitorioso quando soube elevar-se acima das privações e dos vapores brumosos que envolvem seu gênio, ao nascer.

A ideia que surge foi semeada pelos Espíritos, quando Deus lhes disse: “Ide e instruí as nações. Ide e espalhai a luz.” Essa ideia que cresceu com a rapidez de uma inundação, naturalmente deve ter encontrado contraditores, oponentes e incrédulos. Ela não seria a fonte da vida se devesse ter sucumbido sob as troças que a acolheram em seu começo. Mas o próprio Deus guiava esse pensamento através da imensidade; ele o fecundava na Terra, e ninguém o destruirá! Seria inútil que procurassem extirpá-lo pelas raízes; trabalhariam em vão para aniquilá-lo nos corações; as crianças trazem-no ao nascer, e dir-se-ia que um sopro de Deus o incrusta em seu berço, como outrora a Estrela do Oriente iluminava os que vinham à presença de Jesus, portador da ideia regeneradora do Cristianismo.

Bem vedes, pois, que esta geração não passará sem que aconteçam grandes coisas, pois que com a ideia, a fé se eleva e a esperança irradia... Coragem! O que foi predito pelo Cristo deve realizar-se. Nestes tempos de aspiração à verdade, a luz que aclara todo homem que vem a este mundo brilha de novo sobre vós. Perseverai na luta, sede firmes e desconfiai das armadilhas que vos preparam. Ficai ligados a essa bandeira em que escrevestes: Fora da caridade não há salvação, e depois esperai, porque aquele que recebeu a missão de vos regenerar volta, e ele disse:

“Bem-aventurados aqueles que conhecerem o meu novo nome!”

Revista Espírita Março de 1867.
Allan Kardec

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sábado, 2 de março de 2019

Dissertações espíritas

Dissertações espíritas

Comunicação coletiva





(Sociedade de Paris, 1º de novembro de 1866. Médium M. Bertrand.)

Em 1º de novembro último, estando a Sociedade reunida, como de hábito, para a comemoração dos mortos, recebeu um grande número de comunicações, entre as quais uma sobretudo se distinguiu pelo seu feitio inteiramente novo, e que consiste numa sequência de pensamentos destacados, cada um assinado com um nome diferente, que se encadeiam e se completam uns pelos outros. Eis esta comunicação: 

- Meus amigos, quantos Espíritos, ao vosso redor, que gostariam de se comunicar convosco e vos dizer que vos amam; e quanto serieis felizes se o nome de todos aqueles que vos são caros fosse pronunciado na mesa dos médiuns! Que felicidade! que alegria, para cada um de vós, se vosso pai, vossa mãe, vosso irmão, vossa irmã, Vossos filhos e
vossos amigos viessem vos falar! Mas compreendeis que é impossível que sejais todos satisfeitos; o número dos médiuns não bastaria; mas o que não é impossível é que um Espírito, em nome de todos os vossos parentes e amigos, venha vos dizer: Obrigado pela vossa boa lembrança e vossas preces ardentes; coragem! tende a esperança de que um dia, depois de vossa libertação, viremos todos vos estender a mão. Ficai persuadidos de que o que o Espiritismo vos ensina é o eco das leis do Todo-Poderoso; pelo amor, tornai-vos todos irmãos, e vos aliviais do pesado fardo que carregais.

Agora, caros amigos, todos os vossos Espíritos protetores virão lhes dar o seu pensamento. Tu, médium, escuta e deixa teu lápis ir segundo a sua ideia.

A medicina faz o que fazem os lagostins assustados. 
Dr. DEMEURE.

Porque o magnetismo progride e que, progredindo, ele esmaga a medicina atual para substituí-la.
MESMER.

A guerra é um duelo que não cessará senão quando os combatentes tiverem força igual.
NAPOLEÃO.

Forças iguais materialmente e moralmente.
GENERAL BERTRAND.

A igualdade moral reinará quando o orgulho for destituído.
GENERAL BRUNE.

As revoluções são abusos que destroem outros abusos.
LOUIS XVI.

Mas esses abusos fazem nascer a liberdade. 
(Nenhum nome).

Para ser iguais é preciso ser irmãos; sem fraternidade, nenhuma igualdade e nenhuma liberdade.
LAFAYETTE.

A ciência é o progresso da inteligência;
NEWTON.

Mas o que lhe é preferível é o progresso moral.
JEAN REYNAUD.

A ciência permanecerá estacionaria até que a moral a tenha alcançado.
FRANÇOIS ARAGO.

Para desenvolver a moral é preciso primeiro extirpar o vício.
BERANGER.

Para destruir o vício é preciso desmascará-lo.
EUGÈNE SUE.

É o que todos os Espíritos fortes e superiores procuram fazer.
JACQUES ARAGO.

Três coisas devem progredir: a música, a poesia, a pintura. A música transporta a alma impressionando o ouvido.
MEYERBEER.

A poesia transporta a alma abrindo o coração.
CASIMIR DELAVIGNE.

A pintura transporta a alma agradando aos olhos.
FLANDRIN.

A poesia, a música e a pintura são irmãs e se dão a mão; uma para abrandar o coração, a outra para abrandar os costumes, e a última para abrir a alma; todas as três para vos elevar ao vosso Criador.
ALFRED DE MUSSET.

Mas nada, nada deve momentaneamente mais progredir do que a filosofia; ela deve dar um passo imenso, deixando estacionar a ciência e as artes, mas para elevá-las tão alto, quando disto for tempo, que esta elevação será muito sutil para vós hoje.
Em nome de todos,
SÃO LUÍS.

Em 6 de dezembro, o Sr. Bertrand obteve, no grupo do Sr. Desliens, uma comunicação do mesmo gênero, que, de alguma sorte, é a continuação da precedente.

O amor é uma lira cujas vibrações são os acordes divinos.
HÉLOÍSE.

O amor tem três cordas em sua lira: a emanação divina, a poesia e a melodia; se uma delas falta, os acordes, são imperfeitos.
ABÉLARD.

O amor verdadeiro é harmonioso; suas harmonias embriagam o coração elevando a alma. A paixão entristece os acordes, abaixando a alma.
BERNARDIN DE SAINT-PIERRE.

Era o amor o que Diógenes procurava procurando um homem...que veio alguns séculos mais tarde, e que o ódio, o orgulho e a hipocrisia crucificaram.
SÓCRATES.

Os sábios da Grécia, algumas vezes, o foram mais em seus escritos e em suas palavras do que em sua pessoa.
PLATÃO.

Ser sábio é amar; procuremos, pois, o amor pejo caminho da sabedoria.
FÉNELON.

Não podeis ser sábios, se não saberdes vos elevar acima da maldade dos homens.
VOLTAIRE.

O sábio é aquele que não crê sê-lo.
CORNEILLE.

Quem se crê pequeno é grande; quem se crê grande é pequeno.
LAFONTAINE.

O sábio se crê ignorante, e quem se crê sábio é ignorante.
ESOPO.

A humildade se crê ainda orgulhosa, e quem se crê humilde não o é.
RACINE.

Não confundais com os humildes aqueles que dizem, por fingida modéstia, ou por interesse, o contrário do que são: estaríeis no erro. Neste caso a verdade se cala.
BONNEFOND.

O gênio se possui por inspiração e não se adquire; Deus quer que as coisas maiores sejam descobertas ou inventadas por seres sem instrução, a fim de paralisar o orgulho, para tornar o homem solidário do homem.
FRANÇOIS ARAGO.

Não tratam de loucos senão aqueles cujas ideias não são timbradas pela autoridade da ciência; é assim que aqueles que creem tudo saber, rejeitam os pensamentos de gênio daqueles que não sabem nada.
BERANGER.

A crítica é o estimulante do estudo, mas é a paralisação do gênio.
MOLIÈRE.

A ciência aprendida não é senão o esboço da ciência inata; ela não se torna inteligente senão na nova encarnação.
J.J. ROUSSEAU.

A encarnação é o sono da alma; as peripécias da vida lhe são os sonhos.
BALZAC.

Algumas vezes a vida não é senão um horrível pesadelo para o Espírito, e, frequentemente, tarda-lhe para que esteja finda;
LA ROCHEFOUCAULT.

Ali está a sua prova; se resiste, dá um passo para o progresso, se não, entrava o caminho que deve conduzi-lo ao porto.
MARTIN.

Ao despertar da alma que saiu vitoriosa das lutas terrestres, o Espírito é maior e mais elevado; se ele sucumbe, encontra-se tal qual era.
PASCAL.

É negar o progresso o querer que a língua seja o emblema da imutabilidade de uma doutrina religiosa; além disto, é forçar o homem a orar mais de lábios do que de coração.
DESCARTES.

A imutabilidade não reside na forma das palavras, mas no verbo do pensamento.
LAMENNAIS.

Jesus dizia aos seus apóstolos para irem pregar o Evangelho em seu idioma, e que todos os povos os compreenderiam.
LACORDAIRE.

A fé desinteressada faz milagres.
BOILEAU.

A doutrina de Jesus não se sente e não se compreende senão pelo coração; qualquer que seja, pois, a maneira pela qual se fale, ela é sempre o amor e a caridade.
BOSSUET.

As preces ditas ou escritas que não são compreendidas, deixam vagar os pensamentos, permitindo aos olhos se distraírem pelo fausto das cerimônias.
MASSILLON.

Tudo mudará, sem, no entanto, retornar à simplicidade de antes, o que seria a negação do progresso. As coisas se farão sem fausto e sem orgulho.
SIBOUR.

O amor triunfará, e virão com ele: a sabedoria, a caridade, a prudência, a força, a ciência, a humildade, a calma, a justiça, o gênio, a tolerância, o entusiasmo e a glória majestosa e divina esmagará, pelo seu esplendor: o orgulho, a inveja, a hipocrisia, a maldade e o ciúme que arrastam atrás de si a preguiça, a gulodice e a luxúria.
EUG. SUE.

O amor reinará, e para que ele não tarde, é preciso, corajoso Diógenes, tomar na mão o facho do Espiritismo, e mostrar aos humanos os vermes roedores que formam ferida em sua alma.
SÃO LUÍS.

Nota: Este gênero de comunicação levanta uma questão importante. Como os fluidos de um número muito grande de Espíritos podem se assimilar quase instantaneamente com o fluido do médium, para transmitir-lhe seu pensamento, ao passo que essa assimilação, frequentemente, é difícil da parte de um só Espírito, e não se estabelece, geralmente, senão com o tempo?

O guia espiritual do médium parece tê-lo previsto, porque dois dias depois deu, espontaneamente a explicação adiante.

"A comunicação que obtivestes no dia de Todos os Santos, assim como a última que dela é o complemento, embora nela haja nomes repetidos, foram obtidas da maneira seguinte: como sou teu Espírito protetor, meu fluido é similar ao teu. Coloquei-me acima de ti, transmitindo-te, o mais exatamente possível, os pensamentos e os nomes dos Espíritos que desejaram se manifestar. Eles formaram ao redor de mim uma assembleia cujos membros ditavam, alternativamente, todos os pensamentos que te transmiti. Isto foi espontâneo, e o que tornou naquele dia as comunicações mais fáceis, foi que os Espíritos presentes tinham saturado o apartamento com os seus fluidos.

"Quando um Espírito se comunica com um médium, ele o faz com tanto mais facilidade quanto as relações fluídicas estejam melhor estabelecidas entre eles, senão o Espírito é obrigado, para comunicar seu fluido ao médium, a estabelecer uma espécie de corrente magnética que chega ao cérebro deste último; e se o Espírito, em razão de sua inferioridade, ou de qualquer outra causa, não pode estabelecer essa corrente ele mesmo, ele recorre à assistência do guia do médium, e as relações se estabelecem como venho de indicá-lo."
SLENER.

Um outra questão é esta: Entre esses Espíritos, não há os que estão encarnados neste mundo ou em outros, e, neste caso, como podem se comunicar? Eis a resposta que disto nos foi dada:

"Os Espíritos de um certo grau de adiantamento têm uma irradiação que lhes permite se comunicar simultaneamente em vários pontos. Em alguns, o estado de encarnação não amortece essa irradiação de maneira bastante completa para os impedir de se manifestarem mesmo no estado de vigília. Quanto mais o Espírito é avançado, mais são fracos os laços que o unem à matéria do corpo; ele está num estado quase constante de desligamento, e pode-se dizer que está lá onde dirige seu pensamento."
Um Espírito

Revista Espírita Março de 1867.
Allan Kardec

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