Caminhos
Joanna de Ângelis
O acesso a qualquer lugar enseja variados caminhos, que podem se percorridos de acordo com as circunstâncias e as possibilidades de cada viandante.
O mesmo ocorre na área das metas morais.
Há caminhos de margens floridas e atapetados que, não obstante a aparência, levam a alucinações e sombras.
Uns caminhos agradáveis desdobram-se convidativos, acolchoados de ilusões, conduzindo a desencantos e amarguras.
Caminhos outros apresentam-se breves, fáceis de vencidos, que precipitam em abismos terríveis.
Multiplicam-se os caminhos da avareza, gerando loucura; da luxúria, engendrando crimes; do prazer, produzindo fastio posterior; do poder, degenerando em calamidade; da astúcia, empurrando para o descrédito; da frivolidade, propiciando doenças emocionais...
Caminhos de diferente configuração e feito estão por toda parte...
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Há os caminhos da renúncia, que conduzem à plenitude.
Apresentam-se os caminhos do sacrifício, que aureolam o Espírito com os louros de paz.
Muitos são os caminhos da abnegação que felicitam; do amor, que dignifica; do serviço, que eleva; da caridade que salva...
Estes são caminhos assinados por pedrouços e urzes, por dificuldades e cardos. Apesar disso, em se considerando a situação moral da Terra e de quase todos aqueles que a habitam, transitoriamente envoltos na indumentária carnal, não há por que esperar-se caminhos de felicidade e festa, sem o contributo da expiação, da reparação, do sofrimento, após o que se enflorescem os ideais da harmonia e da felicidade plena...
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"Eu sou o caminho" - disse Jesus.
Exemplo máximo, sob todos os aspectos em que seja considerado, o seu conceito torna-se um apelo de incontestável significado, convidando-nos a segui-lO, maneira única de alcançarmos a legítima felicidade - aquela que transcende os limites do imediatismo perturbador e frustante.
Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro: Vigilância
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