segunda-feira, 21 de maio de 2018

Tendo medo

Tendo medo

Emmanuel



"E, tendo, medo, escondi na Terra o teu talento..." - Mateus 25-25


Na parábola dos talentos, o servo negligente atribui ao medo a causa do insucesso em que se infelicita.

Recebera mais reduzidas possibilidades de ganho.

Contara apenas com um talento e temera lutar para valorizá-lo.

Quanto aconteceu ao servidor invigilante da narrativa evangélica!

Há muitas pessoas que se acusam pobres de recursos para transitar no mundo como desejariam.

E recolhem-se à ociosidade, alegando medo da ação.

Medo de trabalhar.
Medo de servir.
Medo de fazer amigos.
Medo de desapontar.
Medo de sofrer.
Medo de incompreensão.
Medo da alegria.
Medo da dor.

E alcançam o fim do corpo, como sensitivas humanas, sem o mínimo esforço para enriquecer a existência.

Na vida agarram-se ao medo da morte.

Na morte, confessam o medo da vida.

E a pretexto de serem menos favorecidos pela natureza, transformam-se gradativamente, em campeões da inutilidade e da preguiça.

Se recebeste, pois mais rude tarefa no mundo, não te atemorizes à frente dos outros e faze dela o teu caminho de progresso e renovação. Por mais sombria seja a estrada a que foste conduzido pelas circunstâncias enriquece-a com a luz do teu esforço próprio no bem, porque o medo não serviu como justificativa aceitável no acerto de contas entre o servo e o Senhor.


Emmanuel por Chico Xavier do livro: Relicário de Luz




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