quinta-feira, 31 de julho de 2025

Evocações do passado

Evocações do passado

Camilo


"Não é, então, quimérica a teoria das ideias inatas?"

"Não; os conhecimentos adquiridos em cada existência não mais se perdem. Liberto da matéria, o Espirito sempre os tem presentes. Durante a encarnação, esquece- os em parte, momentaneamente; porém, a intuição que deles conserva lhe auxilia o progresso. Se não fosse assim, teria que recomeçar constantemente. Em cada nova existência, o ponto de partida, para o Espírito, é o em que, na existência precedente, ele ficou." (O Livro dos Espíritos, parte 2ª, cap. IV, pergunta 218-a) 

Nas linhas da convivência social, nos labores e atividades domésticas ou nos instantes de ensimesmamentos, encontramos situações variadas em que ocorrem inserções dos resíduos do passado reencarnatório do indivíduo nas malhas do psiquismo atual. 

Complexos processos de ativação e reativação psíquicas fazem desbordar, vez que outra, antigas memórias, reminiscências que se emaranham na tecedura dos reflexos atuais, alterando por momento ou por demorados períodos os contornos da personalidade. 

Ora o indivíduo sente-se superior aos que o cercam, ainda que experiencie as horas do rebaixamento social. Doutras vezes atribui-se, no íntimo ou nas expressões externas, riquezas e poderio, mesmo quando esteja nas alas da mendicância material. Levados em conta os casos de desequilíbrios mentais, que suscitam fantasias de variado porte, tanto quanto as situações em que o egoísmo alimentado traveste-se de vaidade aterradora, estaremos diante de sérios quadros a reclamar os devidos cuidados. 

Vezes inúmeras, o efeito de certas substâncias químicas, que tenham o condão de penetrar as profundidades anímicas do ser, permite aflorar velhas inclinações ou disposições, ainda quando sob cautelosa assistência de facultativos.

Algumas paisagens, diálogos específicos, aborrecimentos sutis ou fortes, encontros ou reencontros com determinadas pessoas, o uso dessa ou daquela indumentária, certos paladares ou aromas, sob injunção obsessiva externa ou em processos espontâneos da própria alma podem propiciar a eclosão de recordações que nem sempre são devidamente detectadas para que se dê o necessário atendimento.

Na maioria das ocasiões, ninguém se apercebe desses "mergulhos" no pretérito. Em outras, a situação é considerada como de outra procedência, deixando-se de atinar para a possibilidade do intercurso do passado no presente do indivíduo encarnado.

Eis quando podemos compreender que a cortina que separa o pretérito da atualidade do Espírito é por demais tênue, aguardando maiores e melhores estudos por parte dos que se dedicam a tal mister, seja na área da Psicologia, da Psiquiatria, da Educação ou de outras ciências correlatas.

Quando certas fixações se insurgirem na tua mente com teimosia; quando sentimentos paradoxais te visitarem o âmago; quando esse ou aquele uso revolver determinadas sensações que nada tenham que ver com a tua realidade de agora ou quando perceberes alterações comportamentais típicas de transtornos da personalidade, será tempo de insistires mais na oração; será tempo de te socorreres com a fluidoterapia espírita, com vistas a minorar ou eliminar o problema, antes que sejam geradas situações mais conflitantes, mais complexas, mais graves.

Em qualquer circunstância, torna-se necessário e inevitável buscar em Jesus a fonte de equilíbrio na qual dessedentaremos a alma sequiosa de estabilidade e de paz. A Ele volvamos com devotamento, entregando-Lhe a própria personalidade, a fim de que, a cada dia, embora o ontem se infiltre nas paisagens do hoje, caminhemos resolutos e nobres para a luz que brilha adiante, preparando-nos radioso amanhã.

Camilo por J. Raul Teixeira do livro:
Correnteza de Luz

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Os Médiuns e os Grupos

Os Médiuns e os Grupos

Gabriel Delanne / Gabriel Bourniquel



Os fatos são mais úteis, mesmo quando contestados, do que as teorias dadas, mesmo quando defendidas. (Homphry Davy)
O público, mais inclinado à crítica do que ao estudo, é composto da imensa massa de ignorantes que forma em todos os países uma maioria considerável. Tal pontífice, que condena sem remissão os fatos que lhe são completamente estranhos, não poderia ter uma opinião pessoal e se, numa manhã, ele não tiver tido tempo de ler o jornal, ei-lo totalmente desamparado, incapaz de saber o que deve pensar sobre os acontecimentos do dia. Ora, como a maioria dos jornais não mostra mais que ignorância e incompetência, tem-se que a opinião pública é completamente distorcida a respeito de questões das mais importantes. Então, critica-se o espiritismo; e criticar-se-á por muito tempo ainda, sem que se procure compreendê-lo; folheam-se alguns livros, algumas revistas, enche-se o cérebro de teorias mal assimiláveis; fica-se, assim, livre da reflexão, mas conserva-se o direito de discutir, de negar, de censurar e com base em conclusões dadas por elucubrações de algumas pessoas que não são lá muito sérias; ao passo que seus fundamentos verdadeiros se encontram em trabalhos de pensadores eminentes: Allan Kardec, W. Crookes, Wallace, Lodge, Myers, Hodgson, Hyslop, Zôllner, etc...

Esses homens estavam bem longe de ter a fé – aquela que cega. Ao contrário, todos eles foram, a princípio, energicamente desfavoráveis e foi somente depois de 20 ou 25 anos de pesquisas pessoais (exemplo: Lodge) que eles formularam sua opinião, despojaram suas armas, se deram por vencidos em termos definitivos. Os fenômenos mais importantes, os mais indiscutíveis, foram obtidos por esses intelectuais no início estranhos ou hostis e finalmente convertidos ao espiritismo. Esses homens, classificados de apóstolos, dados por dogmáticos, o foram muito menos na afirmação que seus adversários na negação. Eles tinham o direito de afirmar, porque eles sabiam, enquanto que os outros não tinham o direito de negar, porque ignoravam.

Qual poderia ser, então, o valor de argumentos de um Maeternlinck entendendo que não se encontra na revelação dos espíritos nada que permita que se creia em sua realidade? De que peso pode ser a opinião de outros personagens também incompetentes, porém de menor envergadura, os quais “veem nos ditos espíritos apenas dejetos, tipos de cascas astrais que, depois da morte, realizam inversa e paralelamente o processo de formação embrionária que se desenvolve desde nosso nascimento e que é agora um fenômeno de decomposição. O grande erro da hipótese espírita ortodoxa, diz-se ainda, é o de querer prolongar no além a ilusão de nossa individualidade, de nosso pequeno eu que é em si uma deficiência e uma limitação.

Vá se situar em tal padecimento!

Nós não vemos com bons olhos a recusa em crer nos espíritos, mas admitimos sem esforço as cascas astrais; esse “processo inverso e paralelo” aparece tão límpido quanto a famosa luta de negros num túnel e o debate não consegue vencer na claridade. Que um cético “prefira se sentir à vontade em um grande Todo do que desconfortável no grande erro espírita”, isso é por conta dele. Mas, a princípio, não é certo que tenhamos escolha.

Quanto a dizer que os espíritas “querem prolongar no além a ilusão de sua individualidade”, o fazem a fundo perdido; é o que eles mais querem. Eles constatam simplesmente uma verdade que se torna a cada dia mais evidente à medida que o campo de seu conhecimento aumenta pela experimentação.

É, de fato, pela experimentação que se deve estudar o espiritismo.

Não é necessário o uso de aparelhos complicados, mas um instrumento humano, o MÉDIUM, que é um ser difícil de encontrar, mais difícil ainda de manejar, geralmente suscetível e sensível. É preciso perdoar quaisquer pequenos defeitos, lembrando da espécie falha da qual ele faz parte e à qual todos pertencemos.

O médium é dotado de uma faculdade particular que lhe permite, pela exteriorização de sua energia psíquica, conhecer alguns fatos passados, presentes ou futuros; entretanto, não todos, pois no que se relata a ele há particularidades que, evidentemente, não puderam vir a sua consciência pela via dos sentidos, mesmo hiperestesiados.

E, como em inúmeros casos nem a hipótese telepática, nem a da clarividência ou do subconsciente podem ser invocadas, chega-se à obrigação – absurda, se assim se quiser dizer, mas inevitável – de admitir a intervenção de uma inteligência estranha a sua e à humanidade viva.

Sim, está fora de questionamento o fato de que os médiuns, especialmente predispostos por natureza e constituição, possam servir de intermediários entre os vivos e as entidades invisíveis que afirmam sempre, e que frequentemente provam, que elas já viveram na Terra.

Certamente os médiuns podem errar. Acontece a eles, por vezes, de dar informações incompletas, incoerentes, contraditórias; repetir histórias conhecidas ou de inventá-las em várias peças, e isso de muito boa fé.

Teremos a oportunidade de constatar o importante papel do subconsciente em algumas manifestações. Encontraremo-nos também diante de outros casos onde o subconsciente não intervém e veremos, à medida que avançarmos em nosso estudo, parte considerável de mistérios desconhecidos que ainda nos falta decifrar.

Entretanto, não se deve esquecer que, em matéria de experimentação, os resultados valem o que vale o instrumento. Cem fracassos com um médium de vigésima categoria, admitindo-se que não se trata de um sonâmbulo, não provam que o espiritismo seja uma ilusão; eles não poderiam contrabalancear os resultados obtidos por Crookes, Wallace, Lombroso e Cia; entre dez ditos médiuns há nove a serem descartados; e porque não se esteve com o décimo pode-se dizer que ele não existe? Para as pessoas que não acreditam senão nos intelectuais, torna-se uma alegria se for aquele décimo, sejam precisamente intelectuais notórios, oficiais, com aqueles que nomeamos, experimentado e consagrado por estes.

Quanto a querer opor às experiências feitas com médiuns reconhecidos experiências feitas com médiuns que não o são, é um controle ilusório porque não se podem comparar fenômenos que não sejam da mesma ordem. Personagens fictícios, criados por autossugestão, não têm nada de comum com as verdadeiras manifestações póstumas, como demonstraremos.

Ao lado dessas dificuldades quase inevitáveis, entram em jogo outros fatores que retardam consideravelmente a marcha do espiritismo; são eles: o misticismo, a falta de senso crítico, os excessos da mediunidade mal compreendida, a rivalidade dos grupos, o abuso de experiências fúteis, as sessões obscuras, a puerilidade das manifestações, a credulidade encantada de alguns adeptos.

Todas essas pessoas são bem intencionadas, mas elas ignoram muito frequentemente os mais simples elementos da nova ciência ou os compreende mal e sua personalidade moral não absorve deles nenhum benefício. Assim que se tenta por um freio em seu ardor desordenado, elas se lançam às tolices e à vaidade. Elas aceitam o verdadeiro e o falso com o mesmo entusiasmo; elas se curvam diante da autoridade de ditos espíritos que se pretendem superiores e oniscientes, se erigem como guias infalíveis e fazem com que se cometam os piores disparates.

Outros, melhor instruídos se deixam dominar, também eles, por esses maus elementos do invisível, esquecendo os erros e as mistificações às quais se expõem aqueles que são bastante imprudentes para perder o controle de si mesmos. Sua boa fé incontestável não é suficiente para desculpá-los.

Nos grupos, encontramos pessoas de todas as condições sociais, de todos os níveis intelectuais, de todos os mundos. Na sua pressa em se comunicar com o além, eles se precipitam impulsivamente em direção a toda luz que brilha.

“Pedir ao homem, disse Renan, para adiar alguns problemas e deixar para os séculos futuros saber o que ele é, que lugar ele ocupa no mundo, qual é a causa do mundo e de si mesmo, é pedir-lhe o impossível”.

Os principais motores dessa cruzada crescente são nobres e legítimos: necessidade de conhecer o destino – necessidade de crer em uma vida futura e reparadora – necessidade de consolação.

É importante, pois, que os espíritas esclarecidos deem a sua filosofia um caráter consolador e moral e as garantias de controle sem as quais ela não teria razão de ser.

Essa missão é mais particularmente reservada aos médiuns, “esses mensageiros que, segundo Carlyle, vêm do Infinito com novidades para nós”; sua faculdade surpreendente sempre superexcitando a curiosidade do público. Gaston Méry, tendo feito um artigo sobre a senhorita Couesdon, em 14 de março de 1896, recebeu mais de mil cartas nos três dias que seguiram a publicação; segundo artigo em 20 de março: as cartas jorravam ainda mais, perguntando o nome e o endereço da vidente.

Depois, foi a vez dos jornais que, todos, publicaram entrevistas do Sr., Srª. e Senhorita Couesdon. Lord Kitchener e os negócios do Egito, Galliéni e Madagascar passaram a segundo plano e foram esquecidos por alguns dias.

Tal curiosidade constituía somente a ela um dos fenômenos psicológicos mais estranhos do século.

 Gabriel Delanne / Gabriel Bourniquel do livro:
Escutemos os mortos

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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Querer é poder?

Querer é poder?

Pedro de Camargo (Vinícius)


A sentença supra goza, de há muito, de foros de provérbio consumado. Mas, exprimirá de fato uma verdade? Eis a questão.

A nosso ver, empregaríamos o verbo saber em lugar do verbo querer, e diríamos, então: Saber é poder.

Esta máxima é absolutamente verdadeira. Aquele que sabe pode, porém o que ignora não pode, ainda que queira. Dir-se-á, talvez: mas o querer conduz ao saber, visto como aquele que quer procura aprender para executar. Mas, nem sempre sucede assim e é justamente esse ponto que tencionamos ferir.

Há muita gente que procura com afinco realizar seu “querer”, por este ou aquele meio, desprezando precisamente o processo seguro de êxito: o saber. Daí os fracassos, o desânimo, a descrença e o pessimismo de muitos.

Jesus apresentou-se ao mundo no caráter de Mestre, e, como tal, teve discípulos. Sua missão é educadora. Remir é educar. Os que são por ele ensinados alcançam, por tal meio, a redenção. A Igreja de Jesus é uma escola. Ser cristão é matricular-se nessa escola, é tomar-se discípulo de Jesus, e aprender com ele a ciência do bem e da verdade.

Instruí-vos, moralizai-vos; tal é o lema que se deveria gravar no pórtico dos modernos templos cristãos.

“Pedis e não recebeis: não recebeis porque não sabeis pedir”, disse o Mestre.

A questão, pois, é de saber.

“Eu sou a luz do mundo — acrescentou ele —, quem me segue, não andará em trevas; pelo contrário, receberá a luz da vida. Eu não vim condenar, mas salvar o mundo. A condenação é esta: A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; e isto porque eram más as suas obras. Porquanto todo aquele que pratica o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, a fim de que suas obras não sejam arguídas.”

Como se vê, tudo se resume numa questão de luz. A condenação dos que a rejeitam consiste em permanecerem nas trevas. As trevas são o Hades. Quem vive em trevas nada pode, porque tudo ignora. Tudo ignora porque nada aprende, nada aprende porque repudia a luz que se lhe oferece. Estes tais estão por si próprios condenados.

Saber é poder, repetimos. Aquele que sabe, pode. Aquele que quer, e ignora a maneira de realizar seu “querer”, não pode coisa alguma.

O que vive na luz pode, o que vive em trevas não pode, ainda mesmo que queira. A salvação está na luz. O Cristianismo é luz. Jesus é mestre, a escola é o seu templo.

Pedro de Camargo (Vinícius) do livro:
O Mestre na Educação

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Nota: Pedro de Camargo, mais conhecido por Vinícius (pseudônimo que adotou e usou por mais de 50 anos), nasceu em Piracicaba (SP) em 7 de maio de 1878. Desde muito jovem abraçou com entusiasmo o Espiritismo, tendo fundado e dirigido em sua terra natal a instituição espírita “Fora da caridade não há salvação”. Por muitos anos presidiu também a “Sociedade de Cultura Artística”, na mesma cidade. Em 1938, mudou-se para a cidade de São Paulo, onde permaneceu até a sua desencarnação em 11 de outubro de 1966. A partir de 1949, desenvolveu, através do rádio, um programa evangélico de grande proveito para os espíritas. Teve participação destacada nos esforços em prol da unificação do Movimento Espírita Brasileiro que culminaria com a criação do Conselho Federativo Nacional (CFN). Colaborou por dezenas de anos com artigos que primavam pela essência altamente doutrinária e evangélica publicados em Reformador. (Trecho extraído do site da FEB)
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terça-feira, 29 de julho de 2025

Partindo algemas

Partindo algemas

Cairbar Schutel


— "Amai os vossos inimigos" - ensinou-nos o Excelso Mestre.

Para aqueles que recolhem o triste atestado da sobrevivência da alma no cadinho ebuliente da obsessão, semelhante afirmativa não induz ao endeusamento do irmão que se lhe considera adversário  que se acoberta por trás da fronteira de cinzas, mas expressa anseio renovador de quem despe a armadura sufocante do egoísmo e se desfaz da máscara do orgulho.

O homem que se julga invulnerável à obsessão, está a caminho dela e, nela, ambos, cordeiro e carrasco, sofrem muito, pois não há rancor feliz. Por isso mesmo a duração da influência perniciosa é sempre limitada, de vez que duas forças iguais em conflito lutam, por algum tempo, entre si, para se anularem, mutuamente, depois. Um par de dores idênticas se entende...

A paz íntima é comprada a suor.

Amar os desafetos, sem opor ódio ao ódio, é o antídoto sublime de toda influenciação nociva, no reino do espírito.

Em razão disso, visando sobretudo àqueles irmãos que padecem enceguecidos temporariamente por lágrimas dolorosas, nas algemas emocionais do sofrimento, indicamos algumas das atitudes preciosas da criatura que, além de evidenciarem vontade manifesta e interesse espontâneo de acertar, ante as leis do destino, refazem-nos, com segurança, a existência, e descerram novos roteiros de alegria e concórdia para a nossa vida, inevitavelmente conjugada à vida dos outros:

  • Não pensar mal de ninguém, em particular do desafeto desencarnado;
  • Evitar toda discussão, perdoando incondicionalmente a todos os companheiros de nossa convivência, dos quais tenhamos recebido esse ou aquele motivo de revolta ou de mágoa;
  • Ajudar a quem sofre, principalmente aos irmãos que ainda se encontram na carne, categorizados à conta de parentes, amigos e afeições, incluindo os adversários gratuitos de qualquer procedência;
  • Fazer, no campo da fraternidade entre os homens, o bem que desejamos venha a ser feito pelo companheiro ainda doente na Espiritualidade inferior;
  • Controlar as próprias reações, convicto de que apenas a nossa mente consegue dirigir os mecanismos do corpo físico;
  • Usar os recursos da prece sincera, do passe reconfortante, da água magnetizada e do culto doméstico do Evangelho, por energias superiores de sustentação moral e mental;
  • Ver o lado melhor de todos os seres e de todas as coisas, sem alimentar ideias de tristeza ou irritação, queixa ou desânimo;
  • Esforçar-se por ser humilde, reconhecendo os erros pessoais, quando eles existam, sem cultivar remorsos destrutivos, de modo a não reduzir a nossa capacidade de entender e servir, porquanto apenas no trabalho do bem acharemos caminho à própria libertação, seguindo nas pegadas do Senhor.

Cairbar Schutel por Waldo Vieira do livro:
Seareiros de Volta

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segunda-feira, 28 de julho de 2025

Destaque e serviço

Destaque e serviço

Meimei



Desfrutas hoje do destaque merecido pelo trabalho que tiveste na escalada aos valores da cultura ou da influência pessoal.

Sabes, por isso mesmo, analisar com precisão as deficiências e falhas dos degraus por onde passaste e, às vezes, referes-te a eles com demasiada severidade, apontando-lhes os defeitos.

Segue, no entanto, em tua jornada de ascensão aos cimos da vida, mas não reproves e nem perturbes os companheiros que te serviram e prosseguem, colaborando em favor dos outros.

Podes ser agora, simbolicamente, a ponte segura em que transitam altas inteligências, a caminho das Grandes Luzes, contudo, não subestimes a pinguela, sobre a qual atravessaste o rio das dificuldades, em teus aprendizados do princípio e da qual se aproveitam atualmente outros viajores, de modo a seguirem adiante.

Recolhes, presentemente, as próprias refeições em fina baixela de porcelana, junto daqueles que renteiam contigo, no mesmo elevado social, no entanto, não censures o prato de barro cozido que, um dia, te assegurou a alimentação, em tempos recuados, e do qual se valem, ainda hoje, outros amigos, nele buscando o pão que lhes renove as forças, na marcha, rumo à frente.

Brilha nas alturas que conquistaste, conforme os recursos que a Providência Divina te concede, mas não te inclines para a retaguarda com o objetivo de destruir a tarefa e a esperança dos próprios irmãos que te serviram e continuam trabalhando...

Lembra-te de que as tuas possibilidades, tanto quanto as deles, dependem, inelutavelmente, das concessões e dos empréstimos de Deus.

Meimei por Chico Xavier do livro:
Aulas da Vida

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domingo, 27 de julho de 2025

No pagar agora

No pagar agora

Marco Prisco



Os compromissos de ontem, mesmo esquecidos, não estão mortos.

A palavra empenhada, quando não cumprida, retornará aos seus ouvidos mais tarde.

Os erros nascidos na invigilância, enquanto não ressarcidos, dormem para despertar repentinamente.

É da lei que a violência acompanhe o violento, onde esteja.

Praticado o crime, está o homem comprometido com ele.

Somente a água lustral do amor pode apagar o incêndio da cólera.

Resguarde-se contra a agressão da natureza animal.

Os desvios do passado retornarão à sua porta, quais fantasmas que você evita e não pode vencer senão pelo justo resgate.

Quando você menos espera, a erva daninha, semeada, repontará no seu jardim de bênção. Aproveite a oportunidade de libertar-se.

Muitas vezes, você chorará lágrimas doloridas, experimentando, embora tardio, o travo do gozo imerecido.

As aquisições falsas esboroam-se quando se deseja retê-las.

Hoje você está empenhado no programa vivo das reparações, conquistando terrenos para a seara da felicidade.

Ninguém pode desconsiderá-lo pela ignorância que o conduziu aos enganos, no passado. É imprescindível, porém, reabilitar-se quando oportuno...

É melhor você partir da Terra incompreendido mas livre, a se despedir dos amigos ante a porta da Vida Eterna, respeitado e aplaudido, carregando, porém, o coração convertido em choro ígneo a pesar, requeimando-o por dentro.

Marco Prisco por Divaldo Franco do livro: 
Ementário Espírita

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sábado, 26 de julho de 2025

Cristo e César

Cristo e César

Cairbar Schutel



A Doutrina dos Espíritos veio ensinar um novo caminho para que a vida terrestre ofereça mais ampla criação de valores espirituais para a Vida Maior.

Se antes, desconhecendo-a, os homens conseguiam avançar razoavelmente, lidando, afanosos, em todo o período da existência, em prol da evolução de si mesmos, através de esforço físico contínuo em determinado setor dos interesses de César, hoje, conscientes dos princípios espíritas, é possível produzirdes muito mais para as vossas almas e para a Humanidade, através do esforço contínuo em determinado setor dos interesses do Cristo, sem detrimento dos deveres comuns.

A renascença moral dentro da própria alma é o movimento mais importante para a criatura.

Sem fantasias ou superstições tendentes ao fanatismo cego, não mais vale para o espírita deixar-se absorver inteiramente por um emprego humano, por uma profissão digna, por uma posição social ou por uma liderança de vantagens terra a terra, conquanto respeitáveis.

Acima de quaisquer circunstâncias transitórias entre os homens, prevalece para ele a inadiável necessidade de melhorar-se, intimamente, atento à vida real que o espera no futuro.

O espírita não menosprezará a execução de suas obrigações na sociedade, perante o reduto doméstico e à frente das lides profissionais, que aceitará naturalmente como graves pontos de honra, tanto quanto não esbanjará talentos e responsabilidades que lhe foram situados nas mãos; entretanto, não se desgastará consumindo saúde, inteligência, tempo, oportunidades e recursos outros exclusivamente nisso; alcançará a visão para o mais alto, buscará elevados objetivos mais além, demandará, com todas as suas forças, a edificação da fraternidade legítima, onde estiver.

Novas conquistas da Ciência ou alterações de regimes políticos não lhe modificarão a atitude; isso por saber que, se os governos humanos são temporários, o governo divino é imorredouro, e que, se toda paisagem propriamente humana se esfuma, a vida espiritual continua em renovação e ascensão permanentes.

Eis aí porque a voz da Espiritualidade Superior encarece, dia a dia, o imperativo da vigilância e da disciplina cristãs.

Viver como já vivemos outras vidas ou à maneira daqueles que ainda ignoram a verdade, será sempre fácil; somos convocados a uma experiência diversa e positivamente difícil, que conserva, no entanto, em si mesma, a substância da felicidade.

Manejando embora os instrumentos de ação que o mundo lhe confia, o espírita é chamado a viver com o Cristo, pelo Cristo e por Cristo, no roteiro do amor puro.

Relembremos que Jesus nos recomendou:

— "Dai a César o que é de César e a Deus o que é de Deus", sem qualquer indicação de que devamos dar a César mais do que o lícito e necessário. Portanto, espíritas irmãos, doemos a César, personificado nas exigências passageiras do mundo, o respeito e a colaboração digna a que estamos debitados pela própria Natureza, mas, sob qualquer roupagem exterior com que nos caracterize, saibamos viver para o Cristo, a fim de que estejamos efetivamente na construção do Reino de Deus.

Cairbar Schutel por Waldo Vieira do livro:
Seareiros de Volta

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sexta-feira, 25 de julho de 2025

Sexualidade

Sexualidade

Joanna de Ângelis



A busca exorbitante da moderna inconsciência da “civilização cibernética” alcança as apressadas metas perseguidas e logo transfere os alvos, arrojando-os para o futuro, embora a ânsia enlouquecedora de viver-se o momento fugaz e tão somente para o instante fugidiço...

Tal conjuntura fez que se derrubassem os conceitos da velha ética, estruturando-se nova moral, que a cada investida sofre vigorosa modificação, passando à feição das realidades amorais e mergulhando, por fim, no abissal fosso dos estados e manifestações imorais.

Agitando-se para conseguir a felicidade, o homem tecnicista defrontou o prazer, e, perturbado pelo desbordar das sensações em clima febril quão desesperador, coloca a mente no estudo das estrelas e os sentimentos nos estertores do instinto.

Diferença expressiva medeia entre a felicidade e o prazer, o gozo físico e as emoções que produzem dita...

Atirado à voragem de destruir a hipocrisia do passado e produzir o encontro com a autenticidade de consciência, o homem olvidou as medidas do equilíbrio, demolindo com o estridor da rebeldia sistemática os tabus e preconceitos, sem o necessário discernimento que o ajudasse a apresentar as substituições que serviriam de base para as conquistas que o alçariam às alegrias da plenitude. Vem destruindo por destruir.

Em tais investidas, cujos ressaibos já tisnam os apetites, perturbadoramente, o sexo foi dos que maior investimento de forças negativas recebeu.

Da coação a que a intolerância o jugulava, como consequência da ignorância das suas sublimes funções e finalidades, passou à libertinagem com que se apresenta corrompido, em mixórdias repulsivas, nas quais se buscam expressões de gozo que o envilecem, o desnaturam e o desorganizam...

Ontem, tido por “imundo”, passou à nova conceituação como máquina de prazer qual se o homem exclusivamente devesse viver para exercê-lo e não para, através dele, perpetuar a espécie.

De Freud libertando-o, a Marcuse (*) licenciando-o, abusivamente, há um pego de cultura técnica e desequilíbrio moral que não podem ser ignorados.

Antes combatido no exercício das suas funções naturais, é agora apregoado como fonte de vida, em que, todavia, se acumpliciam tormentos sem conto, para a nefanda orgia, que ameaça a estrutura ética da Humanidade, açulando a juventude, como a condená-la à desesperação, senão ao desvario irreversível...

Incontestavelmente o sexo exerce profunda influência na vida física, emocional e espiritual das criaturas.

Santuário da procriação, fonte de nobres emulações e instrumento de renovação pela permuta de estímulos hormonais, a sexualidade tem sofrido a agressão apocalíptica dos momentos transitórios da regeneração espiritual que se opera no planeta.

... Aberrações e desacatos, violência e lascívia de mãos dadas avançam em desordem, conturbando agressivamente e deixando os rastros dos dissabores, das desilusões inomináveis e das frustrações em rios de lágrimas, em corredores sombrios de angústias e alucinações...

Isto porque o sexo, sem a dignidade do amor, desarvora, embrutecendo os apetites que não se fazem saciar e ressurgem mais violentos, constrangedores...

Das condenáveis críticas da mordacidade e da perseguição, o sexo saiu para a praça pública do desrespeito, como a desforçar-se dos padecimentos sofridos na suposição de que o extremado uso reabilitasse o erro da antiga coibição.

O desconserto atingiu as raias da desordem e o despudor corroeu os sentimentos que enobrecem a vida, facultando que cenas de desarranjo mental, emocional e fisiológico assumam cidadania, nas suas paisagens de dor e desaire.

Proliferam, então, à margem, as chantagens, as perseguições, os despautérios, os aplausos, os crimes, em cenários de ridículo, em aflições obsessivas cruéis...

Transexualidade ou homossexualidade, heterossexualidade, bissexualidade e assexualidade que se exteriorizam no campo da forma ou nas sutis engrenagens da psique têm suas nascentes e funções nas tecelagens do espírito.

As expressões em que hoje a sexualidade se manifesta e recebe o ridículo ou a chacota, o aval, a imitação da sociedade, examinadas pelo lado espiritual, merecerão de futuro justo tratamento por legisladores e psicólogos, médicos e psiquiatras, educadores e sociólogos que terão corrigida a feição do problema, ensejando mais amplo entendimento nobre da vida em todas as suas manifestações e finalidades.

Singularmente vinculada à anterioridade do espírito, a problemática do sexo exige carinho e caridade, respeito e dignificação.

Organizado pela Divindade para sublimes miseres, não pode ser utilizado levianamente. Todo abuso impõe-lhe imposto de carência; qualquer desconsideração insculpe-lhe desordem e tormento...

Se te encontras num capítulo punitivo da sexualidade, fora da
atividade santificante para a qual o dotou o Criador, não te conspurques nem te degrades, mesmo que a mentalidade da época te seja favorável ou te aplauda...

Preserva tuas forças morais e mantém o teu equilíbrio.

Quando a ardência dos desejos te esfoguearem, lembra-te do lenitivo da oração e reconforta-te demoradamente.

Não derrapes na alucinação nem sorvas a taça licorosa, porém envenenada das satisfações torpes...

Não te acumplicies ou te enredes no problema da emotividade sexual, mantendo o comércio mental, inspirando paixões, provocando tormentos, desequilibrando. . .

Não sejas fator de desdita para ninguém.

Se estás em regime de ordem, examina os que estão agoniados, sob constrições que não imaginas, os que padecem frigidez, exacerbação; os marcados por anomalias desta ou daquela natureza; os inquietados, os perseguidos em si mesmos...

Se te defrontas em campo de prova sob uma ou outra imposição psíquica ou física, espera o amanhã.

Não te apresses.

O problema não será resolvido de um golpe. Não devidamente cuidado, mais se agrava.

A vida não fina no túmulo, não se encerrando toda, somente, na cápsula carnal.

Transforma tuas limitações em forças e ama os ideais de enobrecimento da Humanidade, com que te liberarás da compressão, encontrando a felicidade que anelas.

Ama, seja qual for a situação em que te depares e esparze amor pelo caminho, semeando estrelas de esperanças. Amanhã elas brilharão para ti.

O problema do sexo é do espírito e somente do espírito virá, para ele, a solução.

Assim, cultiva o lar, atende a família, faze-te cocriador na Obra
de Nosso Pai, coopera com os que transitam em dores e edifica na mentalidade geral o conceito segundo o qual o sexo é para a vida e não a vida para o sexo.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Após a tempestade

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Nota (*): Herbert Marcuse nasceu em Berlim, capital da Alemanha, filho de pais judeus. Estudou literatura e filosofia em Berlim e Freiburg, onde conheceu filósofos como Martin Heidegger, um dos maiores pensadores alemães na época. Ele argumentava que a sociedade industrial avançada criava falsas necessidades que integravam o indivíduo ao sistema de produção e de consumo. Comunicação de massas e cultura, publicidade, administração de empresas e modos de pensamento contemporâneos apenas reproduziriam o sistema existente e cuidariam para eliminar negatividade, críticas e oposição. O resultado, dizia, era um universo unidimensional de ideias e comportamento, no qual as verdadeiras aptidões para o pensamento crítico eram anuladas.
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