Momento de Avaliação
Joanna de Ângelis
No encerramento de cada exercício é inevitável a estruturação de um balanço em relação aos investimentos estabelecidos.
Receita e despesa, confrontados, resultam no saldo que caracteriza o acerto ou a incapacidade do administrador.
Ocorrências imprevisíveis, sucessos, malogros, alta e queda de valores amoedados respondem pelo resultado da empresa ao fecharem-se as contas.
No que diz respeito à economia moral, é imprescindível fazer-se uma avaliação das conquistas realizadas durante a ocorrência de cada período, para bem aquilatar-se de como se vai e de como programar-se a etapa nova.
Os minutos sucedem-se, gerando as horas.
Os dias passam, estabelecendo meses.
Os anos se acumulam e as estruturas do tempo se alteram.
Quem conhece Jesus é convidado a investir, nos divinos cofres do amor, as moedas que a sabedoria lhe faculta em forma de maior iluminação, pela renúncia, caridade, perdão e esperança.
De tempos em tempos, impostergavelmente, torna-se necessário um cotejo do que foi feito em relação ao programado, para medir-se o comportamento durante o trânsito dos compromissos.
Façamos hoje, no encerramento da experiência, uma avaliação-balanço.
Constatada a presença de equívocos, disponhamo-nos a corrigi-los.
Identificados os êxitos, preparemo-nos para multiplicá-los.
Logrados os sucessos, apliquemo-los em favor do bem geral.
Detectados os malogros e sofrimentos, abençoemos a dor e a dificuldade que nos devem constituir impulso e estímulo para o prosseguimento.
Tenhamos, no entanto, a coragem de uma avaliação honesta, sem desculpas, sem excesso de intransigências.
Espíritos em processo lapidador, ainda não libertados da ganga que impede se reflita no íntimo o brilho do amor de Jesus.
Não obstante, triturados pela bigorna e o buril dos testemunhos, deixemos se manifeste a divina presença em forma consoladora e equilibrante.
Uma avaliação sensata far-nos-á descobrir onde e por que nos equivocamos, como e para que nos poderemos reabilitar, avançando com segurança no rumo do objetivo final.
Hora de balanço é hora séria.
Proponhamo-nos à pausa da reflexão com a coragem de nos despirmos perante a consciência, como se a desencarnação nos houvesse surpreendido e nos não fosse possível omitir, escamotear ou fugir à responsabilidade que adquirimos perante a vida, face à dádiva da reencarnação.
Experiência que passa, enseja lição que permanece.
E, de aprendizado em aprendizado, o relógio da eternidade nos propiciará o crescimento no rumo de Deus e na aquisição da virtude da paz.
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