domingo, 18 de novembro de 2018

Relacionamento afetivo

Relacionamento afetivo

Joanna de Ângelis



Quando se pensa em relacionamento afetivo duradouro, deve-se ter por meta a conquista do ser essencial e dos seus valores, ao invés dos interesses imediatistas do conúbio de natureza sexual.

O receio que preside a muitas buscas é de que a sucessão do tempo proporciona saturação e desinteresse, face à convivência repetitiva, que termina por se fazer monótona e desagradável.

Esse raciocínio falso conduz a um temor injustifica­do e, por consequência, a uma frenética busca por di­versidade, na qual o indivíduo se entrega à luxúria sob a incoerente explicação da necessidade de amor.

O amor tem sua validade, porque realiza interiormente todo aquele que o anela e se lhe entrega, desco­brindo a excelência do relacionamento na sua amplitu­de geral e nunca na particularidade de um tipo exclusivo e compensador, que não mais é do que a satisfação do instinto reprodutor, transformado em elemento de prazer.

Quando isso ocorre, a insatisfação predomina nos parceiros e facilmente desaparecem os sentimentos profundos do respeito recíproco, da necessidade fra­ternal e amiga de estarem juntos, de tudo quanto constitui objetivo básico de urna boa união.

Assim sendo, existindo essa compreensão salutar da finalidade da convivência, nunca se manifestam 0 tédio, a monotonia ou o desinteresse, porque cada dia surge com novas e fascinantes opções de descobertas de valores antes desconhecidos, de vivências não reali­zadas e de desafios enriquecedores.

Cada um dos membros da afetividade sente-se então vinculado ao outro, sem interdependência perniciosa, mas através de uma constante relação plenificadora, que se toma motivo permanente de convivência.

Temas novos são discutidos, aspirações formosas são desenhadas, buscas de horizontes amplos surgem como bênçãos e, quanto mais amadurece a afeição, mais estreitos são os liames de sustentação.

Neste particular, a fidelidade assume papel de suma importância, porquanto, somente por meio da con­fiança tranquila podem ser edificadas as bases do rela­cionamento feliz.

Certamente surgem momentos difíceis, como é nor­mal, no entanto, o amor tem a chave que decifra todas as equações e que elucida todos os problemas.

Nesses casos, ao invés de afastamento dos parcei­ros, mais os aproxima.

*

As pessoas, emocionalmente inseguras, sofrem di­ficuldade para manter um relacionamento afetivo, por­que o seu comportamento é assinalado pela instabilidade e pela desconfiança, características básicas dos seus conflitos.

Incapazes de entregar-se em clima de paz, transferem as insatisfações para o outro, sempre vitimados por incertezas e necessidades de demonstrações ex­teriores profundas para as quais não dispõem de uma escala de valores para bem as aquilatar.

Na sua inarmonia afetiva, todos os sentimentos lhes vivenciam as estruturas da personalidade enferma, in­capazes de sustentar projetos de amor que não este­jam condicionados aos seus estados conflitivos.

Todo um processo de crescimento interior e desen­volvimento da afetividade se faz indispensável para um relacionamento ajustado, portanto, compensador.

Não havendo esse esforço de parte a parte, a união de dois indivíduos portadores de comportamentos estranhos e variáveis, sempre redunda em prejuízo para ambos com dilacerações psicológicas mais graves.

O amor é um sentimento que se deve cultivar, e que cresce graças ao empenho da transformação moral do ser para melhor, quando é possuidor do discernimento que altera a conduta extravagante, harmonizando-a com os princípios éticos e morais vigentes no convívio social.

Ao mesmo tempo, requer a auto-iluminação em quem o anela, oferecendo campo para que se desen­volvam outras expressões de ternura, de compreensão, de tolerância, de doação. 

O amor é sempre generoso doador, que se multi­plica na razão direta em que se reparte.

Espraia-se, fertilizando o campo por onde se expan­de, facultando o surgimento de novos valores emocio­nais que se dignificam a si mesmos e à sociedade em geral.

*

Todos os indivíduos necessitam de um relaciona­mento afetivo seguro, fundamentado nos sentimentos de comunhão e entrega pessoal, de família e de sociedade.

Banido da união o egoísmo doentio, toma-se exequível a vivência da afetividade sem jaça, que suporta todas as agressivas reações do grupo social, no qual se convive, ou as dificuldades normais dos períodos mais difíceis do relacionamento.

Da mesma forma que a saúde resulta de fatores psicobiossociais e espirituais, a felicidade também di­mana do equilíbrio desses instrumentos, que constitu­em o quadro operacional da existência humana na Ter­ra.

Assim sendo, o amor é a alma do relacionamento afetivo equilibrado, tomando-se a ponte de segurança para a auto e a alorrealização (*) espiritual com vistas ao futuro eterno do ser.
(*) Alorrealização: Alo - prefixo de origem grega. Significado: do outro; outro. 
Paramirim (Bahia), 10 de julho de 1999.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Luzes do Alvorecer

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