Banquete de luz
Joanna de Ângelis
As facilidades hodiernas em relação ao comportamento fascinam-te, propiciando-te oportunidades para o gozo irresponsável, distante dos deveres da autoiluminação, da paz.
Buscas fruir experiências encantadoras, juntando-te aos grupos apressados e frívolos, que desfilam nos blocos da ilusão, como se o sentido da vida física permanecesse adstrito à volúpia das sensações fortes.
Gostarias que o tempo não passasse nessas horas de prazeres, que se poderiam eternizar, olvidando-te de outros compromissos em relação à vida, no período referente à vilegiatura carnal.
Convives com aqueles que fazem da diversão o objetivo existencial como se o corpo físico não experimentasse transformações e deficiências que culminam no processo inevitável da morte.
Invejas os triunfadores que lideram as massas, e lamentas não estar no lugar deles, encantadores e sorridentes.
Sofres, quando algum impedimento surge no caminho, criando embaraços aos teus planos de alegrias contínuas, como se não houvesse medidas para as satisfações, que deveriam ser intérminas.
O corpo é uma organização celular regida pelo espírito, que dele se deve utilizar para finalidades mais nobres em projetos de imortalidade.
Sem dúvida, os investimentos aplicados para a conquista do prazer merecem respeito, não, porém, como a meta essencial da existência, mas como efeito dos elevados atos morais.
Na transitoriedade da reencarnação, as conquistas realmente significativas são aquelas que prosseguem com o ser, e não aqueloutras que logo cessam, assim que se fazem amealhadas.
O espírito é um viajante que busca o porto da perfeição, utilizando-se dos veículos orgânicos em diferentes etapas, melhorando-se, cada vez mais, de modo que a felicidade real se lhe vai fixando até o momento da plenitude.
Tudo quanto já gozaste são recordações que te impelem a novos anseios pelo repetir.
Assim são as vacuidades mundanas.
Não te iludas.
Reflexiona calmamente em torno da oportunidade atual, utilizando-a de maneira sábia, psicologicamente madura.
Nada impede que vivas conforme os hodiernos padrões de comportamento, porém com o discernimento de os utilizares de maneira proveitosa, ao invés de viveres atormentado por eles...
Com profunda percepção da psicologia humana, Jesus propôs aos Seus discípulos que, ao oferecerem um banquete, não convidassem os poderosos, os ricos, aqueles que poderiam retribuir-lhes o gesto.
Antes, dessem preferência aos pobres, aos mendigos, aos infelizes, que não dispõem de recursos para os agradecer.
Os primeiros estão acostumados às lautas refeições, ao desperdício, nada mais sendo necessário acrescentar-lhes, pois que não precisam, possuindo mais do que podem utilizar.
Os segundos vivem na carência, em permanente necessidade, desconhecendo o conforto e o fastígio, a alimentação saudável e os sorrisos de felicidade.
Por isso, torna-se urgente atendê-los, de forma que ainda se possam dignificar, saindo da miséria que os aflige para os momentos de renovação física e moral indispensáveis a uma existência honrada.
O relato feito por Lucas, no capítulo XIV, versículos 12 a 15 do seu evangelho, é muito significativo, porque propõe diferente conduta ao convencional da sociedade, que sempre destaca os dominadores com olvido das suas vítimas, os endinheirados com indiferença pelos excluídos...
Sempre se proporcionam alegrias e satisfações àqueles que não as necessitam, na maioria das vezes encontrando-se saturados pelos excessos, sofrendo o tédio que decorre da abundância, da contínua repetição dos mesmos gozos...
Essa permuta interesseira de gentilezas demonstra o estágio egoístico em que se demoram as criaturas, distanciadas dos relevantes ideais da solidariedade, do amor fraternal, da bondade.
Quando se adquire o conhecimento da sobrevivência do espírito à disjunção molecular da carne, altera-se a visão da realidade que adquire significado profundo, libertador.
Desenvolve-se-lhe, naturalmente, a compreensão em torno dos valores éticos e morais, selecionando aqueles que propiciam paz em relação aos outros que são como fogos-fátuos...
Na referida parábola do Mestre, dando-se conta do seu conteúdo especial, alguém exclamou: - Feliz aquele que se alimenta do pão do Reino dos Céus.
Com que propriedade foi compreendida a lição, porque todo e qualquer alimento logo é consumido e cede lugar a novas necessidades para a máquina fisiológica poder prosseguir funcionando. No entanto, o pão transcendental alimenta para todo o sempre.
A busca desse alimento espiritual de sabor eterno deve constituir o teu objetivo, empenhando-te de corpo e alma por consegui-lo.
Os jantares do prazer entre comparsas do mesmo interesse, quase sempre transformam-se com o tempo em encontros tediosos, nos quais se disputam coisas nenhumas da vaidade.
Porque perdem a motivação e o estímulo, somente no exibicionismo encontram sua justificação, de modo a atenderem a vaidade e a presunção.
Por isso, deixam ressaibos de amargura e de frustração.
*
Aplica-te na aquisição dos tesouros morais iluminativos e esparze-os por onde andes.
Há fome de ternura, neste mundo rico de indiferença.
Mendigos de amor, pobres de paz, necessitados de afeto aguardam o convite para a fraternidade.
Promove um banquete de luz e convida esses teus irmãos em humanidade, que aguardam compaixão e caridade, a fim de se libertarem da escassez e do sofrimento a que se encontram relegados.
Ao realizá-lo, serás surpreendido pela presença de Jesus, que virá ajudar-te na especial realização, oferecendo o pão do Reino dos Céus.
Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Jesus e Vida
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