Diante da Lei
Emmanuel
Perante os tribunais divinos a conspurcação da mulher que malbarata os dons sublimes da vida, não é a única forma de prevaricação que reclama a bênção do reajuste.
À frente dos juizes celestes, comparecem igualmente:
- Os sacerdotes que se venderam ao simonismo.
- Os magistrados que perderam a boa consciência nos mercados do suborno.
- Os cientistas que negociaram a riqueza inapreciável da inteligência, trocando preciosidades da vida por escuros troféus da morte.
- Os generais que perverteram a ordem, permutando-a por facilidades econômicas.
- Os políticos que traficam no altar da confiança do povo.
- Os administradores que dilapidam os tesouros públicos na exaltação dos seus interesses particulares.
- Os artistas que rebaixaram as próprias emoções, vendendo as imagens da beleza ao prazer dos sentidos, animalizando a existência, ao invés de sublimá-la.
- Os trabalhadores que corromperam a paz da própria alma, enganando o tempo e a si mesmos...
Compadeçamo-nos da mulher – nossa mãe e nossa irmã, nossa filha ou nossa companheira – que qual fonte cristalina sofreu a visitação dos monstros da natureza a lhes poluírem as águas vivas!
Há misericórdia no Céu para os vencidos que o Senhor, mais tarde, arrebatará das garras do mal que, transitoriamente, os senhoreia!
Mas, examinemos a nós próprios! Inventariemos as nossas ações de cada dia e vejamos se o nosso coração não adulterou os mandamentos de amor que nos regem!
Estaremos usando a nossa fé para o bem?
De que modo utilizamos o conhecimento superior?
Que bênçãos extraímos do sofrimento e da luta?
Como agimos no círculo das próprias responsabilidades?
De que maneira gastamos os empréstimos e as possibilidades do Senhor? Que fazemos do tempo que Deus nos concedeu?
Depois do balanço diário de nossos pensamentos, palavras e atos, pratiquemos a bondade com todos, entre a fé e o serviço incessantes e não nos faremos réus passíveis de severo julgamento à frente da Lei.
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