sexta-feira, 17 de outubro de 2025

Discípulos do Cristo

Discípulos do Cristo

Jacinto Fagundes


Somos discípulos do Cristo.

Mas, repetindo com Ele a sublime afirmação: – “Pai nosso que estais no céu”, esperamos que Deus se transforme em nosso escravo particular, atento às nossas ilusões e caprichos.

Somos discípulos do Cristo.

Contudo, redizendo junto a Ele as inesquecíveis palavras de submissão ao Criador: – ”Seja feita a vossa vontade”, assemelhamo-nos a vulcões de imprecações, sempre que nos sintamos contrariados na execução de pequeninos desejos.

Somos discípulos do Cristo.

Entretanto, refazendo com Ele a súplica ao Pai de Infinito Amor:

–  O pão de cada dia dai-nos hoje”, reclamamos a carcaça do boi e a safra do trigo exclusivamente para a nossa casa, esquecendo-nos de que, ao redor de nossa mesa insaciável, milhares de companheiros desfalecem de fome.

Somos discípulos do Cristo.

Todavia, depois de implorar com o Sábio Orientador à Eterna Justiça: – “perdoai as nossas dívidas”, mentalizamos, de imediato, a melhor maneira de cultivar aversões e malquerenças, aperfeiçoando, assim, os métodos de odiar os mais fortes e oprimir os mais fracos.

Somos discípulos do Cristo.

No entanto, mal acabamos de pedir a Deus, em companhia do Grande Benfeitor: – “Não nos deixeis cair em tentação”, procuramos, por nós mesmos, aprisionar o sentimento nas esparrelas do vício.

Somos discípulos do Cristo.

Contudo, rogando ao Todo-Poderoso, junto do Inefável Companheiro:

“livrai-nos de todo mal”, construímos canhões e fabricamos bombas mortíferas para arrasar a vida dos semelhantes.

Somos discípulos do Cristo.

Mas convertemos o próximo em alimária de nossos interesses escusos, olvidando o dever da fraternidade, para desfrutarmos, no mundo, a parte do leão.

É por isso que somos, na atualidade da Terra, os cristãos incrédulos, que ensinam sem crer e pregam sem praticar, trazendo o cérebro luminoso e o coração amargo.

E é assim que, atormentados por dificuldades e crises de toda espécie – aflitiva colheita de velhos males –, cada qual de nós tem necessidade de prosternar-se perante o Mestre Divino, à maneira do escriba do Evangelho, guardando n’alma o próprio sonho de felicidade, enfermiço ou semimorto, a exorar em contraditória rogativa:

– ”Senhor, eu creio! Ajuda a minha incredulidade!”

Jacinto Fagundes do livro:
O Espírito da Verdade
de Chico Xavier e Waldo Vieira (Espíritos Diversos)

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