terça-feira, 3 de setembro de 2024

Porque mudar a maneira de ser é tão difícil?

Porque mudar a maneira de ser é tão difícil?

Jácome Góes


A resposta sincera, real, objetiva, certamente sinaliza para uma única realidade: resistimos às mudanças que implicam absoluta revolução comportamental, não porque deixemos de estar conscientes, mas, sim, porque nos falta coragem e persistência para realizá-las em profundidade.

Como toda mudança envolve idealização e consequente desafio exigindo muita força de vontade para renovar toda programação mental, fica mais cômodo justificar, com falsas racionalizações, erros e vícios, do que transformá-los em acertos e virtudes.

Quando rejeitamos as mudanças é porque ainda não estamos "estruturalmente" preparados para realizar as difíceis tarefas da alquimia íntima. Tudo se torna demasiado difícil, ou até mesmo quase impossível, porque o preço a ser pago para a conquista da autonomia pessoal é muito alto.

Alterar os padrões de conduta exige muito sacrifício e essencialmente muita renúncia. Se não houver uma lúcida motivação para manter o ideal, tudo fica no subjetivo plano das utopias, sem jamais passar para a dinâmica da prática. O máximo que pode acontecer é "cristalizar-se" um sentimento de culpa originada da omissão, porém quase sempre é aplicado o artificial recurso da "anestesia" na consciência para minimizar a dor moral provocada pelo remorso.

Esse estado de impotência psicológica mantido pela estagnação na mediocridade segue seu sombrio e mórbido curso por longo tempo, até que a vida - aplicando a lei cósmica de progresso e evolução - força uma coercitiva mudança "materializada" nas crises pessoais que despertam para uma reciclagem íntima, exatamente no impacto da dor e na perplexidade da lágrima.

Mesmo julgando-se vítima do acaso fatídico, o ser humano é levado a reavaliar sua maneira de agir em circunstâncias as mais diversas, buscando uma certa harmonia com o sistema de equilíbrio, com o fim de restaurar a própria vida.

O pior que pode acontecer é a negação ou o medo de enfrentar a si mesmo, porque despotencializa, incapacita e torna a pessoa frágil e vulnerável, sem plena condição para energizar a vontade, com o fim específico de programar o amadurecimento psicológico.

Temer ou fugir, hoje, daquilo que será amanhã bem pior, é falta de bom senso... Perder o sentido de prevenção deixando-se conduzir pelo condicionamento de hábitos negativos é bloquear o processo do autocomando, entregando-se de forma passiva, omissa e criminosa, a um estado de inércia extremamente perigoso...

É necessário, então, recuperar o tempo perdido, pois muito mais caro que o tributo a ser pago com o sacrifício da reforma íntima, será o da cura física e do restabelecimento da energia espiritual.

É tempo de cuidar de si mesmo, observando sentimentos e emoções para discipliná-los, a fim de não serem gerados focos de tensão e estresse, que iriam desencadear disfunções orgânicas e defasagens mentais.

Por todas estas razões que são absolutamente verdadeiras pela força da lógica em sua dialética e premissas insofismáveis, só nos resta um único caminho; aquele de percurso intimista para identificar nossa realidade. Sem culpa e sem "mecanismos" de falsas defesas, vamos tomar plena consciência do que somos, para podermos interferir no que viremos a ser.

Se assim não fizermos, a vida tomará providências acionando, em última instância, o recurso extremo da dor para nos acordar da indiferença, que é auto-obsessão em nível máximo...

Jácome Góes do livro:
Na sintonia do amor

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