Desigualdade
Emmanuel
Estudando o problema da desigualdade no campo da vida humana, mentalizemos grande oficina destinada à produção de reconforto e progresso.
Todos os servidores são aí admitidos em bases iguais, no capítulo do direito.
Todavia, no recinto consagrado às obrigações que o regulamento lhes traça, entrega-se cada grupo a diverso procedimento.
Aqui vemos aqueles que, ao invés de utilizarem o instrumento que a administração lhes confia, dele retiram peças valiosas com que se desmandam na prática da desesperação e da delinquência.
Além, encontramos trabalhadores desatinados que maldizem os tesouros do tempo, espalhando o pessimismo e a ociosidade, gerando indisciplina e perturbação.
Surpreendemos os que dilapidam os patrimônios da casa que lhes cabe prestigiar e defender, tanto quanto os que solapam os interesses morais do templo de trabalho que os recebeu para a extensão de valores e benefícios.
Decerto que a esses apenas adjudicar-se-á os vexames da dívida a que se empenham, de vez que a desigualdade infeliz com que assinalam a própria ficha não procede senão deles mesmos, nas lamentáveis diretrizes que adotam nas linhas da experiência.
Temos no estudo simples a imagem da própria Terra.
Cada espírito recolhe na Providência Divina o empréstimo do corpo e as possibilidades que lhe enriquecem o campo de luta para a edificação do progresso no santuário do bem, entretanto, se não atende as obrigações que a vida lhe preceitua, na esfera da ação correta perante as Divinas Leis, retardar-se-á no caminho, para corrigir impropriedades e desacertos ou reajustar atitudes e empreendimentos, através de reencarnações laboriosas e torturadas. Isso ocorre porque sendo o amor a essência da vida, a justiça é o instrumento que o veicula, consoante a Eterna Sabedoria que nos confere alegria ou dor, enfermidade ou saúde, queda ou ascensão, luz ou treva, segundo os resultados de nossas próprias obras.
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