quinta-feira, 28 de janeiro de 2021

Nossas vítimas

Nossas vítimas 

Eurípedes Barsanulfo 



Quando vivemos na carne somos, em muitas circunstâncias, algozes de outras vidas. 

Não nos reportamos aos insetos que esmagamos sob os pés ou aos múltiplos animais de que nos alimentamos durante a existência física, nem aludimos às legiões de vítimas do pretérito que nos espreitam e, frequentemente, nos abordam em processos obscuros de influenciação espiritual; observamos as nossas vítimas humanas do cotidiano, de toda hora. 

Há muitas faltas que praticamos incautamente, dai nascendo muitas ocorrências de antipatia gratuita, diante das quais somos defrontados por semblantes frios e gestos hostis, sem saber a razão... Por isso, a humildade é a maior prova de sabedoria humana e eis porque carecemos, acima de tudo, de doar o perdão incondicional, a fim de merecê-lo conforme as nossas próprias necessidades. A rigor, não existem inocentes na Terra.  Todos nós, Espíritos endividados com o passado, transportamos conosco as marcas de culpas individuais ou coletivas. 

Todo ser consciente tem suas vítimas pessoais, vítimas conhecidas e insuspeitas, vítimas de dentro e de fora do lar. 

Basta relacionemos algumas delas: 
  • Aqueles a quem ferimos, através de comparações ultrajantes;
  • Os que pré-julgamos com notória descaridade;
  • As crianças que relegamos ao abandono;
  • Os velhinhos que entregamos ao desamparo;
  • Os amigos cuja sensibilidade dilaceramos pelo abuso do anedotário inconveniente;
  • Os familiares que nos toleram as atitudes viciosas e as crueldades mentais;
  • Aqueles a quem acusamos sem pensar;
  • Os irmãos em erro, aos quais subtraímos deliberadamente as oportunidades de reabilitação;
  • Os ausentes que, em muitas ocasiões, nunca vimos e cujo nome salpicamos com lodo de sarcasmo, a golpes de maledicência na praça pública;
  • As mães doentes que passam por nós esmolando uma côdea de pão e às quais receitamos serviço inadequado, que não colocaríamos sobre as próprias alimárias domésticas.
Desiste de viver desapercebidamente dos nossos deveres de serviço e fraternidade, à frente uns dos outros. 

Não te esqueças de orar por tuas vítimas e nem te negues a perdoar quem te magoa. Não raro, aqueles que nos rogam perdão são aquelas mesmas criaturas de quem precisamos recebê-lo...

Eurípedes Barsanulfo por Waldo Vieira do livro:
Seareiros de volta

Curta nossa página no Facebook:
https://www.facebook.com/regeneracaodobem/

Declaração de Origem
- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.
- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, sugestão, etc...