terça-feira, 3 de novembro de 2020

Palavras a um cego

Palavras a um cego

Bezerra de Menezes



Meus amigos, abençoemos Jesus!

Somos velhos companheiros de jornadas espirituais, repetindo experiências que o tempo nos faculta.

Ontem, conduzidos pelo desequilíbrio, assumimos compromissos que o presente nos impõe ressarcir.

Viandantes dos longos caminhos, retornamos para experiências de sublimação, vitimados pela incúria.

Assinalados pelo desequilíbrio, embarcamos no escafandro carnal para o mergulho na psicosfera terrena onde encontramos o solo abençoado para a sementeira do futuro.

Um dia, ouvimos a palavra dos Profetas ensinando-nos o reino de Deus e, não obstante, descemos da montanha da meditação para os vales do desequilíbrio, matando e vingando os nossos sonhos destruídos como abutres sobre os cadáveres das gerações fanadas.

Escutamos a palavra dos filósofos e enriquecemos a nossa vida de sabedoria, mas não mudamos o nosso conceito de vivência moral. Apesar de nos considerarmos estóicos e éticos, assassinamos, mancomunados com o poder do totalitarismo arbitrário.

Por fim, escutamos Jesus.

A palavra do Benfeitor da Humanidade, no Sermão da Montanha, falou-nos das bem-aventuranças, mas não mudou a estrutura do nosso comportamento e, em dezenove séculos de Cristianismo, temos pregado a paz, montados sobre bombas; falamos de amor, disseminando ódio; ensinamos tolerância sob o guante da perseguição; programamos a renovação da Terra sob os estigmas de nossas paixões.

Até quando, amigos e irmãos, buscaremos a verdade, pontificando na treva; até quando lutaremos pelo bem, fomentando o desequilíbrio?

É natural que a nossa colheita seja de espinhos, de pedregulhos e os espículos do sofrimento, cravados nas carnes de nossa alma, apontem-nos uma Estrela Polar, que é nosso Senhor Jesus Cristo.

Cumpre-nos hoje, voltar para Deus, sem exterioridades, sem a preocupação atormentante da busca dos fatos e da visão exterior.

Se fôssemos acreditar somente no que vemos e no que apalpamos, a nada, a quase nada, ficaria reduzida a nossa crença.

A maioria dos fatos e quanto acreditamos, transcorre no campo da energia e nem sempre podemos perceber, senão, por deduções matemáticas ou por conceitos transcendentais.

Amemos!

Se não vos for possível acreditar na sobrevivência da alma, amai o companheiro do vosso caminho; se tendes dúvidas, quanto à continuação da Vida, utilizai-vos, corretamente, da vossa vida corporal e realizai o bem.

E tu, filho querido, que no silêncio da meditação pela cegueira física, pedes-me que te diga uma palavra! Pois eu darei, dizendo que são bem-aventurados os que caminham na estrada solitária, momentaneamente em sombras, sem deblaterar, porque eles terão o Céu do mundo interior salpicado de astros refulgentes.

Preserva o teu bom ânimo!

A cegueira, nem sempre é uma dura prova. Antes, é uma bênção quando a aceitamos.

Considera aqueles que veem e que conduzem os pés para a criminalidade.

Medita em tomo daqueloutros que têm a visão externa e, por dentro, estão pejados de ódio, bracejando com sombra e com amargura.

Reflexiona em tomo da oportunidade que Deus te deu a fim de fazeres a viagem para dentro de ti mesmo.

Antes, quando podias ver o mundo de fora, conquistavas o exterior.

De alma vazia, sentias-te insatisfeito e amargo.

Hoje, que perdeste o contato dos contornos pela visão deficitária, que se apagou, podes ver o mundo de bênçãos que está dentro de ti como uma verdadeira Via láctea, apresentando-te paz.

O importante, filho, não é o que vemos, e sim o que somos.

Mais valioso do que ver, é ser pacífico e propiciar-se, interiormente, a alegria de viver.

Vive, pois, e ama.

Ensina com o teu exemplo a grandeza desta fé inominada.

Leva, àqueles que ainda enxergam e tropeçam, a sabedoria da tua experiência, porque dia virá, quando o corpo estiver alquebrado, em que se rasgará para ti uma madrugada de bênçãos, na qual te sentirás pleno e feliz.

Eu suplico ao Pai que te abençoe, cumulando-te de graça e de harmonia.

A vós outros, que me concedeis a honra imerecida deste momento, eu peço a Jesus que nos abençoe, fazendo que a Sua paz, que não tem atavios, permaneça dentro de nós, dulcificando-nos.

Deus nos abençoe, meus amigos, e nos pacifique!

Com todo o carinho, o amigo paternal de sempre,

Bezerra 

Bezerra de Menezes por Divaldo Franco do livro:
Terapêutica de Emergência


Nota: A presente mensagem foi recebida psicofonicamente, ao término de uma entrevista radiofônica, em Porto Alegre, num Teatro com mais de 1.000 pessoas, sob a direção do Dr. Mendes Ribeiro, atendendo a um periodista que ficou cego e rogara ao Benfeitor Espiritual uma palavra de conforto. (Por Divaldo P. Franco)

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