sexta-feira, 27 de setembro de 2019

Aborto

Aborto

Joanna de Ângelis



Consequência natural do instinto de conservação da vida é a procriação, traduzindo a sabedoria divina, no que tange à perpetuação das espécies.

Mesmo nos animais inferiores a maternidade se expressa como um dos mais vigorosos mecanismos da vida, trabalhando para a manutenção da prole.

Ressalvadas raras exceções, o animal dócil, quando reproduz, modifica-se, liberando a ferocidade que jaz latente, quando as suas crias se encontram ameaçadas.

O egoísmo humano, porém, condescendendo com os preconceitos infelizes, sempre que em desagrado, ergue a clava maldita e arroga-se o direito de destruir a vida.

*

Por mais se busquem argumentos, em Vãs tentativas para justificar-se o aborto, todos eles não escondem os estados mórbidos da personalidade humana, a revolta, a vingança, o campo aberto para as licenças morais, sem qualquer compromisso ou responsabilidade.

O absurdo e a loucura chegam, neste momento, a clamorosas decisões de interromper a vida do feto, somente porque os pais preferem que o filho seja portador de outra e não da sexualidade que exames sofisticados conseguem identificar em breve período de gestação, entre os povos super-civilizados do planeta...

Não há qualquer dúvida, quanto aos “direitos da mulher sobre o seu corpo”, mas, não quanto à vida que vige na intimidade da sua estrutura orgânica.

Afinal, o corpo a ninguém pertence, ou melhor nada pertence a quem quer que seja, senão à Vida.

Os movimentos em favor da liberação do aborto, sob a alegação de que o mesmo é feito clandestinamente, resultam em legalizar-se um crime para que outro equivalente não tenha curso.

Diz-se que, na clandestinidade, o óbito das gestantes que tombam, por imprudência, em mãos incapazes e criminosas, é muito grande, e quando tal não ocorre, as consequências da técnica são dolorosas, gerando sequelas, ou dando origem a processos de enfermidades de longo curso.

A providência seria, portanto, a do esclarecimento, da orientação e não do infanticídio covarde, interrompendo a vida em começo de alguém que não foi consultado quanto à gravidade do tentame e ao seu destino.

Ocorre, porém, na maioria dos casos de aborto, que a expulsão do corpo em formação, de forma nenhuma interrompe as ligações Espírito-a-Espírito, entre a futura mãe e o porvindouro filho.

Sem entender a ocorrência, ou percebendo-a, em desespero, o ser espiritual agarra-se às matrizes orgânicas e, à força da persistência psíquica, sob frustração do insucesso termina por lesar a aparelhagem genital da mulher, dando gênese a doenças de etiologia mui complicada, favorecendo os múltiplos processos cancerígenos.

Outrossim, em estado de desespero, por sentir-se impedido de completar o ciclo da vida, o Espírito estabelece processos de obsessão que se complicam, culminando por alienar-se a mulher de consciência culpada, formando quadros depressivos e outros, em que a loucura e o suicídio tomam-se portas de libertação mentirosa.

Ninguém tem o direito de interromper uma vida humana em formação.

Diante da terapia para salvar a vida da mãe, é aceitável a interrupção do processo da vida fetal, em se considerando a possibilidade de nova gestação ou o dever para com a vida já estabelecida, face à dúvida ante a vida em formação...

Quando qualquer crime seja tomado um comportamento legal, jamais se enquadrará nos processos morais das Leis Soberanas que sustentam o Universo em nome de Deus.

*

Diante do aborto em delineamento, procura pensar em termos de amor e o amor te dirá qual a melhor atitude a tomar em relação ao filhinho em formação, conforme os teus genitores fizeram contigo, permitindo-te renascer.


Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro Alerta



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Deixe aqui seu comentário, sugestão, etc...