Na conquista da paz
Meimei
Queres a paz e podes claramente alcança-la.
De qualquer templo em que a fé te matricula na confiança em Deus ou ainda mesmo que não te vincules a templo algum, é possível partir em busca desse tesouro incorruptível.
Necessário, porém, aceites seguir pela trilha escarpada, na qual transitam milhares de criaturas que anseiam por ela, sem saber defini-la.
A marcha será medida pelo passo do serviço ao próximo.
Não valeria avançar indiferente, porquanto a inércia te inibiria a visão, confiando-te na limitação e na penumbra dos sonâmbulos.
Aos companheiros de caminho, ofertarás algo de teu coração, qual se estivesse espontaneamente no dever de pagar a cada um diminuto pedágio de amor.
Nessa imensa vereda, descobrirás pequeninos abandonados, aos quais estenderás o agasalho da esperança; doentes necessitados e tristes a quem cederás essa ou aquela fatia dos recursos nos quais te amesendes; companheiros enceguecidos pelo sofrimento que talvez te apedrejem e com quem exercitarás o trabalho do perdão; irmãos caídos em desespero que soerguerás com o carinho e a compreensão de tua palavra, concentrados em teus próprios braços e infelizes de todas as procedências a desfalecerem de aflição, aos quais oferecerás, pelo menos, um pedaço de tua própria coragem.
Seguirás servindo, até que te vejas no cimo de um monte áspero.
Aí encontrarás o Doador da paz.
Talvez não saibas que se trata igualmente de um rei.
Apenas com certa diferença.
Ele te receberá no palácio da Natureza, a céus abertos, num trono em forma de cruz, onde te falará coroado de espinhos.
Se tiveres qualquer dificuldade para identificá-lo, basta perguntar por seu nome a qualquer companheiro da difícil viagem.
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