Diante do destino
Joanna de Ângelis
Falso o conceito sobre os que "estão fadados ao mal".
Equivocado o ensino de que a "sorte é responsável pelo destino de cada homem".
Absurda a teoria em torno dos que devem irremissivelmente "sofrer desgraças".
Lamentável a ideia que impele o ser a "fazer o que deve fazer" na contingencia do erro e da desdita.
Sem fundamento a asseveração da "fatalidade para o infortúnio".
O destino individual resulta dos atos de cada criatura. Por isso mesmo, a todo instante, sofre injunções positivas e negativas que lhe alteram a planificação.
No determinismo das Leis, há opções que decorrem do comportamento do espírito em experiência evolutiva, dispondo e orientando sempre para as trilhas liberativas e felicitantes.
Ninguém, portanto, em desvalimento, atirado à irrefragável derrota.
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Querer ou não querer, esforçar-se ou não pelo triunfo pessoal, depende de cada aprendiz da vida.
Açulado, perseguido por fatores inditosos, arrojado a situações perniciosas, mesmo assim o homem é responsável pela sua acomodação tácita ou pelo empenho de superação das injunções, que devem funcionar como valiosas experiências para a fixação do dever nobre, do bem atuante nos painéis da sua mente encarnada.
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Açodado por inspiração obsessiva ou compelido pela impulsividade malsã de companheiros aturdidos, a responsabilidade da decisão te pertence.
Não transfiras culpas, escudando-te no destino, ou no propelimento da natureza íntima, ou nos fatores circunstanciais.
Reencarnação é oportunidade de soerguimento e não de desaire ou queda.
Acumpliciamento com o mal é afinidade para com ele.
Sintonia com o bem é sede de amor e ânsia de felicidade.
A ascensão ou a queda será decorrência do teu livre arbítrio, desde que, em todo momento, o Senhor te faculta recursos excelentes com que podes discernir, optar e agir...
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Em situação que te pareça aziaga, ao invés da deserção do dever, da revolta precipitada, do desvario, recolhe sensatez, prudência, amadurecendo intimamente e interiormente modificando-te.
Lição é o prêmio da vida, como a experiência representa aquisição preciosa do esforço pessoal, intransferível.
De forma alguma desistas de lutar, de tentar em esforço de reabilitação, de repetir a tarefa até lograr a vitória.
Só há fatalidade para o bem sendo as determinações de provação e expiação, capítulos e ensaios redentores para os equivocados que se demoram nas experiências primárias da evolução.
Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro: Leis Morais da Vida
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