domingo, 17 de agosto de 2025

No problema da sintonia

No problema da sintonia

Marco Prisco



Acompanhe a mentira em breve jornada e você encontrará mentirosos em todos os lugares. Ê indispensável, então, que você se mantenha intimamente ligado à verdade para que se não perca no matagal espesso.

Procure um erro e você tropeçará em múltiplos crimes. Em razão disso, é necessário que você esteja irmanado ao dever para que não assimile a falsa comodidade do malfeitor.

Sintonize com a falsidade e você se cercará de ficções enganosas. Nesse estado é imprescindível que o equilíbrio o sustente para que você não se ate à servidão da hipocrisia.

Valorize com muito respeito a calúnia e o seu caminho surgirá cheio de acusadores indébitos. Levado a essa situação, é inadiável que você refaça a conceituação dos valores reais para não sucumbir ao peso das aflições injustas.

Reporte-se à dificuldade e obstáculos surgirão em volta. Nesse clima é imperioso que você aja sem desânimo para não desistir dos altos objetivos do trabalho.

Tente descobrir um culpado, e diversos sicários virão a você Nessa situação, você precisa do recurso evangélico da paciência para que não se transforme também em algoz.

Busque a Caridade, e o Mestre Divino surgirá no seu caminho. Só com Ele você encontrará o capacete e a armadura que, defendendo-o de todo o mal, o enriquecerão de luz nas sombras da existência.

Marco Prisco por Divaldo Franco do livro: 
Ementário Espírita

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Declaração de Origem

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- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
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- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.

sábado, 16 de agosto de 2025

Divergências

Divergências

André Luiz



Lembre-se de que as outras pessoas são diferentes e, por isso mesmo, guardam maneiras próprias de agir.

Esclarecer à base de entendimento fraterno, sim, polemicar, não.

Antagonizar sistematicamente é um processo exato de angariar aversões.

Você pode claramente discordar sem ofender, desde que fale apreciando os direitos do opositor.

Afaste as palavras agressivas do seu vocabulário. Tanto quanto nos acontece, os outros querem ser eles mesmos na desincumbência dos compromissos que assumem.

Existem inúmeros meios de auxiliar sem ferir.

Geralmente, nunca se discute com estranhos e sim com as pessoas queridas; visto isso, valeria a pena atormentar aqueles com quem nos cabe viver em paz?

Aprendamos a ceder em qualquer problema secundário, para sermos fiéis às realidades essenciais.

Se alguém diz que a pedra é madeira, é justo se lhe acate o modo de crer, mas se alguém toma a pedra ou a madeira para ferir a outrem, é importante argumentar quanto à impropriedade do gesto insano.

André Luiz por Chico Xavier do livro:
Sinal Verde

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sexta-feira, 15 de agosto de 2025

Alternativas

Alternativas

Joanna de Ângelis


A vida se expressa através de várias alternativas.

Seja qual for o teu comportamento, enfrentarás a alternativa do sofrimento.

Por mais procures evadir-te, não jornadearás imune à dor.

Fenômeno biológico de desgaste dos implementos orgânicos encontra-se ínsita na aparelhagem fisiológica, obedecendo à programática para a qual foi elaborada.

Fora dos equipamentos físicos, eis que as manifestações psicológicas e emocionais também geram destrambelhos e aflições, que se incorporam à paisagem da humana agonia.

Além destas, surgem as dores morais, lancinantes e agudas, de que ninguém está imune.

Dor, porém, é processo normal, enquadrado na vida.

Ei-la em toda parte, expressando-se em manifestações variadas, dentro das dimensões do processo evolutivo, sendo maior quanto mais delicadas são as percepções do ser...

Evolvido ou atrasado, o homem padece-lhe sempre a injunção; e porque se expressa na própria realidade do ser, resulta das ações pessoais que se praticam, numa existência, gênese de inevitáveis manifestações aflitivas noutra.

*

A fé, de forma alguma liberar-te-á do sofrimento.

Oferecer-te-á recursos para amenizá-lo, dando-te compreensão para enfrentá-lo e armando-te de coragem para te impedires o desespero, com o qual mais te mortificarias.

A crença na mensagem cristã, em forma de serviço dirigido ao próximo, transforma-se em ideal relevante que, não obstante a sua magnitude, não libera a criatura de sofrer, de aprimorar-se.

Os ideais sustentam a vida inteligente e favorecem com valores que a embelezam e a dignificam.

Não imunizam, porém, o homem à aflição.

O ideal enobrecido é um demorado parto. Todo processo de parto dói...

*

A alternativa no ideal, sofrendo, é a mais correta. Há quem sofre, fazendo sofrer; os que sofrem em razão do alheio sofrimento; aqueles que sofrem, porque não dispõem de meios para imporem sofrimentos; pessoas que sofrem, em razão de frustrações, amarguras e enfermidades que poderiam minorar, caso se dispusessem a amar e a servir.

A alternativa do sofrimento, enquanto se faz o bem, é sempre a melhor.

No entanto, há quem eleja outras alternativas...

Não te descoroçoes, porque a dor — que a todos macera e purifica — ora faz morada na tua ilha de antiga felicidade.

Recebe-a com naturalidade e altivez, não te permitindo desânimo ou revolta.

Beneficia-te com a oportunidade de sofrer, meditando em torno dos valores reais da existência, transformando esta alternativa em estrela luminífera a esparzir claridade perene no céu das tuas paisagens íntimas, que ora se encontram em aturdimento, mas predispostas à paz.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Alerta

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quinta-feira, 14 de agosto de 2025

A tomada elétrica

A tomada elétrica

Júlio


De volta à reencarnação, em breve tempo, sou trazido ao vosso recinto de oração e fraternidade por benfeitores e amigos para que algo vos fale de minha história – amargo escarmento aos levianos do ouvido e aos imprudentes da língua.

Sem ornato verbal de qualquer natureza, em minha confissão dolorosa, passo diretamente ao meu caso triste, à maneira de um louco que retorna ao juízo, depois de haver naufragado na vileza de um pântano.

Há alguns anos, em minha derradeira romagem na Terra, era eu simples comerciário de hábitos simples.

Com pouco mais de trinta anos, desposei Marina, muito mais jovem que eu, e, exaltando a nossa felicidade, construímos nosso paraíso doméstico, numa casa pequena de movimentado bairro do Rio de Janeiro.

Nossa vida modesta era um cântico de ventura, entretecido de esperanças e preces; todavia, porque fosse, de ordinário, desconfiado e inquieto, amava minha esposa com doentia paixão.

Marina era muito moça, quase menina...

Estimava as cores festivas, o cinema, a vida social, a gargalhada franca e, por guardar temperamento infantil, a curto espaço teve o nome enlaçado à maledicência que fustiga a felicidade, como a sombra persegue a luz.

Em torno de nós, fez-se o “disse me disse”.

Se tomávamos um bonde, éramos logo objeto de olhares assustadiços, enquanto se cochichava, lembrando-se-nos o nome...

Se passávamos numa praça, éramos, quase sempre seguidos de assovios discretos...

Começaram para mim os recados escusos, os telefonemas inesperados, as cartas anônimas e os conselhos de família, reunindo várias acusações.

– “Marina desertara dos compromissos ao lar.”

– “Marina era ingrata e infiel.”

– “Marina respirava numa poça de lama.”

– “Marina tornara-se irregular.”

Muitas vezes, minha própria mãe, zelosa de nosso nome, chamava-me a brios, indicando-me providências.

Amigos segredavam-me anedotas irreverentes com sentido indireto.

Lutas enormes do sentimento ditavam-me desesperados conflitos.

Acabou-se em casa a alegria espontânea.

Debalde, a companheira se inocentava, alertando-me o coração; entretanto, densas trevas possuíam-me o raciocínio, induzindo-me a criar assombrosos quadros em torno de faltas inexistentes.

Como se eu fora puro, exigia pureza em minha mulher. Qual se fosse santo, reclamava-lhe santidade.

Deplorável cegueira humana!

Foi assim que, numa tarde inesquecível para o remorso que me vergasta, tilintou o telefone, buscando-me para aviso.

Três horas da tarde...

Anuncia-me alguém ao cérebro atormentado que um estranho se achava em meu aposento íntimo.

Desvairado, tomei de um revólver e busquei minha casa.

Sem barulho, penetrei nossa câmara e, de olhos embaciados no desespero, vi Marina curvada, ao lado de um homem que se curvava igualmente a dois passos de nosso leito.

Não tive dúvida e alvejei-os, agoniado... Vi-lhes o sangue a misturar-se, enquanto me deitavam olhares de imensa angústia, e porque não pudesse, eu mesmo, resistir a tamanha desdita, estilhacei meu crânio, com bala certa, caindo, logo após, para acordar no túmulo, agarrado a meu corpo, mazelento e fedentinoso, que servia de engorda a vermes famintos.

Em vão busquei desvencilhar-me do arcabouço de lama, a emparedar-me na sombra.

Gargalhadas irônicas de Espíritos infelizes cercavam-me a prisão.

Descrever minha pena é tarefa impossível no vocabulário dos homens, porque o verbo dos homens não tem bastante força para pintar o inferno que brame dentro da alma.

Por muito tempo, amarguei meu cálice de aflição e pavor, até que mãos amigas me afastaram, por fim, do cárcere de lodo.

Vim, então, a saber que Marina, sem culpa, fora sacrificada em minhas mãos de louco.

Esposa abnegada e inocente que era, simplesmente pedira a um companheiro da vizinhança consertasse, em nosso quarto humilde, a tomada elétrica desajustada, a fim de passar a roupa que me era precisa para o dia seguinte.

Transido de vergonha e enojado de mim, antes de suplicar perdão às minhas pobres vítimas, implorei, humilhado, a prova que me espera...

E é assim que, falando às almas descuidadas que cultivam na Terra o vício da calúnia, venho dizer a todas, na condição de um réu, que para me curar da própria insensatez roguei ao Pai Celeste e me foi concedida a bênção de meio século de doença e martírio, luta e flagelação na dor de um corpo cego.

Em referência ao Evangelho Segundo o Espiritismo Cap. VIII – Item 7

Júlio do livro:
O Espírito da Verdade  de  Chico Xavier e Waldo Vieira (Espíritos Diversos)

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