sábado, 26 de dezembro de 2020

Cura espiritual

Cura espiritual

André Luiz



Comece orando.
A prece é luz na sombra em que a doença se instala.

Semeie alegria.
A esperança é alegria no coração.

Fuja da impaciência.
Toda irritação é desastre magnético de consequências imprevisíveis.

Guarde confiança.
A dúvida deita raios de morte.

Não critique.
A censura é choque nos agentes da afinidade.

Conserve brandura.
A palavra agressiva prende o trabalho na estaca zero.

Não se escandalize.
O corpo de quem sofre é objeto sagrado.

Ajude espontaneamente para o bem.
Simpatia é cooperação.

Não cultive os desafetos.
Aversão é calamidade vibratória.

Interprete o doente qual se fosse você mesmo.
Toda cura espiritual lança raízes sobre a força do amor.

André Luiz do livro:
O Espírito da Verdade de  Chico Xavier e Waldo Vieira (Espíritos Diversos)

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sexta-feira, 25 de dezembro de 2020

Natal

Natal

Irene S. Pinto




Natal! Grande bolo à mesa.
A árvore linda em festa.
O brilho da noite empresta;
Regozijo ao coração...
É como se a Natureza
Trouxesse Belém de novo
Para os júbilos do povo
Em doce fulguração.

Tudo é bênção que se enflora,
De envolta na melodia
Da luminosa alegria
Que te beija a segue além...
Mas se reparas, lá fora,
O quadro que tumultua,
Verás quem passa na rua
Sem ânimo e sem ninguém.

Contemplarás pequeninos
De faces agoniadas,
Pobres mães desesperadas,
Doentes em chaga e dor...
E, ajudando aos peregrinos
Da esperança quase morta,
Talvez enxergues à porta
O Mestre pedindo amor.

É sim!... É Jesus que volta
Entre os pedestres sem nome,
Dando pão a quem tem fome,
Luz às trevas, roupa aos nus!
Anjo dos Céus sem escolta,
Embora a expressão serena,
Tem nas mãos com que te acena
Os tristes sinais da cruz.

Natal! Reparte o carinho
Que te envolve a noite santa
Veste, alimenta e levanta
O companheiro a chorar.
E, na glória do caminho
Dos teus gestos redentores,
Recorda por onde fores
Que o Cristo nasceu sem lar.

Irene S. Pinto por Chico Xavier do livro:
Antologia mediúnica do Natal

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quinta-feira, 24 de dezembro de 2020

O Natal do Cristo

O Natal do Cristo

Emmanuel



A Sabedoria da Vida situou o Natal de Jesus frente do Ano Novo, na memória da Humanidade, como que renovando as oportunidades do amor fraterno, diante dos nossos compromissos com o Tempo.

Projetam-se anualmente, sobre a Terra os mesmos raios excelsos da Estrela de Belém, clareando a estrada dos corações na esteira dos dias incessantes, convocando-nos a alma, em silêncio, à ascensão de todos os recursos para o bem supremo.

A recordação do Mestre desperta novas vibrações no sentimento da Cristandade.

Não mais o estábulo simples, nosso próprio espírito, em cujo íntimo o Senhor deseja fazer mais luz...

Santas alegrias nos procuram a alma, em todos os campos do idealismo evangélico.

Natural o tom festivo das nossas manifestações de confiança renovada, entretanto, não podemos olvidar o trabalho renovador a que o Natal nos convida, cada ano, não obstante o pessimismo cristalizado de muitos companheiros, que desistiram temporariamente da comunhão fraternal.

E o ensejo de novas relações, acordando raciocínios enregelados com as notas harmoniosas do amor que o Mestre nos legou.

E a oportunidade de curar as nossas próprias fraquezas retificando atitudes menos felizes, ou de esquecer as faltas alheias para conosco, restabelecendo os elos da harmonia quebrada entre nós e os demais, em obediência à lição da desculpa espontânea, quantas vezes se fizerem necessárias.

Conforme a nossa atitude espiritual ante o Natal, assim aparece o Ano Novo à nossa vida.

O aniversário de Jesus precede o natalício do Tempo.

Com o Mestre, recebemos o Dia do Amor e da Concórdia.

Com o tempo, encontramos o Dia da Fraternidade Universal.

O primeiro renova a alegria.

O segundo reforma a responsabilidade.

Comecemos oferecendo a Ele cinco minutos de pensamento e atividade e, a breve espaço, nosso espírito se achará convertido em altar vivo de sua infinita boa vontade para com as criaturas, nas bases da Sabedoria e do Amor.

Não nos esqueçamos.

Se Jesus não nascer e crescer, na manjedoura de nossa alma, em vão os Anos Novos se abrirão iluminados para nós.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Fonte de Paz

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quarta-feira, 23 de dezembro de 2020

Jesus O Libertador

Jesus O Libertador

Joanna de Ângelis



Havia uma grande expectativa em Israel, que aguardava ansiosamente o Messias anunciado.

A voz dos profetas, que ficara silencio­sa fazia alguns séculos, não alterara as notícias de que Jeová enviaria o libertador do Seu povo no momento adequado. A presunção exagerada, que havia elegido como filhos de Deus somente os judeus, continuava na conduta arrogante daqueles que aguardavam receber o privilégio dos Céus em detrimento de toda a humanidade.

Descrevia-se a Sua chegada como o momento máximo da sua história de nação muitas vezes escravizada por outras mais poderosas, que então se curvariam humilhadas ante a grandeza da raça escolhida pela sua fidelidade e devotamento aos divinos códigos.

Antevia-se o momento da libertação, especialmente naqueles dias em que o Império Romano escarnecia das suas tradições e da sua liberdade, esmagando os seus ideais de independência.

Sentia-se mesmo que aquele era o momento, e que, em qualquer instante, os sinais de identificação apontariam o Escolhido.

Os sofrimentos vividos na Babilônia, no Egito e em outros lugares cruéis, no passado, não haviam sido esquecidos. Embora a coação prosseguisse e a miséria rondasse as suas vidas, estremunhando-­as e dizimando-as, porque lhes retiravam tudo quanto possuíam, inclusive os parcos recursos, em razão dos impostos exorbitantes, não conseguiam, porém, tomar-lhes a esperança que teimava em permanecer nos seus corações.

Aguardava-se, portanto, que Ele chegaria em triunfo mundano, cercado de poder militar e de despotismo, de forma que vingasse as humilhações e dores que os Seus haviam experimentado através dos tempos.

Sentando-se no trono e governando com insolência e perversidade, somente àqueles que Lhe pertenciam concederia compaixão e bondade, ternura e amor, oferecendo-lhes os reinos da Terra, a fim de que pudessem fruir o poder e a glória anelados.

Esqueciam-se, porém, da transitoriedade da vida física e do impositivo da morte, que a todos arrebata, transferindo-os para a dimensão da imortalidade.

Por mais longos e prazenteiros fossem os dias de efusão e de orgulho, que esperavam viver, a fatalidade biológica os conduziria à velhice, ao desgaste, à consumação do corpo e ao enfrentamento com a Vida Eterna.

Mas Israel e seus filhos estavam interessados no mundo, nos negócios da ilusão, nas conquistas terrenas.

A mágoa e o desejo de desforço acalentados por séculos demorados, conseguiram diluir na vacuidade o discernimento em torno dos valores reais da existência humana.

Somente eram considerados o gozo e a supremacia sobre os demais povos, submetendo-os ao talante das suas desordenadas ambições.

A cegueira do orgulho envilecera os sentimentos do povo, não havendo lugar para a reflexão nem para o amor fraternal.

Ele veio e não O aceitaram.

Aguardavam um vingador que esmagasse os inimigos, enquanto Ele chegara para conquistar aqueles que se haviam transformado em adversários.

Esperavam que fosse portador de soberba, arbitrário e superior em crueldade àqueles que se fizeram odiados, mas Ele vivenciou o amor em todas as suas expressões, demonstrando que o Filho de Deus é lição viva de compaixão e misericórdia.

Em face das suas necessidades materiais, não poderiam receber o Embaixador do Reino de Deus, que vinha colocar os Seus alicerces na Terra, para erguer o templo da legítima fraternidade que deve viger entre todas as criaturas.

De início, antes da ira contra a Sua pessoa, desejaram arrastá-lO para as suas tricas farisaicas e para os seus domínios insensatos. E porque não conseguiram, voltaram-se contra Ele e Sua mensagem, perseguindo-O com insistência e ameaçando-O sem clemência.

Ele, porém, permaneceu integérrimo. A Sua tranquilidade desconcertava-os, fazendo que arremetessem furibundos contra os ensinamentos de que se fazia portador e procurando um meio de envolvê-lO em algum conceito que O pudesse criminar, a fim de O matarem.

Encharcados de presunção, o único sentido para a vida centrava-se na busca do poder, do prazer, no vingar-se dos inimigos reais e imaginários.

Não é de estranhar que Jesus não lhes representasse o cumprimento das profecias.

Embora o Seu fosse o maior poder que a Terra jamais conheceu, os ambiciosos que desejavam o mundo não estavam interessados na Sua força incomparável, que se fazia soberana ante os ventos, as ondas do mar durante a tempestade, ou diante dos distúrbios da mente, da emoção e do corpo das criaturas que O buscavam.

Invejosos, não podendo negar-Lhe a grandeza, acusavam-nO de ser emissário do Mal, veículo satânico.

Jesus compadecia-se deles e exortava-os à liberdade espiritual, que é a verdadeira, conclamando-os ao despertamento para a realidade.

Mas os tóxicos do ódio haviam-nos envenenado desde há muito, não havendo espaço mental nem emocional para o refrigério da compreensão nem para a bênção da paz.

Ainda hoje Israel não O entendeu. Prossegue esperando o seu Messias dominador, banhando-se de sangue e sacrificando-se, enquanto os seus filhos estorcegam em reencarnações purificadoras e aflitivas através dos evos.

O amor, que é a solução para todos os problemas humanos e os conflitos que se abatem sobre a Terra, ainda não é reconhecido como o único recurso capaz de gerar felicidade nos corações.

Passaram aqueles dias tormentosos e outros muitos, enquanto Jesus permanece como o libertador de consciências, conduzindo-as no rumo da plenitude.

Neste Natal, recorda-te d'Ele e entrega-te a Ele sem qualquer relutância.

Ele te conduzirá com segurança pelo vale da morte e pela noite escura das paixões, apontando-te o amanhecer luminífero por onde seguirás no rumo da felicidade.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco
 06/09/2004 - Centro Espírita Caminho da Redenção

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- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

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- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com