sábado, 5 de outubro de 2024

O extraordinário poder da autoconfiança!

 O extraordinário poder da autoconfiança!

Jácome Góes



Uma das maiores aventuras humanas neste mundo é escalar o monte Everest, porém há uma ventura bem maior, bem mais importante em todos os sentidos, que é escalar a cordilheira da própria intimidade para alcançar, com absoluta coragem, a essência mais pura da própria verdade, pois em termos de evolução espiritual tudo tem sua gênese na autenticidade do autoconhecimento.

Identificando o verdadeiro sentido da vida, assim como reconhecendo a intrínseca potencialidade para determinar a dinâmica da ascese da alma, torna-se mais fácil acionar a autoconfiança, aplicando-a em todas as mais amplas dimensões, não apenas na referência da alquimia pessoal, mas também no que se refere aos empreendimentos sociais.

Ninguém consegue atingir o cume do sucesso, sem estabelecer um rígido critério de racional planejamento, com o seguinte roteiro: idealizar uma meta e perseverar obstinadamente, com bastante entusiasmo para vencer obstáculos e ultrapassar fronteiras com o maior "equipamento" de proteção individual que é, sem dúvida alguma, nutrir toda a potencial capacidade íntima com a seiva revitalizante da esperança que sempre é energizada pela autoconfiança! Esta é a verdadeira semente que, encontrando um terreno fértil, produzirá sazonados frutos numa abundante safra de felicidade!

Robin Sieger, autor do livro, "As Sete Lições das Pessoas que Vencem na Vida", dá ênfase para a seguinte mensagem: "Precisamos criar dentro de nós a confiança para lidar com qualquer percalço que possa aparecer enquanto estamos buscando nossos sonhos de sucesso." E acrescente: "VOCÊ PODE, SE ACHAR QUE PODE."

A rota para alcançar a vitória é sempre cheia de inúmeros obstáculos, e é exatamente por isto, se não houver um firme propósito de ir em frente para transpor as sombras que envolvem tantos problemas difíceis e complexos, será impossível enxergar a luz da esperança que facilita encontrar a via das soluções.

Eis a razão pela qual, não havendo inabalável decisão para vencer, a pessoa se torna extremamente vulnerável, sem mínimas perspectivas em termos de vitória. O mesmo Robin Sieger afirma: "A crença em si mesmo e em seus valores sempre lhe dará direção e capacidade de encontrar um caminho, mesmo nos momentos mais sombrios."

É importante ressaltar, outrossim, que também o poder criativo da imaginação é decisivo para que se consolide uma excepcional conquista em qualquer área ou dimensão, pois segundo o conceito da Psicocibernética e de outras fontes da Psicologia contemporânea, será necessário realmente ACREDITAR na potencialidade mental para investir no sonho e transformá-lo em realidade. Sem fecunda motivação e alimentador entusiasmo, tudo fica estagnado na subjetividade da frágil intenção... Quem não consegue passar da subjetividade da promessa para a dinâmica do propósito, fica apenas acumulando sonhos absolutamente inexequíveis, por faltar a energia propulsora da vontade... Quem desiste de prosseguir, permanecendo em mórbido e perene estado de desencanto por causa dos primeiros insucessos, decreta a própria impotência íntima, num lamentável testemunho de não ter alcançado a maioridade psicológica.... Quem não é determinando prosseguir com maior sabedoria, permanece vacilante, hibernando no trevoso plano da mais ostensiva forma de mediocridade...

O pior inimigo do ser humano pode ser ele mesmo, caso não determine, com absoluta autoconfiança, que ninguém tem o direito de comandar a sua vida, fazendo diminuir o poder de decisão, que deve estar alicerçado no arquétipo do seu justo e ético ideal!

Por todas estas razões que encontram apoio nos eloquentes exemplos que a vida nos oferece através de atitudes heroicas de seres especiais que conseguem vencer todas as intempéries com o efeito energizante produzido pela autoconfiança, resta-nos seguir o roteiro iluminado por esse ideal de força íntima que, através do bom combate, viabiliza a vitória em todas as dimensões!

Jácome Góes do livro:
Uma nova programação para sua vida

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- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610 /98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.

 



sexta-feira, 4 de outubro de 2024

Em louvor ao irmão Sol

Em louvor ao irmão Sol

Joanna de Ângelis


Francisco de Assis e a Cidade de Assis atualmente, onde viveu na Itália.

Quando chegaste à Terra, a noite medieval espalhava o terror, mantendo a ignorância em predomínio, de que se locupletavam os poderosos para esmagar os camponeses e os citadinos pobres.

Havia superstição e medo em toda parte, caminhando a Humanidade sob o estigma do pecado e do vício, que eram punidos com impiedade.

Tu chegaste e apresentaste a Verdade, que nunca mais deixou de iluminar a sociedade.

Existiam a perversidade sem disfarce e a discriminação de todo tipo, havendo-se tornado o homem o lobo do homem, assim ficando desprezível.

Na tua simplicidade santa cantaste o hino de louvor a todas as criaturas, chamando-as docemente de irmãs.

Permanecia epidêmico o ódio, que espalhava o bafio pestilento das guerras intérminas, deixando os campos juncados de cadáveres que apodreciam a céu aberto...

Tua voz, suave e meiga, entoou, então, o canto da paz, e te fizeste o símbolo da verdadeira fraternidade que um dia se estenderá por toda a Terra.

As epidemias dizimavam os seres humanos, reduzidos a hilotas do destino insano, dentro da terrível fatalidade do sofrimento sem termo.

A fé religiosa, com sua pompa extravagante, amparava-se nos fortes e os ajudava a perseguir e malsinar os fracos, mas tu tiveste a coragem de despir-te das sedas e brocados do teu pai, desnudando-te para nascer novamente, dedicando-te, a partir daquele momento, aos leprosos de Rivotorto...

No início do teu ministério, quando se aproximaram os primeiros servidores do Amor, riscaste no chão uma cruz e enviaste-os aos quatro pontos cardeais do mundo para que todos conhecessem o Sol de Primeira Grandeza. Enquanto Ele os houvera enviado dois a dois, tiveste a coragem de encaminhá-los a sós, porque sabias que Ele seria o companheiro inseparável daqueles abençoados heróis do amor em todos os seus momentos.

Um período em que a fé religiosa inspirava pavor, aqueles que se consideravam representantes de Deus no mundo, distanciando-se cada vez mais das ovelhas que deveriam pastorear, tomaste a vestimenta da ovelha branda e reuniste aquelas desgarradas, formando um novo rebanho...

Nos teus dias, e mesmo um pouco depois, ninguém te resistia a presença, a voz, a vibração de inefável amor...

Nem mesmo o lobo feroz de Gúbio ou as andorinhas gárrulas, que te perturbavam a canção de amor, quando cantavas aos ouvidos atentos dos sofredores no altar da Natureza, fazendo-as calar-se.

No forte verão, quando tinhas a vista queimada pelo ferro em brasa e estavas ao ar livre, percebeste pelo zumbido das abelhas que lhes faltavam pólen e flores para fabricar mel. Não trepidaste em solicitar à tua irmã Clara que providenciasse do monastério o alimento para aquelas irmãzinhas laboriosas...

Quem se atreveu a comportar-se dessa forma, depois d'Ele, a quem tanto amaste, a ponto de imitá-lo em todos os teus momentos, a partir do instante em que Ele te chamou para a reedificação da sua igreja moral que estava em escombros?

Oh! Irmão Cantor dos desesperados e esquecidos! O mundo moderno, rico de glórias ligeiras e pobre de sentimentos, orgulhoso das suas conquistas rápidas, mas que não nota a imensa aflição em que estorcegam as multidões famintas e excluídas da sua sociedade, vivendo uma insuperável noite de horror e de incertezas, necessita de ti com muita urgência.

Nunca houve tanta carência de amor quanto agora, por isso, o teu canto virá diminuir a angústia que se transformou em patética afligente na Terra sofredora.

Há, sem dúvida, grandezas que defluem da Ciência e da Tecnologia, mas a solidão, a ansiedade, o medo e as incertezas, todos eles filhos do materialismo insensível, produzem o vazio existencial, os transtornos psicológicos graves, as doenças psicossomáticas, a loucura pelas drogas, pelo alcoolismo, pelo tabaco, pelo sexo desvairado, levando suas vítimas à fuga pelo suicídio injustificável.

Volta! Irmão Francisco, para novamente reunir as tuas criaturas, todas elas à tua volta como fizeste naqueles dias já recuados, conduzindo-as a Jesus.

Novamente convoca os teus irmãos Leão, Rufino, Chapéu, assim como aqueloutros que contigo construíram o mundo que te escuta há oitocentos anos, mas não têm coragem hoje de seguir-te os passos.

Quantos te abandonaram após a tua volta ao Grande Lar?!

Ainda escutamos o silêncio da deserção deles na turbulência das atrações de onde haviam saído e para onde retornaram com avidez...

Eles estão novamente na Terra, aturdidos, saudosos, aguardando a tua voz que conhecem e não conseguem esquecer.

A tua Assis querida agora está ampliada além das muralhas em que se resguardava, e a sociedade em agonia deseja pertencer-lhe à cidadania.

Há música no ar, silêncio nos corações e lágrimas nos olhos de quase todas as criaturas destes dias de inquietações e de incertezas.

Em decorrência, há uma grande expectação denunciando a espera...

Volta, por favor, Irmão Alegria, a fim de que a tristeza do desamor bata em retirada e uma primavera de bênçãos tome conta de tudo.

O céu azul que te agasalhou e os campos verdes com lavanda perfumada que os teus pés feridos pisavam, continuam aguardando-te.

Há multidões que te vêm louvar, bulhentas e festivas, mas indiferentes ao teu chamado, sem valor para te seguir.

Canta, então, novamente, a tua oração simples, com que nos brindaste naqueles dias inesquecíveis, e onde houver desespero faze que se manifestem a paz e a esperança, e ante a ameaça da morte iminente, o ser ressurja em júbilos ante as certezas da ressurreição, porque é morrendo que se vive para sempre.

Irmão Sol, a grande noite moral da atualidade te aguarda ansiosa!

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na tarde do dia 3 de Julho de 2009, junto à tumba de S. Francisco, ao lado de diversos amigos, em Assis, Itália).

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Francisco - O Sol de Assis

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quinta-feira, 3 de outubro de 2024

Kardec, o codificador

Kardec, o codificador

Vianna de Carvalho



Guerreiros e heróis passaram pela História em caudais de sangue e desespero, erguendo impérios grandiosos que se esboroaram depois.

Famílias beligerantes, aliciadas com a nobreza de todos os tempos, ergueram cidades famosas que os tempos venceram.

Conquistadores e reis engalanaram-se com os despojos dos povos vencidos, construindo impérios que se esfacelaram...

E deles nada resta que não esteja enegrecido pela fuligem dos tempos, batido pela voz lamentosa do vento, testemunhando a vacuidade das glórias temporárias. Muitos dos seus monumentos e templos, sepulcros e altares, aparecem hoje desfigurados e carcomidos pela volúpia dos séculos.

Átila, o huno, considerado o “terror de Deus”, depois de inomináveis carnificinas, experimenta a agonia da desencarnação, deixando desagregadas suas terríveis legiões bárbaras...

Alarico, o visigodo, depois de invadir a Trácia, dominar a Grécia e apoderar-se de Roma, avançando em direção à Itália Meridional sedento de novas conquistas, morre, logo depois, às margens do Busanto, sob cujas águas foi sepulto...

Gêngis Cã, o conquistador mongol, que afirmava ter recebido da divindade a missão de conquistar o mundo, após estender o seu império desde o mar da China até às margens do Dniéper e matar quase cinco milhões de pessoas, sucumbe, após sangrenta batalha em Pequim, no fastígio do poder...

Tamerlão, o fundador do segundo império mongol, vencedor da Ásia e da Europa, após atrocidades indescritíveis, desaparece na voragem da própria alucinação, odiado e vencido...

Os Bórgias e os Médicis, os Habsbourgs e os Bourbons que dominaram a Europa manejando o punhal como a intriga, o veneno como o ódio, foram igualmente tragados na volúpia da insensatez, vencidos pela própria animosidade...

Mary, a sanguinária, ou Isabel, a virgem, e todos os grandes condutores de Impérios, embora os laureis com que se cobriram, não puderam vencer a inapelável imposição da vida: a desencarnação.

... E Godofredo de Bulhões, Frederico Barba Roxa, Ricardo Coração de Leão, Filipe Augusto, Simão de Montfort, Estevão de Vendome, Nicolau de Colonia e quase todos os Cruzados da nobreza, que se aventuraram nas lutas pela conquista de Jerusalém, mais por amor aos haveres dos pagãos e às glórias temporárias do que por fidelidade a Jesus, foram vencidos pelo tempo, partindo da Terra em lamentáveis condições...

No entanto, todos quanto permutaram o cetro do poder pela cana singela da humildade, os sólios grandiosos pelas palhas da pobreza, como o fez o “pobrezinho de Assis”, legaram à posteridade um tesouro de esperança e luz, como marcos indeléveis da sua passagem pelo Mundo.

Felizmente, à época do desequilíbrio das Instituições, na sociedade passada, em França, a Terra recebeu de Allan Kardec — o excelente embaixador dos Céus — a formosa mensagem da Codificação Espírita que traça roteiros novos para o espírito humano, numa hora de amargura para os povos e de crepúsculo para a verdade.

E agora, quando a Tecnologia favorece o conforto e a Ética se perverte para atender aos impositivos de uma sociedade em soçobro, recordamos os vencedores-vencidos de ontem, para conclamar os que se demoram fieis ao roteiro do Evangelho a que prossigam dignos e intimoratos, embora nem sempre o consenso humano lhes chegue aos ouvidos em forma de lenitivo e apoio.

Recordando o passamento do mestre lionês, que estabeleceu em linhas firmes as diretrizes sublimes das Leis de Deus, respeitamos, no Espiritismo, a pedra angular do edifício do futuro, onde se
erguerá a Catedral da Luz, sob a inspiração de Jesus Cristo que,
Vivo e Atuante de braços abertos, consolando a aflição, instalará,
na Terra, o esperado Reino de Deus.

Vianna de Carvalho por Divaldo Franco do livro:
Crestomatia da imortalidade

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Recordando Allan Kardec

Recordando Allan Kardec

Vianna de Carvalho

Sentindo aproximar-se a morte, o ínclito Codificador dá um balanço na vida. Recorda os estetas das gerações passadas que desfilam com glórias e decadências, através da sua mente luminosa. Examina o dealbar da ciência desde os seus primeiros dias e evoca as experiências de Lavoisier, Pascal, Leibnitz, Newton, Berthelot, Jussieu, titãs do conhecimento, desbravadores da Química, Matemática, Biologia, Zoologia, Física, Botânica, e acompanha as lutas da Filosofia nas diversas escolas de Sócrates a Spinoza, de Aristóteles a Tomás de Aquino, e contempla o desfilar das Civilizações com seus heróis e bandidos, gênios e pigmeus, guerreiros e pacíficos, reis e plebeus, sentindo-lhes a nobreza ou compreendendo-lhes a miséria íntima.

A obra que os Espíritos do Senhor colocaram em suas mãos aturde os homens e, sabendo que o ciclo de sua vida física se fechará em breve, compreende a ingente tarefa de prosseguir, sem desfalecimentos. É verdade que a obra gigantesca tem resistido a embates vários. Todavia, reconhece, ainda não disse tudo. Sabe que a Codificação é apenas a semente da majestosa árvore que o tempo se encarregará de desenvolver, espalhando seus frutos pela Terra inteira.

Nos dez anos que o separam do lançamento de “O Livro dos Espíritos” grande é a documentação em favor da Doutrina. Revisão e estudo, pesquisa e comprovação têm sido feitos diariamente, com cuidado e acendrado amor.

Experimentado pelas tormentas e vicissitudes de vária ordem que lhe caíram sobre a cabeça de lutador incansável, tentando jungi-lo ao ferrete de escravocratas da ignorância e da estupidez, Kardec tem a inabalável certeza da vitória do Espiritismo, através dos tempos, apesar da fragilidade dos homens. E porque pressente precursores nimbos de novas tormentas ameaçando a claridade meridiana do sol doutrinário que agora brilha, reserva, nas suas anotações, um capítulo aos desertores do trabalho e ensina que, fenômeno semelhante ocorrido com outras ciências, também o Espiritismo teria, nas suas fileiras, desertores e Judas.

Metódico, sabe que o entusiasmo desenfreado, bem como a inépcia levada à condição de conhecimento, poderiam brilhar mais tarde, fazendo perigar o alicerce do honroso trabalho, Kardec diz com a sua pena vibrante: não são espíritas aqueles que usufruem quaisquer benefícios da comunicação dos Espíritos; aqueles cuja vida não seja um reflexo da crença que esposam; os gozadores, mentirosos e enganadores; os que exploram, utilizando-se de ardis e superstições; os que se mancomunam com a desonestidade e o desrespeito; os que acatam o vício e se acobertam na indignidade, tais não são espíritas. Encontram-se no Espiritismo, como passageiros desatentos de um veículo que não conhecem, ignorando onde devem saltar.

O espírita define o insigne pensador, será conhecido como lidimo cristão, ou, na acepção de Jesus, “através dos frutos”.

Organizando uma doutrina sistematizada, definindo em linhas basilares e imutáveis o programa doutrinário, Kardec fez do Espiritismo um monumento de aço para enfrentar os tempos, vencer os certames cruéis e permanecer incólume.

Ensejando oportunidade aos detratores, afirmou que “o Espiritismo será científico ou não subsistirá”, num século em que o cientificismo marcava as suas mais memoráveis conquistas. Informou que a obra até então apresentada não dizia tudo e certamente apresentava deficiências. Todavia, quando alguém apontasse um defeito, em parte ou no todo, os espiritistas estariam dispostos a caminhar ao lado da ciência, colocando, assim, o Espiritismo a salvo da intolerância dogmática e do sectarismo pernicioso.

Com audácia invulgar, o mestre rompeu o véu do mistério que vedava ao profano a face íntima da Lei. Mas o rompimento do manto não permitiu a todos a mesma visão. Diferenciados os homens na escala evolutiva, nem todos podem atingir o fulcro do entendimento de um só golpe. Do sol que nos ilumina, sabemos que apenas um terço fere a nossa visão,  mas banhando-nos com a sua luz, beneficia-nos com os restantes raios caloríficos e químicos. Daí o haver ensinado que o espírita é um homem sedento, trabalhador infatigável e pesquisador incansável.

Testemunhou-o ele próprio, como lidador constante, examinador intransigente, repudiando com o seu “bom senso” tudo quanto era dúbio ou deficiente para que a obra não se assentasse em alicerces fracos, podendo marchar ao lado das conquistas que se anunciavam para os séculos vindouros e fazendo o consórcio da ciência materialista com a ciência divina.

Examinando-se o edifício doutrinário de outras crenças e comparando-o ao Espiritismo, pode-se dizer, sem medo de errar, que este na sua feição “sui-generis” é o único que não é fruto de cisma nem resultante de fracionamento. Antes é a consequência de um estudo organizado, à luz de fatos, logicamente encadeados, com características eternas, refletindo, em tudo, a promessa do Consolador que, vindo ter ao mundo, ficaria com os homens até à consumação dos evos.

Agora, quando o Espiritismo, agigantando-se, envolve em seu manto de esperança os corações desarvorados, e de todos os lados se prenunciam borrascas, é necessário recordar Allan Kardec para se conhecer a doutrina, a fim de que a superstição não receba foros de respeitabilidade, nem, tampouco, falsas concepções adquiram valor, criando intolerância e fazendo sectarismo destruidor. É necessário zelar pela fé, para que a nossa conivência com o erro e a ausência de exame racional não nos debilitem, conduzindo-nos ao desequilíbrio moral.

Recordemos Allan Kardec, agora e sempre, para que a Codificação, essa grande desconhecida, possa brilhar em nossas vidas e possamos honrar-nos por sermos espíritas, demonstrando o na conduta que mantivermos em nossa vida diária.

Vianna de Carvalho por Divaldo Franco do livro:
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quarta-feira, 2 de outubro de 2024

No correio afetivo

No correio afetivo

Irmão X.



Você, meu caro, assevera que se vê fatigado consigo mesmo.

As imperfeições, as nossas velhas imperfeições!...

Diz você que acaba de ler um volume edificante e articula promessas de melhoria, ouve uma preleção nobre e reafirma votos de elevação... Horas depois da expectativa brilhante, ei-lo que se estira no erro ou na negação de tudo o que assegurou a si próprio em matéria de burilamento moral. Em seguida, a exagerada noção de inferioridade pessoal, as ideias de culpa e, com isso, os sofrimentos íntimos e as aflições vazias.

O tempo que poderia despender em atividades úteis se lhe foge das mãos, inaproveitado.

E você pergunta o porquê de semelhante antagonismo. De um lado, a santidade do intento; de outro, a impossibilidade da execução.

Entretanto, meu amigo, esse conflito nos pertence a todos, a todos nós, os espíritos em evolução e acrisolamento no regaço maternal da Terra, - desde milênios.

Contra o pingo de esforço que sustentamos a favor do autoaperfeiçoamento, surpreendemos o caudaloso rio de nossos impulsos instintivos que nos arrastam para a animalidade de que somos egressos.

A necessidade de paciência até mesmo conosco se nos patenteia, no clima da vivência comum, em qualquer parte. Paciência de repetir pequeninos gestos de tolerância e diminutas renunciações, hora por hora, dia por dia, manejando incessantemente o buril da disciplina sobre a pedra de nossas qualidades virtuais, de modo a nela esculpir a individualidade que aspiramos a ser.

Creia que isso ocorre à maioria das criaturas em estágio educativo no Planeta, estejam ou não vinculadas à carteira do corpo físico. Escalamos o monte da sublimação, a passo e passo, muita vez de coração agoniado e pés sangrentos.

A nosso ver, não padecem guerra íntima unicamente aqueles que se anestesiam, de maneira temporária, em superioridade falsa, acreditando-se realizados em paraísos de ilusão, copiando a convicção das crianças que se admitem habitando castelos em suas construções de papel ou de areia.

Essa terrível disparidade entre o que ainda somos e o que devemos ser é peculiar a todas as criaturas que despertam para as exigências da ascensão espiritual. O próprio Paulo de Tarso, refletindo sobre semelhante problema, declara no versículo 19 do capítulo 7, de sua Epístola aos Romanos: “Não faço o bem que desejo; contudo, o mal que não quero, esse faço”.

A propósito, no entanto, confortemo-nos com a certeza de que, apalpando as nossas chagas morais, formamos mais seguro conhecimento de nós mesmos, o que é muito importante.

Conta-se que Israel ben Eliezer, apelidado por Baal Shem-Toy, nome comumente abreviado por Besht, renomado pensador judaico do século XVIII, foi procurado por certo devoto, que a ele se queixou, amargamente confessando:

- Mestre, que será de mim? Entreguei-me fervorosamente ao serviço do Senhor, por longos anos, e, depois de tanto tempo, reconheço hoje que não melhorei... Continuo a ser um homem imperfeito e ignorante...

O Besht, porém, sorriu e respondeu, compassivo:

- Se chegaste, meu filho, a compreender que és imperfeito e ignorante, isto representa, por si só, um progresso admirável.

Reflitamos, desse modo, em nossas fraquezas, sem autocondenação. Não adianta cobrir-nos de cinzas, ao verificar nossas faltas. Vale enfrentá-las e corrigi-las à custa de nossa própria retificação.

Que somos espíritos endividados, perante as Leis Divinas, é uma realidade, e que precisamos servir ao próximo com esquecimento de nós mesmos, para dissipar as trevas do egoísmo que ainda nos envolvem a alma, é nossa obrigação.

Observando, assim, com o escalpelo do raciocínio próprio, as deficiências e desequilíbrios que ainda nos pesam no ser, estamos naturalmente curando nossa multimilenária cegueira de espírito e, com isso, meu caro, já nos cabe render graças a Deus.

Irmão X. por Chico Xavier do livro:
Estante da Vida

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terça-feira, 1 de outubro de 2024

Ambiente do bem

Ambiente do bem

Miramez


Os pensamentos bons têm o poder de anular as correntes mentais inferiores, arejando o sistema nervoso contra as investidas agressivas da vingança e do ódio.

Conhecer o bem e os seus efeitos nos leva a uma escala mais alta na hierarquia dos seres, e praticá-lo, conscientemente por amor, é prova de que todos os degraus passados se uniram, para que a fé os transformasse em uma só força indissolúvel, capaz de remover os maiores obstáculos.

Muitos livros nos ensinam que a prática do bem em todas as suas formas depende de condicionamento no lar, no indivíduo, na sociedade e no próprio país em que se habita. Certamente até no próprio planeta, concordamos. No entanto, para nascerdes no ambiente propício ao bem, é justo que mereçais e, para que o merecimento se faça, indubitavelmente, a alma tem de iniciar esse ambiente maravilhoso dentro dela. Não pode existir esse condicionamento harmonioso no coração e na mente, sem a presença do esforço próprio.

O "buscai e achareis" do Filho de Deus é uma assertiva de luz, que confirma nossa conversa. Os primeiros toques são individuais - pertencem a cada um - para que as forças exteriores encontrem caminho livre na ajuda progressiva. O agricultor abre o seio da terra, deposita a semente e a entrega à natureza, que faz o resto na engenhosa expansão da vida. Se quereis viver um amanhã de compreensão, de fraternidade e de amor, não esmoreçais no dia de hoje, aproveitando o máximo do tempo na caridade e na amabilidade para com os outros.

Esses gestos, essas ideias, esses pensamentos, por lei, vão condicionando as fibras mais sensíveis da alma, e tornando-a propensa à natureza evangélica. Se por acaso encontrardes dificuldades, se porventura a própria natureza física se desregular por causa de uma reforma empreendida na mente e nos sentimentos, não esmoreçais. Continuai, porque esse desequilíbrio é passageiro, prenuncia que verdadeiramente está se fazendo o trabalho.

Para ser construído um edifício novo, onde existe um velho, é imprescindível desmanchá-lo e, com o tempo, vereis a imponência e a beleza da obra. A força do bem é irresistível, em toda a área da vida. É elixir curativo para todas as enfermidades que nos levam à inquietação. O coração, acostumado às boas maneiras, ascende a repuxos incalculáveis de que a razão desconfia, por não perceber de imediato a multiplicação do amor.

A serenidade de consciência tem um preço por demais alto.

Não havendo maturidade de espírito, acaba se esmorecendo antes da aquisição. E o ouro para esse câmbio divino é extraído no garimpo da própria alma, em lutas acerbas; os entulhos a remover são toneladas, em forma de imperfeições manifestadas pelos sentimentos e carregadas pela ignorância. A rocha é dura de ser vazada, todavia, o trabalho é nosso. Comecemos, que Jesus está pronto para nos ajudar.

Já notastes como se começa a construir uma casa? Pedra a pedra, tijolo a tijolo e sucessivos esforços diminutos, até que a obra se unifica, como um todo a ser útil.

O santuário interior não foge à regra. O estudante da verdade é um pedreiro, é um operário, que deve iniciar condicionando os pensamentos no bem, estes tomando formas de ideias, e estas de ações, orando e vigiando para que o desânimo não invada o campo de labor e, no amanhã, os frutos dos esforços não sejam em vão.

O grande templo é a resposta, que servirá para muitos que vêm na retaguarda.

Transformar-se-á em uma fonte espiritual, da qual, quanto mais se retira água, mais se multiplica.

Meus filhos, façamos o bem, onde estivermos e da maneira que as nossas forças suportarem, pois é pela prática que o esmero se apresenta, e a natureza divina se ambienta na natureza humana. Começai pensando no bem, falando no bem, ou escrevendo sobre o bem, que ele, com o tempo, vos acompanhará para sempre.

Miramez por João Nunes Maia do livro:
Horizontes da Mente

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