quinta-feira, 4 de julho de 2024

Necessidade de estudo

Necessidade de estudo

Lins de Vasconcellos



Através da pergunta 780 de “O Livro dos Espíritos”, o esclarecido Codificador da Doutrina Espírita interrogou os Embaixadores Divinos:

“O progresso moral acompanha sempre o progresso intelectual?”

E as Vozes Celestiais responderam:

“Decorre deste, mas nem sempre o segue imediatamente.”

O ínclito pesquisador das Verdades Eternas voltou a interrogar:

a) — “Como pode o progresso intelectual engendrar o progresso moral?”

A resposta foi clara:

“Fazendo compreensíveis o bem e o mal. O homem, desde então, pode escolher. O desenvolvimento do livre arbítrio acompanha o da inteligência e aumenta a responsabilidade dos atos.”

Depreende-se que o Espiritismo, ao inverso das outras Doutrinas, cultiva o estudo, favorecendo o discernimento com largueza de vistas em relação aos problemas intrincados da alma encarnada.

Anteriormente as religiões majoritárias prescreviam diretrizes salvacionistas de fácil acondicionamento, que facultavam aos crentes o ingresso no Paraíso com a humilde contribuição de alguma penitência embora nem sempre de caráter legítimo.

Arquitetaram um Céu como um Inferno indefiníveis nas suas expressões reais, padronizando as leis eternas e imutáveis por meio de decretos ousados, longe da ética cristã e da razão.

“O Sacerdote disse”, e simplificavam-se os destinos imortais que se emparedavam em cânones estreitos e atentatórios à dignidade da vida.

Mais tarde a Ciência, libertando-se dos freios dogmáticos, criou também o seu “O mestre disse” sem qualquer expressão cientifica.

À Doutrina Espirita coube, porém, o indeclinável dever de penetrar em todos os ramos do Conhecimento para interpretar os enigmas da vida espiritual elucidando os graves conflitos da psique humana.

“O homem é o que pensa” — eis a nova fórmula. Nem o que demonstra nem o que dele se pensa.

A vida íntima a de natureza mental, significa o ser no seu estado real.

Esclarecido, disciplina-se e, disciplinado, dignifica-se.

Por isso, “o progresso completo constitui o objetivo”, como também afirmaram os Espíritos, porquanto são os atos que definem o caráter, oferecendo a contribuição para o mérito ou desmerecimento do indivíduo.

“Em sua origem, esclarece o Espírito de Lázaro, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos.”

Todavia, para que o espírito se liberte dos instintos, faz-se mister freá-los, e para que se desprenda das sensações é indispensável que se esclareça.

Não se acredite, porém, que a evolução seja um impositivo da intelectualidade apenas. Se assim fosse, aqueles que se demoram distantes dos centros de cultura e estivessem limitados nos recursos financeiros e sociais, dificilmente poderiam atingir o estado de libertação desejada.

Temos o exemplo, a se repetir em mil fatos, de que o progresso moral não depende exclusivamente do progresso intelectual. No entanto, mesmo quando o Espírito se reencarna limitado num quadro de valores subalternos e progride, traz em si mesmo, em gérmen, os fatores intelectuais que constituem elementos essenciais à superação dos impositivos materiais.

Jesus escolheu homens rudes e ignorantes, não, entretanto, espíritos ignorantes e rudes.

O Espírito, sabemos, é o ser.

Nele estão os elementos eternos que mantêm o transitório equilíbrio da organização celular.

Desenvolver as possibilidades intelectuais, iluminando a mente e libertando o coração, eis os objetivos da reencarnação para lobrigar o êxito a que se propõe.

Não se pode, portanto, em matéria de fé, desdenhar os conhecimentos científicos nem as lições filosóficas, como se proviessem de mentes satânicas em competições de aniquilamento.

A paz depende sobretudo da razão.

Quando a razão se ilumina o coração se eleva, santificando os impulsos e revigorando os sentimentos, o bem e o mal perdem o aspecto dualista para surgirem na feição do Eterno Bem, presente ou ausente.

Todas as coisas, mesmo as lamentáveis, não raro apresentam a “boa parte”, ensejando, quando lastimáveis, lições e convites à vigilância e ao equilíbrio.

Por isso mesmo crê mais aquele que compreende e não o que vê, ouve, ou que simplesmente foi informado.

A autoiluminação é filha do esclarecimento intelectual.

O convite ao estudo, em Espiritismo, não pode, desse modo, ser desconsiderado.

Elaboremos programas para todos os momentos da vida e reservemos ao estudo um tempo necessário à manutenção ativa da nossa elaboração espiritual que edifique e felicite.

Penetremos a mente nas linhas da cultura e do esclarecimento e, ligados às exigências do Decálogo, inderrocável, sigamos a trilha do amor, nas bases em que o postulou e viveu Jesus Cristo, continuando firmes e resolutos até ao Fim dos Tempos, rompendo as cidades de luz da nossa glorificação imortal, nas densas trevas morais da atualidade.

Lins de Vasconcellos por Divaldo Franco do livro:
Crestomatia da imortalidade

Curta nossa página no Facebook:

Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610 /98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com 



Rivail – O direito de ser Kardec

Rivail – O direito de ser Kardec

 Reformador  (FEB) – Novembro de 1976


No ensaio biográfico “Vida e Obra de Allan Kardec[1], diz André Moreil que, certa noite, Z., Espírito protetor de Rivail, deu-lhe uma comunicação toda pessoal, informando havê-lo conhecido numa existência anterior, quando, na época dos druidas, viveram juntos nas Gálias. Disse-lhe que seu nome era, então, Allan Kardec. “A partir  deste momento – comenta Moreil -, Denizard Rivail já não existe. A missão recebida, o título de chefe doutrinário de uma ciência ditada pelos Espíritos, obrigam-no a “renascer” como Allan Kardec. O novo nome lhe parece revestido de valor quase esotérico”.

Os druidas eram sacerdotes celtas. Os celtas, povos antiquíssimos, de origem indo-germânica, empreenderam grandes migrações, desde os tempos pré-históricos, percorrendo toda a Europa, desde as ilhas Britânicas até a Ásia Menor mas, por volta do ano 250 antes do Cristo, quando atingiram o clímax do seu poder, estavam fixados principalmente na Gálias.  Embora sua linguagem já estivessem estruturados desde sete séculos antes de nossa era, jamais se organizaram politicamente sob qualquer forma de império. Só uma força os unia: - a casta sacerdotal dos druidas, que mantinha íntegros os preceitos religiosos e as tradições do mundo celta. Reverenciados pelas tribos, por onde quer que fossem, os druidas eram mais do que sacerdotes, porque também teólogos, filósofos e juízes, a quem cabia a condução espiritual de um povo cujas crenças se baseavam na imortalidade da alma e na reencarnação.

A crítica malévola dos adversários do Espiritismo não deixou passar sem animadversão o pseudônimo do Professor Rivail. Já em 1857, este se preocupava em prestar esclarecimentos sobre o assunto. O Dr. Sylvino Canuto Abreu, residente na cidade de São Paulo, possui em seus arquivos o rascunho, escrito pelo próprio punho do Codificador, de uma carta por ele dirigida a Tiedeman, em 27 de outubro de 1857, nos seguintes termos:

“Duas palavras ainda a propósito do pseudônimo. Direi primeiramente que neste assunto lancei mão de um artifício, uma vez que dentre 100 escritores há sempre os ¾  que não são conhecidos por seus nomes verdadeiros, com a só diferença de que a maior parte toma apelidos de pura fantasia, enquanto que o pseudônimo Allan Kardec guarda uma certa significação, podendo eu reivindica-lo  como próprio em nome da Doutrina. Digo mais: ele engloba todo um ensinamento cujo reconhecimento por parte do público reservo-me o direito de protelar... Existe, aliás, um motivo que a tudo orienta: não tomei esta atitude sem consultar os Espíritos, vez que nada faço sem lhes ouvir a opinião. E isto o fiz por diversas vezes e através de diferentes médiuns, e não somente eles autorizaram esta medida, como também a aprovaram.”[2]

Somente dezoito anos depois da publicação de “O Livro dos Espíritos” surgiria a oportunidade que os inimigos da Doutrina Espírita esperavam para atacar publicamente  e sem rebuços a onomatópose do Codificador. A história desse ataque foi resumida em “Reformador” de dezembro de 1975, às páginas 20 e 21, donde tiramos os seguintes trechos:

“Cinco anos após a desencarnação de Allan Kardec, a “Revue Spirite” publicou inúmeros artigos sobre fotografia de Espíritos, ilustrando-os, bem assim as notas informativas que a respeito estampava, com as fotos das pessoas que posavam para os fotógrafos (Buguet – médium – e Firman), e junto às quais apareciam amigos ou parentes desencarnados. Uma das fotografias, de Madame Allan Kardec, trazia a imagem do Codificador do Espiritismo, ostentando uma mensagem em francês, transcrita também na “Revue Spirite”. No ano seguinte – 1875 - , precisamente no dia 16 de julho, quarta-feira, instaurava-se um processo que ficaria célebre: o Procès des Spirites (Processo dos Espíritas), contra Buguet, Firman e, também (e especialmente, é óbvio), Pierre-Gaëtan Leymarie. (...) O Procès de Spirites é algo tenebroso, autêntica peça inquisitorial, só concebível de ter existido nos distantes tempos da Idade Média. As próprias autoridades judiciais se permitiram dialogar de forma desrespeitosa com os acusados, avançando conclusões e, mesmo, desvirtuando assim informaçõs, com o intuito indisfarçado de prejulgar.  Nem sequer a viúva Allan Kardec, que prestou declarações como testemunha intimada a comparecer a interrogatório, teve o tratamento devido aos seus cabelos brancos, conforme protesto verbal, na hora, e escrito, que exigiu fosse exarado nos autos respectivos”. [3]

Do mencionado interrogatório, a que foi submetida a viúva Kardec, constam as seguintes perguntas e respostas, relativas ao pseudônimo do Codificador:

Juiz Millet – Afinal, em que época o Sr. Rivail adotou o nome de Allan Kardec?

Sra. Rivail – Por volta de 1850.

Juiz Millet – Onde buscou ele esse nome? Num manual de bruxaria?

Sra. Rivail – Não sei o que o Sr. pretende dizer.

Juiz Millet – Nós conhecemos as origens dos livros de seu marido: ele se valeu sobretudo de um manual de bruxaria de 1522, de um outro livro intitulado Alberti... e de outros.

Sra. Rivail – Todos os livros de meu marido foram criados por ele, com a ajuda de médiuns e evocações. Não conheço nenhum dos livros a que o Senhor se refere.

Juiz Millet – Nós os conhecemos; o nome de Allan Kardec, que seu marido adotou, é o nome de uma grande floresta da Bretanha[4]. A Sra. erigiu a seu esposo um túmulo no Père-Lachaise e nele colocou o nome de Allan Kardec; está convencida de que ele foi tal?

Sra. Rivail – Eu creio que não se deve gracejar sobre isso. Não é agradável ver rir de tais coisas.

Juiz Millet – Nós não estimamos as pessoas que se apropriam de nomes que não lhes pertencem, escritores que pilham de obras antigas, que ludibriam o espírito público.

Sra. Rivail – Todos os literatos usam pseudônimos; meu marido nada pilhou.

Juiz Millet – Foi um compilador, não um literato; um homem que fez magia negra ou branca; fique sentada! [5]

O que a cega e irreverente malevolência dos acusadores do Codificador sempre fez questão de esquecer é que o uso de pseudônimo sempre foi, é e será comum em toda parte. Não são apenas os literatos que os utilizam; a prática também é vulgar entre os artistas e até entre os políticos. Os monarcas se dão novos nomes quando são coroados. Nas ordens religiosas católicas trocam-se os nomes dos que fazem votos. E as pessoas de todos os povos, em todos os países do mundo, usam corriqueiramente apelidos familiares ou sociais.  

A verdade é que, ao adotar o pseudônimo de Kardec, o Professor  Hyppolyte Léon Denizard Rivail deu valioso testemunho não somente de fé, mas igualmente de humildade, pois seu nome civil era dos mais ilustres da França. Ele descendia de antiga e conceituada família, cujos membros brilharam na advocacia e na magistratura. Foi dos mais eminentes discípulos de Pestalozzi e, depois, conselheiro influente nas reformas de ensino levadas a efeito na França e na Alemanha. Poliglota dos melhores, dominava, além do francês, o alemão, o italiano, o inglês e o latim. Tradutor emérito, verteu para o alemão obras importantes, inclusive de Fénelon. Membro da Academia de Arras e de outras instituições culturais e científicas, ensinou gratuitamente, em seu estabelecimento da Rua de Sévres, Química, Física, Matemática, Anatomia Comparada, astronomia e História. Publicou, sozinho ou em parceria com Lévi-Alvarès, numerosos trabalhos didáticos, inclusive sobre Aritmética, Geometria e Gramática Francesa Clássica.

Uma pessoa com tantos méritos e nome tão ilustre não precisava ocultar-se, senão por nobres razões, por trás de um pseudônimo.

A função sacerdotal, entre os druidas, era eletiva e vitalícia. Ao tempo em que fora Allan Kardec entre os celtas, ele foi eleito pelo povo e exerceu o sacerdócio até a morte[6]. Na França do século XIX, foi de novo eleito, mas pelo Espírito da Verdade, para um novo sacerdócio: - o do Consolador Prometido por Jesus, no qual também trabalhou, infatigavelmente, pelo resto de sua vida terrena, quando afinal brilhou, luminosa e imarcescível, sobre a sua cabeça venerável, a “tiara espiritual” a que se referiu a Sra. de Cardone, no dia 6 de maio de 1857.  

Notas:

[1] La Vie et L’Oeuvre d’Allan Kardec, 1ª edição, pp. 111 e 112, Éditions Sperar, Paris, 1961. Na tradução de Miguel Maillet (Edicel, S. Paulo, s/d), o assunto figura às pp. 66 e 67.

[2] Este Sr. Tiedeman, destinatário da carta, parece ser o mesmo que, à época, hesitou muito em decidir-se a apoiar Rivail, financeiramente, no empreendimento da “Revue Spirite”. Mais tarde (vide “Obras Póstumas”, Segunda Parte, nota aos apontamentos da reunião de 15-11-1857, 15ª edição, FEB, p. 294), o Codificador reconheceu fora para ele uma felicidade não ter tido quem lhe fornecesse fundos, pois, “sozinho, eu não tinha que prestar contas a ninguém, embora, pelo que respeitava o trabalho, me fosse pesada a tarefa”. A Espiritualidade Superior lhe adiantara: “Podes prescindir dele”. Pode, realmente, arcando pessoalmente com todo o ônus da empreitada.

A carta aludida, por constituir documento histórico do Espiritismo, vai transcrita, a seguir, em francês, na parte referente ao pseudônimo:

“Deux mots encore sur le pseudonyme. Je dirai d’abord qu’en cela j’ai suivi un rusage reçu, puisque sur 100 écrivans il y a les ¾ qui ne sont pas connus sous leur veritable nom, avec cette difference que la pluspart prennent des noms de pure fataisie, tandis que celui d’Allan Kardec a une signification et que je puis le revendiquer comme mien au nom de la doctrine. Je dis plus: il renferme tout un enseignement que je me reserve de faire connaître  plus tarde. (…). Il y a d’ailleurs une raison qui domine tout: je n’ai point pris ce parti sans consuiter les Esprits, puisque  je ne fais rien sans leur avis. Je l’ait fait à plusieurs reprises et par different médiuns; or, ils ont non seulement autorisé, mais approuvé cette mesure.” (O manuscrito integra o rico acervo do arquivo de raridades históricas do Espiritismo, pertencente ao Dr. Canuto Abreu.)

[3] O “O Procés des Spirites” está sendo editado pela FEB. Precedendo o inteiro teor do documentário, em francês, há uma apresentação, em português, fartamente ilustrada e anotada, que Hermínio C. Miranda preparou (cerca de 140 páginas), a pedido da nossa Casa, resumindo o livro da Sra. Marina P.-G. Leymarie. Esta última parte será publicada, também , separadamente.

[4] O Juiz incorreu em "equívoco"; não sendo tão grande, a tal floresta não mereceu registro nos compêndios de Geografia nem nos dicionários e enciclopédias...

[5] Eis o protesto escrito da viúva Rivail (p. 8 do apêndice ao “Procès des Spirites”): “Declaro que o Sr. Presidente da Sétima Câmara Correcional não me deixou livre para bem desenvolver o meu pensamento, pois, em meu interrogatório, introduziu reflexões estranhas ao debate e desejou ridiculizar o Sr. Rivail, conhecido como Allan Kardec, fazendo dele um simples compilador e negando seu título de escritor. Protesto energicamente contra essa maneira de interrogar e solicito ser ouvida novamente, porque é costume na França respeitar as senhoras, sobretudo quando tem os cabelos brancos. Não se deveria interromper-me e mandar assentar-me, após terem se divertido com o que considero inatacável, ou seja, o direito de ter feito construir um túmulo para o meu companheiro de provações, para o esposo, estimável e honrado por homens do mais alto valor”.

[6]  Esta afirmativa – quanto à função de sacerdote druida, em vida anterior – ao que sabemos, não está amparada por documento escrito publicado, mas os biógrafos de Allan Kardec tem-na repetido sempre, inclusive Léon Denis.

Editorial
Revista Reformador Nov. 1976

Curta nossa página no Facebook:

Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com
 
Revista Reformador Nov. 1976



quarta-feira, 3 de julho de 2024

Prece do bom animo

Prece do bom animo

Hammed



Amigo Jesus, modelo a ser seguido!

Estamos aqui reunidos em teu nome, a fim de pedir-te que nos conceda bom ânimo.

Tu nos avisaste, Senhor, que teríamos provações: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em mim. No mundo, passais por aflições; mas tende bom ânimo; eu venci o mundo.” (João 16:33)

E elas realmente vêm, somos tolhidos pelos conflitos e há momentos em que o medo nos envolve; a alma se deixa tomar pela apatia e a tendência é acolhermos a desesperança. Fechamos a porta para a Espiritualidade agir, ficamos sem meta e direção, e o horizonte torna-se sombrio. Mestre, em muitas circunstâncias, nós, os teus trabalhadores, sentimo-nos cansados e exauridos diante das tarefas cristãs que assumimos na Terra.

Por serem os tormentos inerentes à vida e ocorrerem em todas as etapas da existência humana, precisamos aprender a administrá-los e a superá-los, para não cairmos nas crenças que exaltam o sofrimento, para não acharmos que “viver é sofrer”, ou que “depois de um problema, vem outro ainda maior...”

Os desgastes dos labores, obrigações diárias, doações energéticas, somados aos problemas naturais de nosso grau evolutivo, tomam conta de nós e nos levam ao desânimo improdutivo.

Nós te rogamos, Mestre Galileu, nesta prece despretensiosa, entusiasmo e coragem nas bênçãos do teu amor, para que possamos recompor nosso mundo íntimo e tomar o leme de nossa vida, não o deixando jamais em mãos alheias.

Sabemos que o nosso reino interior é um campo infinito de possibilidades. As leis divinas são um tesouro a ser desvendado, mas para encontrar essa riqueza é preciso que não nos deixemos escravizar pelas condições exteriores, que nos despojemos do personalismo e que eliminemos os traços de dependência que nos aprisionam a alma.

Logo, para termos bom ânimo é preciso respeitar a liberdade e a individualidade alheia, embora defendendo a nossa, pois o maior entrave existencial é não vivermos como nós somos em profundidade.

Não sentiremos alegria estando alheios a nós mesmos, aceitando ser manipulados por inúmeros espelhos a refletirem o que os outros esperam de nossa conduta e aspirações, para recebermos aceitação e aplausos.

Não sentiremos alegria enquanto não vivermos pessoalmente a nossa vida sem atribuirmos um caráter vitimista a tudo que nos acontece no dia a dia.

Somos espíritos cansados, buscando em teu aprisco, Divino Pastor, proteção, socorro e a fonte da água viva que nos vai saciar a sede de vida plena.

Fica conosco, Cristo de Deus, e guarda-nos em tua paz, vitaliza nosso mundo íntimo com as benesses de luz que se desprendem de tuas mãos abençoadas.

Que o recurso de teu Amor caia sobre todos nós como orvalho a fortificar a nossa vida.

Disseste: “Tende bom ânimo; eu venci o mundo!”  Nós estamos de braços abertos, Senhor, para aprender tuas lições, fazendo uso do direito de tomar decisões livremente utilizando a capacidade de nos autogovernar para sermos mais felizes.

Assim seja.

Hammed por Francisco do Espírito Santo Neto do livro:
Lucidez - A luz que acende na alma

Curta nossa página no Facebook:

Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610 /98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com 



terça-feira, 2 de julho de 2024

Na senda da ascensão

Na senda da ascensão

Emmanuel



O animal caminha para a condição do homem, tanto quanto o homem evolui no encalço do anjo.

No reino animal, a consciência, à feição de crisálida, movimenta-se em todos os tons do instinto no rumo da inteligência, objetivando a conquista da razão sublimada pelo discernimento.

E, no reino angélico, essa mesma consciência, em múltiplas expressões de sabedoria e de amor, segue, vitoriosa, para a perfeita santificação, comungando a glória do Pai Celestial.

No campo das formas efêmeras, cada ser, portanto, pode residir, à parte, na elaboração dos próprios valores que o erguerão aos níveis mais altos da vida.

Entretanto, no mundo das essências, irmanar-se-á com o Todo da Criação, crescendo para a Unidade Cósmica – porto divino a esperar-nos sem distinção – de modo a investir-nos, um dia, na posse da celeste herança que nos é reservada.

Desse modo, se pedes proteção e arrimo aos que te precederam na vanguarda do progresso e, se aguardas a assistência dos benfeitores que, de Mais Alto, te observam as esperanças, compadece-te também das criaturas humildes que laboriosamente se agitam na retaguarda, peregrinando ao teu encontro.

Se é justo esperar pelo amor, que verte, sublime do Céu, em teu benefício, é preciso derramar esse mesmo amor nas furnas da Terra, a que consciências fragmentárias se acolhem, contando contigo para que se eduquem e aperfeiçoem.

Para o homem, o anjo é o gênio que representa a Providência Divina e para o animal, o homem é a força que representa a Divina Bondade.

Recorda, assim, os elos sagrados que nos ligam uns aos outros na estrada evolutiva e colabora na extinção da crueldade com que até hoje pautamos as relações com os nossos irmãos menores.

Lembra-te do mel que te angaria medicação, da lã que te oferece agasalho, da tração que te garante a colheita farta e do estábulo que te assegura reconforto e sejamos mais humanos para com aqueles que aspiram a nossa posição dentro da Humanidade.

Auxilia aos que te seguem os passos e guarda, dessa maneira, a certeza de que receberás em pagamento de paz e luz o concurso daqueles que te antecederam no acesso às culminâncias da Vida Maior.


Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Semeador em Tempos Novos

Curta nossa página no Facebook:

Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610 /98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com 


segunda-feira, 1 de julho de 2024

Fenômenos mediúnicos

Fenômenos mediúnicos

Albino Teixeira



Os fenômenos mediúnicos a se evidenciarem, inevitáveis, nas estradas do homem, guardam expressiva similitude com a presença das águas nos caminhos da Terra.

Águas existem por toda a parte.

Possuímo-las cristalinas em fontes recamadas de areia, pesadas de barro nos rios que desgastam o solo, tisnadas na sarjeta em que rolam depois da chuva, lodacentas no charco, furtadas de represas, concentradas em lagoas infectas, amargas em poços largados no esquecimento, semienvenenadas nos esgotos de lama...

Todas elas, contudo, podem ser decantadas, medicadas, purificadas e renovadas para servir.

Assim também os fenômenos mediúnicos.

Venham de onde vierem, assinalam-se por determinado valor.

Entretanto, é preciso não esquecer que devem ser examinados, raciocinados, interpretados e compreendidos para mostrarem proveito justo.

Para eles e junto deles, todos nós temos a Doutrina Espírita por filtro de tratamento.

À vista disso, não desprezeis fato algum, mas, igualmente, em tempo algum não vos canseis de estudar.

Albino Teixeira por Chico Xavier do livro:
Caminho Espírita / Autores diversos

Curta nossa página no Facebook:

Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
- As postagens dão indicação de origem e autoria. 
- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610 /98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.