Delegando serviços
Batuíra
“Tende a mesma estima uns pelos outros, sem pretensões de grandeza, mas sentindo-vos solidários com os mais humildes...” (Romanos, capítulo 12º, versículo 16)
O caminho da edificação espiritual estende-se a todos.
Na agremiação espírita ninguém deve delegar tarefas com base apenas na erudição evangélica ou no título acadêmico de seus colaboradores. Uma estimativa unilateral pode ser ineficaz e infrutífera.
É claro que, ao se candidatar ao serviço da luz, o servidor precisa se comprometer com a disciplina das emoções e com a firmeza nos ensinos do Cristianismo Redivivo, esforçando-se para viver Jesus dentro de si mesmo.
Porém, tanto a perfeição plena como a imperfeição total não existem na esfera de ação em que progredimos. O iniciante, acusado por muitas pessoas como negligente e leviano, amanhã pode transformar-se em um cooperador dedicado, sustentando os alicerces da obra com esforço e muito empenho.
O excesso de responsabilidades pode sobrecarregar o líder, levando-o a um desgaste energético desnecessário; por isso, ele deve formar assistentes capazes de agir com segurança na construção da oficina cristã.
A transferência de encargos, todavia, deve ser gradativa, pois é imprescindível que o dirigente elabore um plano de aprendizado ao novo cooperador, para formar ideia de como ele desempenhará seus novos deveres; mas é importante que ele se preocupe em não formar futuros opressores - o poder por menor que seja, sem sabedoria, cria a tirania.
Quem nunca exerceu cargos de direção pode, por inexperiência ou motivos outros, extrapolar os limites de suas atribuições, visto que o perigo está nas paixões profundas do homem.
Uma das responsabilidades do líder é estabelecer parâmetros para evitar esse comportamento inadequado de alguns colaboradores. É preciso que cada um possa exercer livremente as funções que lhe foram confiadas e respeite as dos outros, sem prejuízo, no entanto, da união de todos na ação grupal, em benefício da causa espírita.
Ainda examinando a questão, muitos orientadores, ao delegarem serviços ficam obstinados, espreitando todos os detalhes, ou mesmo vigiando o aprendiz para verificar se este realiza as tarefas com exatidão. Ao agirem assim, criam grandes entraves a quem inicia, transmitindo-lhe receios e suspeitas quanto a seu modo de atuação. Se o principiante tem pouca experiência ou maturidade, os dirigentes podem monitorar sua atividade, não espreitá-lo constantemente.
Na atribuição de tarefas, é preciso que elas sejam claramente definidas, pois, se não estiverem explícitas, as chances de se chegar a um resultado positivo serão quase nulas. Quando se removem dúvidas e incertezas, as pessoas se sentem mais aptas e tranquilas para desempenhar suas funções.
Diplomas e vassouras não estabelecem uma divergência humilhante, e sim ordem e distribuição de atividades coerentes para cooperadores diferentes.
Por essa razão é que Paulo de Tarso foi categórico em dizer “tende a mesma estima uns pelos outros, sem pretensões de grandeza”, pois o Mestre não se encontra tão somente nas tribunas, nos jornais ou nas salas de aula, mas acompanha com certeza os que servem um prato de sopa ou realizam os mais simples serviços de limpeza.
Nos círculos de atuação que nos foi delegado, façamos o bem tanto quanto nos é possível, visto que o Divino Artesão espera que cumpramos a parte que nos cabe, executando a obra confiada em nossas mãos.
Batuíra
por Francisco do Espírito Santo Neto do livro:
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