quinta-feira, 30 de novembro de 2017

Caridade entre nós

Caridade entre nós

Bezerra de Menezes



A Doutrina Espírita no amparo do Cristo de Deus é o campo de serviço, a que somos chamados para agir em Seu Nome.

Compreendemos que todos comparecemos ao engajamento, tais quais somos e como estamos: - em dívida ou em luta, carregando o fardo de nossas imperfeições e conflitos. 

E, unicamente trabalhando, encontraremos o desgaste das forças que nos compete alijar de modo a servir com segurança.

Por isto mesmo, não nos esqueçamos:
  • se a dificuldade aparece, sejamos o ponto que favoreça a supressão dos obstáculos, sem agravá-los;
  • se a discórdia nos impele a tumulto, recorramos à paz sem menosprezo da verdade, colocando a verdade em amor, a fim de que o amor nos reúna acima de quaisquer circunstâncias, procurando os objetivos que nos cabe atingir;
  • se a sombra nos envolve, acendamos a luz da oração, por dentro de nós, com a certeza de que, se a prece nem sempre modifica o ambiente externo de nossas realizações, sempre nos rearmonizará, no íntimo da alma, induzindo-nos a ver com clareza e entendimento as questões do caminho;
  • se a provação nos visita, usemos a paciência que o conhecimento da realidade nos infunde, reconhecendo que não bastará medir o sofrimento para extingui-lo e sim trabalhar incessantemente no auxílio aos outros, porque através dos outros o Senhor nos estenderá o socorro necessário;
  • se incompreensões nos examinam a capacidade de amar, convertâmo-nos em companheiros mais dedicados ao bem daqueles irmãos que, porventura, se nos façam instrumentos de melhoria espiritual;
  • se a crítica surge à frente, busquemos anatomizá-la, a fim de assimilar-lhe as lições justas, desfazendo enganos ou refazendo tarefas, sinceramente dispostos a contribuir no sustento da harmonia geral;
  • se recursos escasseiam na hora em nossas mãos, doemos um tanto mais de nós mesmos, em serviço e compreensão, no socorro às necessidades alheias, convencidos de que, pelo idioma inarticulado do dever cumprido, Deus suscitará novos cooperadores e companheiros que nos reforçarão as possibilidades nas tarefas que nos reclamam presença e atividade, no dia a dia;
  • se óbices, reparações, desuniões, fracassos, sofrimentos, desistências, desafios, lágrimas, deserções, conflitos e tribulações, sejam quais sejam, aparecerem juntos de nós, que a luz de nossa fé se transforme em nós no recurso preciso a fim de que os esquemas do Cristo se façam realizados por nós, com o esquecimento de nós mesmos.

Nesse caminho da caridade, devemos seguir todos, porque, se fora dela não há recuperação para ninguém, fora do serviço que a expressa nenhum de nossos problemas encontrará solução.

Bezerra de Menezes por Chico Xavier do livro:
Doutrina e Vida / Espíritos diversos.

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quarta-feira, 29 de novembro de 2017

Página de bom animo

Página de bom animo

Emmanuel



Jesus é o Escultor Divino de nossa individualidade eterna.

*

Com o martelo da dificuldade, modifica o bloco da ignorância em que jazem nossas possibilidades de sublimação; com o cinzel do sofrimento, estrutura-nos os mais altos destinos.

*

Saibamos interpretar obstáculos, inibições, dores e provas, dissabores e lágrimas por benditos desafios ao nosso próprio burilamento.

*

A Terra é a nossa escola.

A luta é o nosso caminho.

O trabalho é a nossa lição.

A experiência é o valor que adquirimos.

O amor é a nossa bússola no infinito de recursos em que se nos movimenta o aprendizado.

A morte ser-nos-á sempre o juiz imperturbável.

*

E, sobretudo, não nos esqueçamos de que sendo o Evangelho o roteiro que abraçamos, o Cristo é invariavelmente o nosso Mestre.

*

Aceitemos, desse modo, a obrigação de fazer o melhor que pudermos cada dia e, procurando Jesus em nossos pensamentos, palavras e ações, estejamos convencidos de que Jesus nos encontrará para alcançarmos, enfim, a suprema paz da suprema alegria!


Emmanuel por Chico Xavier do livro: 
Vida e Caminho

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terça-feira, 28 de novembro de 2017

Vida em Família

Vida em Família

Joanna de Ângelis



Os filhos não são cópias xerox dos pais, que apenas produzem o corpo, graças aos mecanismos do atavismo biológico.

As heranças e parecenças físicas são decorrências dos gametas, no entanto, o caráter, a inteligência e o sentimento procedem do Espírito que se corporifica pela reencarnação, sem maior dependência dos vínculos genéticos com os progenitores.

Atados por compromissos anteriores, retornam, ao lar, não somente aqueles seres a quem se ama, senão aqueloutros a quem se deve ou que estão com dívidas...

Cobradores empedernidos surgem na forma fisiológica, renteando com o devedor, utilizando-se do processo superior das Leis de Deus para o reajuste de contas, no qual, não poucas vezes, se complicam as situações, por indisposições dos consortes...

Adversários reaparecem como membros da família para receber amor, no entanto, na batalha das afinidades padecem campanhas de perseguição inconsciente, experimentando o pesado ônus da antipatia e da animosidade.

A família é, antes de tudo, um laboratório de experiências reparadoras, na qual a felicidade e a dor se alternam, programando a paz futura.

Nem é o grupo da bênção, nem o élan da desdita.

Antes é a escola de aprendizagem e redenção futura.

Irmãos que se amam, ou se detestam, pais que se digladiam no proscênio doméstico, genitores que destacam uns filhos em detrimento dos outros, ou filhos que agridem ou amparam pais, são Espíritos em processo de evolução, retornando ao palco da vida física para a encenação da peça em que fracassaram, no passado.

A vida é incessante, e a família carnal são experiências transitórias em programação que objetiva a família universal.

*

Abençoa, desse modo, com a paciência e o perdão, o filho ingrato e calceta.

Compreende com ternura o genitor atormentado que te não corresponde às aspirações.

Desculpa o esposo irresponsável ou a companheira leviana, perseverando ao seu lado, mesmo que o ser a quem te vinculas queira ir-se adiante.

Não o retenhas com amarras de ódio ou de ressentimento. Irá além, sim, no entanto, prossegue tu, fiel, no posto, e amando...

*

Não te creias responsável direto na provação que te abate ante o filho limitado, física ou mentalmente.

Tu e ele sois comprometidos perante os códigos Divinos pelo pretérito espiritual.

O teu corpo lhe ofereceu os elementos com que se apresenta, porém, foi ele, o ser espiritual, quem modelou a roupagem na qual comparece para o compromisso libertador.

Ante o filhinho deficiente não te inculpes. Ama-o mais e completa-lhe as limitações com os teus recursos, preenchendo os vazios que ele experimenta.

Suas carências são abençoados mecanismos de crescimento eterno.

Faze por ele, hoje, o que descuidaste antes.

A vida em família é oportunidade sublime que não deve ser descuidada ou malbaratada.

*

Com muita propriedade e irretorquível sabedoria, afirmou Jesus, ao doutor da Lei:

“Ninguém entrará no reino dos céus, se não nascer de novo...

E a Doutrina Espírita estabelece com segurança:

“Nascer, morrer, renascer ainda e progredir sempre — é a lei. Fora da caridade não há salvação.”


Joanna de Ângelis por Divaldo P. Franco do livro: - SOS Família.




segunda-feira, 27 de novembro de 2017

A maior mensagem

A maior mensagem

Humberto de Campos





17 de abril de 1937

Muita gente boa poderá supor na Terra que o homem, atravessando as águas escuras do Aqueronte, encontrará na outra margem o poço maravilhoso da Sabedoria. Um homem de bons costumes, que andasse aí na Terra vendendo pastéis, depois dos banhos prodigiosos da Morte voltaria aos cenários da vida sentenciando em todos os problemas que ensandecem o cérebro da Humanidade.

Mas, não é assim.

Cada indivíduo conserva, no Além, a posição evolutiva que o caracterizava na Terra. Cada entidade comunicante é, portanto, o homem desencarnado, ressalvando-se, todavia, a posição elevada dos Espíritos missionários que, de vez em quando pousam no mundo abnegadamente, sem lhe reparar a miséria e a estreita relatividade.

Arrebatados, assim, para o império das sombras, não estamos vagueando em paisagens lunares, ou no céu dos teólogos. O nosso mundo é de perfeita transição.

Raymond, na Inglaterra, com o apoio da autoridade científica de Sir Oliver Lodge, falou ao mundo terrestre das nossas paisagens bizarras, repletas de coisas semelhantes às coisas da nossa vida e das nossas atividades no Planeta. Seus arroubos descritivos não comoveram o espírito cristalizado da ciência oficial, e provocaram exclamações pejorativas de muitos filósofos espiritualistas.

De minha parte, porém, já não quero fazer passar os olhos curiosos dos meus leitores sob o Arco de Esopo, movimentando as minhas criações do Tonel de Diógenes (*). Agora, mais que nunca, reconheço que cada qual compreende como pode, aí no mundo, e não me animo a provocar o riso despreocupado dos meus semelhantes, desejando somente levar-lhes o coração para as questões nobres e úteis da Vida.

Para contar-lhes, assim, o que fiquei conhecendo daqui como a Maior Mensagem existente da Terra, devo dizer-lhes que, no casarão dos espaços onde nos encontramos agasalhados, existe o Grande Salão dos Invisíveis. É aí que nos reunimos, muitas vezes, em amável "tête à tête", reconfortando-nos após as lutas terrestres, e recebendo frequente. mente as opiniões esclarecidas dos mestres da espiritualidade. Aparelhos delicadíssimos, de uma radiotelefonia mais avançada, nos colocam em contato com entidades angélicas, tal como os políticos do Rio de Janeiro podem ouvir o governo de Tóquio trocando entre si as impressões de um movimento, sem se afastarem de suas cidades respectivas. 

No dia a que me reporto, encontrávamos-nos ali, em animada palestra. Escritores franceses, ingleses, asiáticos e americanos, discutíamos os progressos da Terra. Não há mais aqui a barreira dos idiomas. Cada qual pode falar à vontade, porque o pensamento já é por si mesmo uma espécie de Volapuque universal.

- "O que mais me admira na atualidade do mundo - exclamava um dos companheiros - é a obra perfeita da Engenharia moderna. Na América do Norte cuida-se da captação da energia elétrica existente na força das ondas marítimas, dentro do mecanismo de poderosas turbinas e, talvez, antes que o homem penetre o segredo do aproveitamento das forças atômicas, para repousar as suas atividades na eletricidade atmosférica, já terá construído formidáveis usinas captadoras da energia dos ventos, à mais de duzentos metros de altura. A mecânica da aviação progride a cada minuto e o homem está prestes a adotar os mais avançados sistemas de locomoção aérea, com os futuros aparelhos de voo individual."

- “Todavia - atalhou outro -, temos de considerar igualmente o elevado plano evolutivo das criaturas, nos laboratórios”. O alemão Todtenhaupt demonstrou a maneira de se transformar a caseína do leite em lã artificial. Os tecnologistas descobriram todos os meios de se copiar perfeitamente a Natureza, e os produtos sintéticos fazem, por toda parte, as comodidades da civilização. Os raios X devassaram a organização de todos os corpos, provando que todas as matérias, na crosta terrestre, são cristalinas, facilitando o exame de suas disposições atômicas e moleculares. Essas revoluções, no campo imenso das indústrias modernas, hão de fatalmente determinar profundas modificações na vida atormentada dos homens. 

Eu ouvia, interessado, esses argumentos, sem poder participar com veemência dos problemas debatidos, em virtude de trazer muito pouca bagagem do nosso pobre Brasil, com exceção das ideias políticas, quando outro amigo interveio: 

- "Muito me têm preocupado as questões de Medicina e é com assombro que vejo a evolução dos processos terapêuticos no orbe terráqueo. Os hormônios, as vitaminas e as glândulas, tão desconhecidos ali, antigamente, são objeto de toda uma revolução científica. 

Ainda agora os hospitais de Moscou realizam, com êxito, as mais extraordinárias transfusões de sangue cadavérico. Os médicos moscovitas descobriram os recursos de conservar o sangue retirado de um cadáver, no instante imediato à morte, por mais de 20 ou 30 dias, aplicando-o com felicidade a outros organismos enfermos. Os processos de saneamento e de higiene não ficam aquém dessas conquistas. Há tempos saneou-se, na Itália, a região das Lagoas Pontinas e, onde havia pântanos e focos microbianos, florescem hoje cidades prestigiosas e progressistas."

E, nesse diapasão, todos os escritores desencarnados manifestaram seus pensamentos otimistas. Falou-se da física, da bacteriologia, dos processos pedagógicos, da industrialização, do nacional-socialismo de Hitler e dos princípios democráticos de Roosevelt.

Mas, quando a palestra atingia o fim de seu curso, uma voz, cuja origem não poderíamos determinar, exclamou em nosso meio com melancólica imponência:

- “Todas as conquistas e todas as comodidades da civilização terrestre da atualidade são questões secundárias nos ciclos eternos da Vida”... A mão invisível e poderosa que destruiu o orgulho impenitente de Babilônia e de Persépolis, que aniquilou os poderes de Roma e de Cartago, pode reduzir o mundo ocidental a um punhado de cinzas!. . .

"As plataformas políticas, os laboratórios científicos, os diplomas de novos conhecimentos, são segundos valores em todos os caminhos evolutivos, porque, sem o amor, que é a fraternidade universal, todas as portas da evolução estarão fechadas... Pode Einstein devassar novos segredos na teoria das relatividades; Segismund Freud poderá descobrir novas causas dos padecimentos humanos com a perseverança e a paciência de suas análises; a tecnologia pode modificar visceralmente a estrutura das indústrias do Planeta; Hitler, Mussolini, Roosevelt e Trotsky podem aventar novas sistematizações da política, renovando as concepções do Estado; mas a Maior Mensagem no mundo ainda é o Evangelho. Sem o amor de Jesus Cristo, todos os povos estão condenados a morrer, com todo o peso de suas conquistas e de suas glórias, porque somente o Amor pode salvar o mundo que se aniquila."
"Podereis todos vós descer à face escura - e triste da Terra, proclamando a vossa imortalidade, porém, nada fareis de útil se não entregardes ao espírito humano essa chave maravilhosa, para que se abram as portas imensas da Paz, no coração amargurado dos homens!..."

Diante dessa voz suave e terrível, todos nós silenciáramos.

Ao longe, muito ao longe, por um esforço pronunciado de nossa ação, divisávamos a Terra longínqua...

Furacões destruidores pareciam envolver atmosferas - estavam enegrecidas, pejadas de nuvens de fumo e de poeira sangrenta. Um secreto pavor dominou nossas almas e guardamos, íntimo, aquela voz profética e ameaçadora "A mão invisível e poderosa que destruiu impenitente de Babilônia e de Persépolis, que aniquilou os poderes de Roma e de Cartago, pode reduzir o mundo ocidental a um punhado de cinzas!..."



Humberto Campos por Chico Xavier do livro: - Crônicas de Além Túmulo.

(*) Tonel de Diógenes (abaixo) - Livro escrito por Humberto de Campos em 1919 quando ainda encarnado, usava o pseudônimo de Conselheiro XX, que posteriormente serviu de inspiração para a criação do atual pseudônimo de Irmão X.





domingo, 26 de novembro de 2017

Ser Feliz

Ser Feliz

Hammed



“... Assim, pois, aqueles que pregam ser a Terra a única morada do homem, e que só nela, e numa só existência, lhe é permitido atingir o mais alto grau das felicidades que a sua natureza comporta, iludem-se e enganam aqueles que os escutam...” (Capítulo 5, item 20.)
-Evangelho segundo o espiritismo 


As estradas que nos levam à felicidade fazem parte de um método gradual de crescimento íntimo cuja prática só pode ser exercitada pausadamente, pois a verdadeira fórmula da felicidade é a realização de um constante trabalho interior.

Ser feliz não é uma questão de circunstância, de estarmos sozinhos ou acompanhados pelos outros, porém de uma atitude comportamental em face das tarefas que viemos desempenhar na Terra.

Nosso principal objetivo é progredir espiritualmente e, ao mesmo tempo, tomar consciência de que os momentos felizes ou infelizes de nossa vida são o resultado direto de atitudes distorcidas ou não, vivenciadas ao longo do nosso caminho.

No entanto, por acreditarmos que cabe unicamente a nós a responsabilidade pela felicidade dos outros, acabamos nos esquecendo de nós mesmos. Como consequência, não administramos, não dirigimos e não conduzimos nossos próprios passos. Tomamos como jugo deveres que não são nossos e assumimos compromissos que pertencem ao livre-arbítrio dos outros. O nosso erro começa quando zelamos pelas outras pessoas e as protegemos, deixando de segurar as rédeas de nossas decisões e de nossos caminhos.

Construímos castelos no ar, sonhamos e sonhamos irrealidades, convertemos em mito a verdade e, por entre ilusões românticas, investimos toda a nossa felicidade em relacionamentos cheios de expectativas coloridas, condenando-nos sempre a decepções crônicas.

Ninguém pode nos fazer felizes ou infelizes, somente nós mesmos é que regemos o nosso destino. Assim sendo, sucessos ou fracassos são subprodutos de nossas atitudes construtivas ou destrutivas.

A destinação do ser humano é ser feliz, pois todos fomos criados para desfrutar a felicidade como efetivo patrimônio e direito natural.

O ser psicológico está fadado a uma realização de plena alegria, mas por enquanto a completa satisfação é de poucos, ou seja, somente daqueles que já descobriram que não é necessário compreender como os outros percebem a vida, mas sim como nós a percebemos, conscientizando-nos de que cada criatura tem uma maneira única de ser feliz. Para sentir as primeiras ondas do gosto de viver, basta aceitar que cada ser humano tem um ponto de vista
que é válido, conforme sua idade espiritual.

Para ser feliz, basta entender que a felicidade dos outros é também a nossa felicidade, porque todos somos filhos de Deus, estamos todos sob a Proteção Divina e formamos um único rebanho, do qual, conforme as afirmações evangélicas, nenhuma ovelha se perderá.

É sempre fácil demais culparmos um cônjuge, um amigo ou uma situação pela insatisfação de nossa alma, porque pensamos que, se os outros se comportassem de acordo com nossos planos e objetivos, tudo seria invariavelmente perfeito. Esquecemos, porém, que o controle absoluto sobre as criaturas não nos é vantajoso e nem mesmo possível. A felicidade dispensa rótulos, e nosso mundo seria mais repleto de momentos agradáveis se olhássemos as pessoas sem limitações preconceituosas, se a nossa forma de pensar ocorresse de modo independente e se avaliássemos cada indivíduo como uma pessoa singular e distinta.

Nossa felicidade baseia-se numa adaptação satisfatória à nossa vida social, familiar, psíquica e espiritual, bem como numa capacidade de ajustamento às diversas situações vivenciais.

Felicidade não é simplesmente a realização de todos os nossos desejos; é antes a noção de que podemos nos satisfazer com nossas reais possibilidades.

Em face de todas essas conjunturas e de outras tantas que não se fizeram objeto de nossas presentes reflexões, consideramos que o trabalho interior que produz felicidade não é, obviamente, meta de uma curta etapa, mas um longo processo que levará muitas existências, através da Eternidade, nas muitas moradas da Casa do Pai.



Hammed por Francisco do Espírito Santo Neto do livro:  - Renovando Atitudes.





sábado, 25 de novembro de 2017

O mundo em suas mãos

O mundo em suas mãos

Richard Simonetti




No esforço por manter-se ocupado, há algo muito importante:

Não deixe passar um só dia sem o empenho de aprender.

Nossa mente, se assim posso dizer, tem propriedades elásticas. Quanto mais coisas botamos dentro dela, mais cresce, mais poderosa fica, mais capaz.

E quanto mais aprendemos, melhor compreendemos a vida, mais equilibrados ficamos, mais felizes vivemos.

Sócrates, que foi um grande sábio da Antiguidade, dizia:
Só há um mal - a ignorância.
Só há um bem - o conhecimento.

Ele queria dizer que os males em que nos envolvemos nascem sempre de não sabermos como lidar com a Vida.

Mais exatamente, nascem de nossa ignorância.

Analisando friamente a questão você fatalmente reconhecerá que se conhecesse melhor as coisas, se tivesse uma visão mais clara sobre a Vida, certamente não estaria numa prisão.

Por isso Sócrates afirma que o único bem é o conhecimento.

Quem adquire conhecimento fica sabendo o que é realmente importante em favor de sua felicidade.

***

Nessa busca de conhecimento há um amigo muito especial, disposto a nos acompanhar onde formos, até na prisão.

Está sempre pronto a nos atender e ensinar, a qualquer momento.

Nunca se cansa.

Nunca se aborrece.

Nunca se recusa.

Esse amigo de todas as horas é o livro.

Com ele aprendemos as coisas mais interessantes, aumentamos a nossa capacidade de pensar,  viajamos...

Neste momento, enquanto lê estas linhas, você não está na prisão. Em pensamento, livre corno um pássaro, viaja comigo no maravilhoso pais das ideias .

Talvez você não goste de 1er.

Não está sozinho.

Muitas pessoas jamais abriram um livro.

Não sabem o que estão perdendo...

Mas não é tão difícil cultivar a leitura.

Basta criar o hábito.

Hábito é aquilo que a gente está acostumado a fazer.

Fazemos automaticamente, com facilidade, sem esforço...

Por exemplo:

Falar mal da vida alheia.

Muita gente gosta disso. Basta se reunirem duas ou mais pessoas e dali a pouco estão fofocando.

É um mau hábito.

Não traz nenhum proveito. Ao contrário, só gera confusão, desentendimento, discórdia, brigas...

Ler é um bom hábito.

No começo é meio enjoado, cansativo. A gente não consegue prestar atenção, tem dificuldade para entender.

Mas se insistirmos, lendo todo dia um pouco, acabaremos gostando, e leremos cada vez mais, e entenderemos cada vez melhor...

Experimente.

Em princípio faça como um dever.

Assuma perante você mesmo um compromisso:

Ler. todos os dias, algumas páginas de um bom livro, aquele que lhe ofereça conhecimento.

Aos poucos você começará a ler mais páginas e haverá de gostar.

Verá que é muito bom.



Texto extraído do livro: - Fugindo da prisão de Richard Simonetti.