segunda-feira, 4 de agosto de 2025

Senda para Deus

Senda para Deus

Emmanuel



Dificuldade à frente?

Mais serviço no bem.


Família em descontrole?

Age na paz do bem.


Injúrias e agressões?

Olvida e faze o bem.


Confidências amargas?

Mostra a face do bem.


Moléstia e sofrimento?

Aceita e atende ao bem.


A prática do bem

É a senda para Deus.


Uberaba, 07 de fevereiro de 1995.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Senda para Deus

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Declaração de Origem

- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
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- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros. 
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos. 
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.

- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.


domingo, 3 de agosto de 2025

Fortaleza no bem

Fortaleza no bem

Marco Prisco


“Amai os vossos inimigos e orai pelos que vos perseguem.” (Mateus — 5:44)

Se a calúnia perturbadora o segue por toda parte, não lhe dê atenção.

A infâmia não merece o seu sofrimento.

*

Se a suspeita infundada lhe espia com má vontade, prossiga imperturbável.

Consciência tranquila é tesouro de valia inapreciável.

*

Se a aflição da injustiça lhe alcança a casa mental, retorne à confiança integral em Deus.

A verdade, mesmo quando desrespeitada, rutila nos escombros a que vai arrojada.

*

Se a perseguição gratuita insiste em dificultar-lhe a marcha correta, não malbarate o tempo com explicações desnecessárias.

O homem se revela por meio da resistência que oferece, através da perseverança nos postulados abraçados.

*

Se o despeito de companheiros invigilantes arma ciladas perigosas, quer através do elogio mentiroso, quer por meio da acusação injuriosa, não se faculte inquietar.

Somente o trabalho perseverante e nobre consegue comprovar a qualidade do obreiro que o executa.

*

Se a maledicência traz aos seus ouvidos as informações ferintes, faça-a silenciar, não lhe permitindo agasalho nem propagação.

Mente vinculada ao dever não se pode desviar para as mercadorias dos contendores da inutilidade.

*

Se a insegurança íntima, por esta ou qualquer outra razão, sombreia de receios o seu domicílio de paz, mergulhe no oceano da oração.

A prece é ainda a mais eficiente terapia moral para qualquer estado de espírito.

Não se intoxique com o gás das ocorrências negativas.

Torne-as experiências salutares para o futuro.

O fogo purifica os metais.

O vendaval enrija o carvalho.

O sofrimento aprimora o espírito.

Mantenha sua fortaleza no bem irrecusável.

Onde você se encontre, não se poderá eximir da presença dos enfermos espirituais, em trânsito pela rota da evolução.

Considere-os doentes em tratamento e não lhes vitalize as graves distonias: na ira, na idiossincrasia, no remoque ou na mágoa...

Ninguém atravessa o caminho da carne sem sofrer desses aflitos a perseguição, a pedrada ou a inveja sistemática, que transformam em arma segura com que mantêm e se perturbam mais na infelicidade em que se comprazem.

Siga otimista, porquanto o pior mal que lhe possa acontecer nunca será maior do que o seu débito em relação à Vida. Sofrendo-o, você se estará liberando das dívidas, avançando, portanto, na direção da paz plena e total.

Marco Prisco por Divaldo Franco do livro:
Momentos de Decisão

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sábado, 2 de agosto de 2025

Rogativas

Rogativas

André Luiz



Na oração, pede você um raio de luz, esquecendo, quase sempre, que tem ao seu dispor o Foco Solar para você cumprir os Sublimes Desígnios.

Seu espírito suplica uma réstia de amor e, em torno, a Humanidade aguarda a manifestação da sua capacidade de amar.

Roga você a concessão de encargos que o habilitem a colaborar com a Sabedoria Divina e olvida que milhões de seres estão à espera de sua disposição de servir, em nome do Pai Celestial.

Seu coração reclama sinais do céu, e, enquanto o Sábio dos Sábios manda colorir flores e horizontes para seus olhos, você procura vãos entretenimentos e nada vê.

Você exige justiça para seus casos pessoais e diariamente complica situações e problemas, sem reparar que a Harmonia Suprema retifica sempre, ao redor de seus pés, por intermédio da dor e da morte.

Você deseja oportunidades de crescimento e ascensão na espiritualidade superior, mas frequentemente foge aos degraus do esforço laborioso e humilde de cada dia, concedidos a você pela Infinita Bondade, a título de misericórdia.

Se está sempre rogando felicidade eterna, recusando os recursos para adquiri-la, que espera você para o caminho?

André Luiz por Chico Xavier do livro:
Agenda Cristã

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sexta-feira, 1 de agosto de 2025

Desconfiança

Desconfiança

Joanna de Ângelis



Certamente, um coração que pulsa com equilíbrio é resultado 
de uma consciência pacificada.

Para que tal ocorra é indispensável que o homem adquira a sabedoria da confiança.

Graças a ela, goza de tranquilidade íntima, agindo com inteireza moral e sem qualquer prevenção.

A confiança deflui de uma atitude sempre positiva em relação à vida, à criatura em si mesma e ao próximo.

Educando-se a vontade e corrigindo-se a óptica para melhor observar os acontecimentos, logra-se adquirir a confiança pessoal que é uma forma de segurança de conduta, elegendo o que fazer, como realizá-lo e para que executá-lo.

*

A desconfiança grassa entre os homens com ou sem motivo que a justifique.

Gera desconforto e mal-estar, armando indivíduos uns contra os outros, dando margem a suspeitas infundadas e a ódios que se instalam, prejudiciais.

Quem padece o mal da desconfiança, apresenta-se instável, arredio, caindo em alienações que estiolam a alegria de viver.

*

Se alguém age mal em relação a ti, ele é quem deve estar inquieto.

Se outrem te prejudica, propositadamente, o drama deve ser dele.

Em qualquer situação, espanca a desconfiança da tua agenda de atividade, permanecendo tranquilo e feliz.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Episódios Diários

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quinta-feira, 31 de julho de 2025

Evocações do passado

Evocações do passado

Camilo


"Não é, então, quimérica a teoria das ideias inatas?"

"Não; os conhecimentos adquiridos em cada existência não mais se perdem. Liberto da matéria, o Espirito sempre os tem presentes. Durante a encarnação, esquece- os em parte, momentaneamente; porém, a intuição que deles conserva lhe auxilia o progresso. Se não fosse assim, teria que recomeçar constantemente. Em cada nova existência, o ponto de partida, para o Espírito, é o em que, na existência precedente, ele ficou." (O Livro dos Espíritos, parte 2ª, cap. IV, pergunta 218-a) 

Nas linhas da convivência social, nos labores e atividades domésticas ou nos instantes de ensimesmamentos, encontramos situações variadas em que ocorrem inserções dos resíduos do passado reencarnatório do indivíduo nas malhas do psiquismo atual. 

Complexos processos de ativação e reativação psíquicas fazem desbordar, vez que outra, antigas memórias, reminiscências que se emaranham na tecedura dos reflexos atuais, alterando por momento ou por demorados períodos os contornos da personalidade. 

Ora o indivíduo sente-se superior aos que o cercam, ainda que experiencie as horas do rebaixamento social. Doutras vezes atribui-se, no íntimo ou nas expressões externas, riquezas e poderio, mesmo quando esteja nas alas da mendicância material. Levados em conta os casos de desequilíbrios mentais, que suscitam fantasias de variado porte, tanto quanto as situações em que o egoísmo alimentado traveste-se de vaidade aterradora, estaremos diante de sérios quadros a reclamar os devidos cuidados. 

Vezes inúmeras, o efeito de certas substâncias químicas, que tenham o condão de penetrar as profundidades anímicas do ser, permite aflorar velhas inclinações ou disposições, ainda quando sob cautelosa assistência de facultativos.

Algumas paisagens, diálogos específicos, aborrecimentos sutis ou fortes, encontros ou reencontros com determinadas pessoas, o uso dessa ou daquela indumentária, certos paladares ou aromas, sob injunção obsessiva externa ou em processos espontâneos da própria alma podem propiciar a eclosão de recordações que nem sempre são devidamente detectadas para que se dê o necessário atendimento.

Na maioria das ocasiões, ninguém se apercebe desses "mergulhos" no pretérito. Em outras, a situação é considerada como de outra procedência, deixando-se de atinar para a possibilidade do intercurso do passado no presente do indivíduo encarnado.

Eis quando podemos compreender que a cortina que separa o pretérito da atualidade do Espírito é por demais tênue, aguardando maiores e melhores estudos por parte dos que se dedicam a tal mister, seja na área da Psicologia, da Psiquiatria, da Educação ou de outras ciências correlatas.

Quando certas fixações se insurgirem na tua mente com teimosia; quando sentimentos paradoxais te visitarem o âmago; quando esse ou aquele uso revolver determinadas sensações que nada tenham que ver com a tua realidade de agora ou quando perceberes alterações comportamentais típicas de transtornos da personalidade, será tempo de insistires mais na oração; será tempo de te socorreres com a fluidoterapia espírita, com vistas a minorar ou eliminar o problema, antes que sejam geradas situações mais conflitantes, mais complexas, mais graves.

Em qualquer circunstância, torna-se necessário e inevitável buscar em Jesus a fonte de equilíbrio na qual dessedentaremos a alma sequiosa de estabilidade e de paz. A Ele volvamos com devotamento, entregando-Lhe a própria personalidade, a fim de que, a cada dia, embora o ontem se infiltre nas paisagens do hoje, caminhemos resolutos e nobres para a luz que brilha adiante, preparando-nos radioso amanhã.

Camilo por J. Raul Teixeira do livro:
Correnteza de Luz

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Os Médiuns e os Grupos

Os Médiuns e os Grupos

Gabriel Delanne / Gabriel Bourniquel



Os fatos são mais úteis, mesmo quando contestados, do que as teorias dadas, mesmo quando defendidas. (Homphry Davy)
O público, mais inclinado à crítica do que ao estudo, é composto da imensa massa de ignorantes que forma em todos os países uma maioria considerável. Tal pontífice, que condena sem remissão os fatos que lhe são completamente estranhos, não poderia ter uma opinião pessoal e se, numa manhã, ele não tiver tido tempo de ler o jornal, ei-lo totalmente desamparado, incapaz de saber o que deve pensar sobre os acontecimentos do dia. Ora, como a maioria dos jornais não mostra mais que ignorância e incompetência, tem-se que a opinião pública é completamente distorcida a respeito de questões das mais importantes. Então, critica-se o espiritismo; e criticar-se-á por muito tempo ainda, sem que se procure compreendê-lo; folheam-se alguns livros, algumas revistas, enche-se o cérebro de teorias mal assimiláveis; fica-se, assim, livre da reflexão, mas conserva-se o direito de discutir, de negar, de censurar e com base em conclusões dadas por elucubrações de algumas pessoas que não são lá muito sérias; ao passo que seus fundamentos verdadeiros se encontram em trabalhos de pensadores eminentes: Allan Kardec, W. Crookes, Wallace, Lodge, Myers, Hodgson, Hyslop, Zôllner, etc...

Esses homens estavam bem longe de ter a fé – aquela que cega. Ao contrário, todos eles foram, a princípio, energicamente desfavoráveis e foi somente depois de 20 ou 25 anos de pesquisas pessoais (exemplo: Lodge) que eles formularam sua opinião, despojaram suas armas, se deram por vencidos em termos definitivos. Os fenômenos mais importantes, os mais indiscutíveis, foram obtidos por esses intelectuais no início estranhos ou hostis e finalmente convertidos ao espiritismo. Esses homens, classificados de apóstolos, dados por dogmáticos, o foram muito menos na afirmação que seus adversários na negação. Eles tinham o direito de afirmar, porque eles sabiam, enquanto que os outros não tinham o direito de negar, porque ignoravam.

Qual poderia ser, então, o valor de argumentos de um Maeternlinck entendendo que não se encontra na revelação dos espíritos nada que permita que se creia em sua realidade? De que peso pode ser a opinião de outros personagens também incompetentes, porém de menor envergadura, os quais “veem nos ditos espíritos apenas dejetos, tipos de cascas astrais que, depois da morte, realizam inversa e paralelamente o processo de formação embrionária que se desenvolve desde nosso nascimento e que é agora um fenômeno de decomposição. O grande erro da hipótese espírita ortodoxa, diz-se ainda, é o de querer prolongar no além a ilusão de nossa individualidade, de nosso pequeno eu que é em si uma deficiência e uma limitação.

Vá se situar em tal padecimento!

Nós não vemos com bons olhos a recusa em crer nos espíritos, mas admitimos sem esforço as cascas astrais; esse “processo inverso e paralelo” aparece tão límpido quanto a famosa luta de negros num túnel e o debate não consegue vencer na claridade. Que um cético “prefira se sentir à vontade em um grande Todo do que desconfortável no grande erro espírita”, isso é por conta dele. Mas, a princípio, não é certo que tenhamos escolha.

Quanto a dizer que os espíritas “querem prolongar no além a ilusão de sua individualidade”, o fazem a fundo perdido; é o que eles mais querem. Eles constatam simplesmente uma verdade que se torna a cada dia mais evidente à medida que o campo de seu conhecimento aumenta pela experimentação.

É, de fato, pela experimentação que se deve estudar o espiritismo.

Não é necessário o uso de aparelhos complicados, mas um instrumento humano, o MÉDIUM, que é um ser difícil de encontrar, mais difícil ainda de manejar, geralmente suscetível e sensível. É preciso perdoar quaisquer pequenos defeitos, lembrando da espécie falha da qual ele faz parte e à qual todos pertencemos.

O médium é dotado de uma faculdade particular que lhe permite, pela exteriorização de sua energia psíquica, conhecer alguns fatos passados, presentes ou futuros; entretanto, não todos, pois no que se relata a ele há particularidades que, evidentemente, não puderam vir a sua consciência pela via dos sentidos, mesmo hiperestesiados.

E, como em inúmeros casos nem a hipótese telepática, nem a da clarividência ou do subconsciente podem ser invocadas, chega-se à obrigação – absurda, se assim se quiser dizer, mas inevitável – de admitir a intervenção de uma inteligência estranha a sua e à humanidade viva.

Sim, está fora de questionamento o fato de que os médiuns, especialmente predispostos por natureza e constituição, possam servir de intermediários entre os vivos e as entidades invisíveis que afirmam sempre, e que frequentemente provam, que elas já viveram na Terra.

Certamente os médiuns podem errar. Acontece a eles, por vezes, de dar informações incompletas, incoerentes, contraditórias; repetir histórias conhecidas ou de inventá-las em várias peças, e isso de muito boa fé.

Teremos a oportunidade de constatar o importante papel do subconsciente em algumas manifestações. Encontraremo-nos também diante de outros casos onde o subconsciente não intervém e veremos, à medida que avançarmos em nosso estudo, parte considerável de mistérios desconhecidos que ainda nos falta decifrar.

Entretanto, não se deve esquecer que, em matéria de experimentação, os resultados valem o que vale o instrumento. Cem fracassos com um médium de vigésima categoria, admitindo-se que não se trata de um sonâmbulo, não provam que o espiritismo seja uma ilusão; eles não poderiam contrabalancear os resultados obtidos por Crookes, Wallace, Lombroso e Cia; entre dez ditos médiuns há nove a serem descartados; e porque não se esteve com o décimo pode-se dizer que ele não existe? Para as pessoas que não acreditam senão nos intelectuais, torna-se uma alegria se for aquele décimo, sejam precisamente intelectuais notórios, oficiais, com aqueles que nomeamos, experimentado e consagrado por estes.

Quanto a querer opor às experiências feitas com médiuns reconhecidos experiências feitas com médiuns que não o são, é um controle ilusório porque não se podem comparar fenômenos que não sejam da mesma ordem. Personagens fictícios, criados por autossugestão, não têm nada de comum com as verdadeiras manifestações póstumas, como demonstraremos.

Ao lado dessas dificuldades quase inevitáveis, entram em jogo outros fatores que retardam consideravelmente a marcha do espiritismo; são eles: o misticismo, a falta de senso crítico, os excessos da mediunidade mal compreendida, a rivalidade dos grupos, o abuso de experiências fúteis, as sessões obscuras, a puerilidade das manifestações, a credulidade encantada de alguns adeptos.

Todas essas pessoas são bem intencionadas, mas elas ignoram muito frequentemente os mais simples elementos da nova ciência ou os compreende mal e sua personalidade moral não absorve deles nenhum benefício. Assim que se tenta por um freio em seu ardor desordenado, elas se lançam às tolices e à vaidade. Elas aceitam o verdadeiro e o falso com o mesmo entusiasmo; elas se curvam diante da autoridade de ditos espíritos que se pretendem superiores e oniscientes, se erigem como guias infalíveis e fazem com que se cometam os piores disparates.

Outros, melhor instruídos se deixam dominar, também eles, por esses maus elementos do invisível, esquecendo os erros e as mistificações às quais se expõem aqueles que são bastante imprudentes para perder o controle de si mesmos. Sua boa fé incontestável não é suficiente para desculpá-los.

Nos grupos, encontramos pessoas de todas as condições sociais, de todos os níveis intelectuais, de todos os mundos. Na sua pressa em se comunicar com o além, eles se precipitam impulsivamente em direção a toda luz que brilha.

“Pedir ao homem, disse Renan, para adiar alguns problemas e deixar para os séculos futuros saber o que ele é, que lugar ele ocupa no mundo, qual é a causa do mundo e de si mesmo, é pedir-lhe o impossível”.

Os principais motores dessa cruzada crescente são nobres e legítimos: necessidade de conhecer o destino – necessidade de crer em uma vida futura e reparadora – necessidade de consolação.

É importante, pois, que os espíritas esclarecidos deem a sua filosofia um caráter consolador e moral e as garantias de controle sem as quais ela não teria razão de ser.

Essa missão é mais particularmente reservada aos médiuns, “esses mensageiros que, segundo Carlyle, vêm do Infinito com novidades para nós”; sua faculdade surpreendente sempre superexcitando a curiosidade do público. Gaston Méry, tendo feito um artigo sobre a senhorita Couesdon, em 14 de março de 1896, recebeu mais de mil cartas nos três dias que seguiram a publicação; segundo artigo em 20 de março: as cartas jorravam ainda mais, perguntando o nome e o endereço da vidente.

Depois, foi a vez dos jornais que, todos, publicaram entrevistas do Sr., Srª. e Senhorita Couesdon. Lord Kitchener e os negócios do Egito, Galliéni e Madagascar passaram a segundo plano e foram esquecidos por alguns dias.

Tal curiosidade constituía somente a ela um dos fenômenos psicológicos mais estranhos do século.

 Gabriel Delanne / Gabriel Bourniquel do livro:
Escutemos os mortos

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quarta-feira, 30 de julho de 2025

Querer é poder?

Querer é poder?

Pedro de Camargo (Vinícius)


A sentença supra goza, de há muito, de foros de provérbio consumado. Mas, exprimirá de fato uma verdade? Eis a questão.

A nosso ver, empregaríamos o verbo saber em lugar do verbo querer, e diríamos, então: Saber é poder.

Esta máxima é absolutamente verdadeira. Aquele que sabe pode, porém o que ignora não pode, ainda que queira. Dir-se-á, talvez: mas o querer conduz ao saber, visto como aquele que quer procura aprender para executar. Mas, nem sempre sucede assim e é justamente esse ponto que tencionamos ferir.

Há muita gente que procura com afinco realizar seu “querer”, por este ou aquele meio, desprezando precisamente o processo seguro de êxito: o saber. Daí os fracassos, o desânimo, a descrença e o pessimismo de muitos.

Jesus apresentou-se ao mundo no caráter de Mestre, e, como tal, teve discípulos. Sua missão é educadora. Remir é educar. Os que são por ele ensinados alcançam, por tal meio, a redenção. A Igreja de Jesus é uma escola. Ser cristão é matricular-se nessa escola, é tomar-se discípulo de Jesus, e aprender com ele a ciência do bem e da verdade.

Instruí-vos, moralizai-vos; tal é o lema que se deveria gravar no pórtico dos modernos templos cristãos.

“Pedis e não recebeis: não recebeis porque não sabeis pedir”, disse o Mestre.

A questão, pois, é de saber.

“Eu sou a luz do mundo — acrescentou ele —, quem me segue, não andará em trevas; pelo contrário, receberá a luz da vida. Eu não vim condenar, mas salvar o mundo. A condenação é esta: A luz veio ao mundo, e os homens amaram mais as trevas do que a luz; e isto porque eram más as suas obras. Porquanto todo aquele que pratica o mal aborrece a luz, e não vem para a luz, a fim de que suas obras não sejam arguídas.”

Como se vê, tudo se resume numa questão de luz. A condenação dos que a rejeitam consiste em permanecerem nas trevas. As trevas são o Hades. Quem vive em trevas nada pode, porque tudo ignora. Tudo ignora porque nada aprende, nada aprende porque repudia a luz que se lhe oferece. Estes tais estão por si próprios condenados.

Saber é poder, repetimos. Aquele que sabe, pode. Aquele que quer, e ignora a maneira de realizar seu “querer”, não pode coisa alguma.

O que vive na luz pode, o que vive em trevas não pode, ainda mesmo que queira. A salvação está na luz. O Cristianismo é luz. Jesus é mestre, a escola é o seu templo.

Pedro de Camargo (Vinícius) do livro:
O Mestre na Educação

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Nota: Pedro de Camargo, mais conhecido por Vinícius (pseudônimo que adotou e usou por mais de 50 anos), nasceu em Piracicaba (SP) em 7 de maio de 1878. Desde muito jovem abraçou com entusiasmo o Espiritismo, tendo fundado e dirigido em sua terra natal a instituição espírita “Fora da caridade não há salvação”. Por muitos anos presidiu também a “Sociedade de Cultura Artística”, na mesma cidade. Em 1938, mudou-se para a cidade de São Paulo, onde permaneceu até a sua desencarnação em 11 de outubro de 1966. A partir de 1949, desenvolveu, através do rádio, um programa evangélico de grande proveito para os espíritas. Teve participação destacada nos esforços em prol da unificação do Movimento Espírita Brasileiro que culminaria com a criação do Conselho Federativo Nacional (CFN). Colaborou por dezenas de anos com artigos que primavam pela essência altamente doutrinária e evangélica publicados em Reformador. (Trecho extraído do site da FEB)
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terça-feira, 29 de julho de 2025

Partindo algemas

Partindo algemas

Cairbar Schutel


— "Amai os vossos inimigos" - ensinou-nos o Excelso Mestre.

Para aqueles que recolhem o triste atestado da sobrevivência da alma no cadinho ebuliente da obsessão, semelhante afirmativa não induz ao endeusamento do irmão que se lhe considera adversário  que se acoberta por trás da fronteira de cinzas, mas expressa anseio renovador de quem despe a armadura sufocante do egoísmo e se desfaz da máscara do orgulho.

O homem que se julga invulnerável à obsessão, está a caminho dela e, nela, ambos, cordeiro e carrasco, sofrem muito, pois não há rancor feliz. Por isso mesmo a duração da influência perniciosa é sempre limitada, de vez que duas forças iguais em conflito lutam, por algum tempo, entre si, para se anularem, mutuamente, depois. Um par de dores idênticas se entende...

A paz íntima é comprada a suor.

Amar os desafetos, sem opor ódio ao ódio, é o antídoto sublime de toda influenciação nociva, no reino do espírito.

Em razão disso, visando sobretudo àqueles irmãos que padecem enceguecidos temporariamente por lágrimas dolorosas, nas algemas emocionais do sofrimento, indicamos algumas das atitudes preciosas da criatura que, além de evidenciarem vontade manifesta e interesse espontâneo de acertar, ante as leis do destino, refazem-nos, com segurança, a existência, e descerram novos roteiros de alegria e concórdia para a nossa vida, inevitavelmente conjugada à vida dos outros:

  • Não pensar mal de ninguém, em particular do desafeto desencarnado;
  • Evitar toda discussão, perdoando incondicionalmente a todos os companheiros de nossa convivência, dos quais tenhamos recebido esse ou aquele motivo de revolta ou de mágoa;
  • Ajudar a quem sofre, principalmente aos irmãos que ainda se encontram na carne, categorizados à conta de parentes, amigos e afeições, incluindo os adversários gratuitos de qualquer procedência;
  • Fazer, no campo da fraternidade entre os homens, o bem que desejamos venha a ser feito pelo companheiro ainda doente na Espiritualidade inferior;
  • Controlar as próprias reações, convicto de que apenas a nossa mente consegue dirigir os mecanismos do corpo físico;
  • Usar os recursos da prece sincera, do passe reconfortante, da água magnetizada e do culto doméstico do Evangelho, por energias superiores de sustentação moral e mental;
  • Ver o lado melhor de todos os seres e de todas as coisas, sem alimentar ideias de tristeza ou irritação, queixa ou desânimo;
  • Esforçar-se por ser humilde, reconhecendo os erros pessoais, quando eles existam, sem cultivar remorsos destrutivos, de modo a não reduzir a nossa capacidade de entender e servir, porquanto apenas no trabalho do bem acharemos caminho à própria libertação, seguindo nas pegadas do Senhor.

Cairbar Schutel por Waldo Vieira do livro:
Seareiros de Volta

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