sábado, 30 de novembro de 2019

No trânsito da vida

No trânsito da vida 

Irmão Saulo (J. Herculano Pires sob o pseudônimo de Irmão Saulo)





Emmanuel nos lembra que o trânsito da vida exige cuidado e atenção. Os sinais desse trânsito assemelham-se aos do trânsito de veículos. Quando temos pela frente o sinal verde podemos avançar tranquilos, mas nem por isso menos vigilantes. Quando surge o sinal amarelo da inquietação devemos esperar. Mas quando o sinal vermelho da impaciência nos barra violentamente o caminho só nos resta parar, olhar com atenção para os lados, examinar à frente e à retaguarda, medir nossa posição e não nos precipitarmos em protestos e reclamações. Porque o trânsito, afinal, deve ter as suas regras para que todos possam transitar em segurança. A confusão do trânsito só pode prejudicar a nós mesmos e aos outros.

Estamos no século da velocidade e não gostamos de perder tempo. Emmanuel nos adverte, porém, que a velocidade resseca as engrenagens do veículo. O guincho rascante das ferragens traduz-se em angústia e aflição quando se trata do veículo do corpo em seus atritos com os anseios da alma. Podemos cair em desequilíbrio, provocar um desastre, entregar-nos à estafa ou à perturbação. Tudo isso por falta do lubrificante da paciência que podemos obter ao bom preço de um pouco de tolerância e compreensão.

Agitamo-nos porque as horas passam depressa e a vida é curta. Mas quanto mais nos agitamos mais aceleramos as horas e encurtamos a vida. A palavra paciência tem origem na expressão latina patientia que deriva de pati, sofrer, suportar o sofrimento. Isso talvez nos ajude a compreender o seu sentido. Se não suportamos com calma o que nos faz sofrer (ou os que nos fazem sofrer) faltamos com o bom senso e com a caridade. Os que nos fazem sofrer estão sofrendo, seja por ignorância ou por maldade, e num caso como no outro temos para com eles o dever moral da fraternidade.

Não vivemos isolados, mas em sociedade, e se queremos a paz e a felicidade temos de ajudar os outros a encontrá-las. Isso não é fácil, bem o sabemos. O próprio Job, símbolo da paciência, amaldiçoou e blasfemou nas suas provas. Mas a paciência é uma conquista que temos de realizar por meio da compreensão e do amor. Quem não ama não espera e nada suporta.


J. Herculano Pires sob o pseudônimo de Irmão Saulo do livro: 
Astronautas do Além de Chico Xavier / Espíritos Diversos







sexta-feira, 29 de novembro de 2019

A presença do amor

A presença do amor

Joanna de Ângelis



O amor — alma da vida — é o hálito divino a espraiar-se em toda parte, manifestando a Paternidade de Deus.

Onde quer que se expresse, imanta quantos se lhe acercam, modificando a estrutura e a realidade para melhor.

No amor se encontram todas as motivações para o progresso, emulando ao avanço, na libertação dos atavismos que, por enquanto, predominam em a natureza humana.

Por não se identificar com o amor na sua realização incessante, a criatura posterga a conquista dos valores que a alçam à paz e a engrandecem.

Sem o amor se entorpecem os sentimentos, e a marcha da sensação para a emoção torna-se lenta e difícil.

Em qualquer circunstância o amor é sempre o grande divisor de águas.

Vivendo-o, Jesus modificou os conceitos então vigentes, iniciando a Era do Espírito Imortal, que melhor expressa todas as conquistas do pensamento.

Se te encontras sob a alça de mira de injunções dolorosas, sofrendo incompreensões e dificuldades nos teus mais nobres ideais, não te abatas, ama.

A noite tempestuosa e sombria não impede que as estrelas brilhem acima das nuvens borrascosas.

Se o julgamento descaridoso te perturba os planos de serviço, intentando descoroçoar-te, mediante o ridículo que te imponham, mesmo assim, ama.

O sarçal aparentemente amaldiçoado, no momento oportuno abre-se em flor.

Se defrontas a enfermidade sorrateira que intenta dominar as tuas forças, isolando-te no leito da imobilidade e reduzindo as tuas energias, renova-te na prece e ama.

O deserto de hoje foi berço generoso de vida e pode, de um momento para outro, sob carinhoso tratamento, reverdecer-se e florir.

O amor é bênção de que dispões em todos os dias da tua vida para avançares e conquistares espaços no rumo da evolução.

Não te canses de amar, sejam quais forem as circunstâncias por mais ásperas se te apresentem. 

A Doutrina de Jesus, ora renascida no pensamento espírita, é um hino-ação de amor, assinalando a marcha do futuro através das luzes da razão unida à fé em consórcio de legítimo amor.



Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro: Viver a Amar




quinta-feira, 28 de novembro de 2019

Ajude sempre


Ajude sempre

André Luiz




Diante da noite, não acuse as trevas. Aprenda a fazer lume.

Em vão condenará você o pântano. Ajude-o a purificar-se.

No caminho pedregoso, não atire calhaus nos outros. Transforme os calhaus em obras úteis.

Não amaldiçoe o vozerio alheio. Ensine alguma lição proveitosa, com o silêncio.

Não adote a incerteza, perante as situações difíceis. Enfrente-as com a consciência limpa. Debalde censurará você o espinheiro. Remova-o com bondade.

Não critique o terreno sáfaro. Ao invés disso, dê-lhe adubo.

Não pronuncie más palavras contra o deserto. Auxilie a cavar um poço sob a areia escaldante. Não é vantagem desaprovar onde todos desaprovaram.

Ampare o seu irmão com a boa palavra.

É sempre fácil observar o mal e identificá-lo. Entretanto, o que o Cristo espera de nós outros é a descoberta e o cultivo do bem para que o Divino Amor seja glorificado.


André Luiz por Chico Xavier do livro: Agenda Cristã



quarta-feira, 27 de novembro de 2019

Reflexões sobre a calúnia

Reflexões sobre a calúnia

Joanna de Ângelis



Ninguém passa pela jornada terrestre sem experimentar o cerco da ignorância e da imperfeição humana.

Considerado como planeta-escola, o mundo físico é abençoado reduto de aprendizagem, no qual são exercitados os valores que dignificam, em detrimento das heranças ancestrais que assinalam o passado de todas as criaturas, no seu penoso processo de aquisição da consciência.

Herdando as experiências transatas nos seus conteúdos bons e maus, por um largo período predominam aqueles de natureza primitiva, por estarem mais fixados nos painéis dos hábitos morais, mantendo os instintos agressivos-defensivos que se vão transformando em emoções, prioritariamente egoicas, em contínuos conflitos com o Si-mesmo e com todos aqueles que fazem parte do grupo social onde se movimentam. Inevitalmente, as imposições inferiores são muito mais fortes do que aquelas que proporcionam a ascensão espiritual, liberando o orgulho, a inveja, o ressentimento, a agressividade, o despotismo, a perseguição, a mentira, a calúnia e outros perversos comportamentos que defluem do ego atormentado.

Toda vez, quando o indivíduo se sente ameaçado na sua fortaleza de egotismo pelos valores dignificantes do próximo, é dominado pela inveja e investe furibundo, atacando aquele que supõe seu adversário.

Porque ainda se compraz na situação deplorável em que se estorcega, não deseja permitir que outros rompam as barreiras que imobilizam as emoções dignas e os esforços de desenvolvimento espiritual, assacando calúnias contra o inimigo,gerando dificuldades ao seu trabalho, criando desentendimentos em sua volta, produzindo campanhas difamatórias, em mecanismos de preservação da própria inferioridade.

Recusando-se, consciente ou inconscientemente, a crescer e igualar-se àqueles que estão conquistando os tesouros do discernimento, da verdade, do bem, transforma-se, na ociosidade mental e moral em que permanece, em seu cruel perseguidor, não lhe dando trégua e retroalimentando-se com a própria insânia.

Torna-se revel e não aceita esclarecimento, não admitindo que outrem se encontre em melhor situação emocional do que ele, que se autovaloriza e se autopromove, comprazendo-se em persegui-lo e em malsiná-lo.

Ninguém consegue realizar algo de enobrecido e dignificante na Terra sem sofrer-lhe a sanha, liberando a inveja e o ciúme que experimenta quando confrontado com as pessoas ricas de amor e de bondade, de conhecimentos e de realizações edificantes.

A calúnia é a arma poderosa de que se utilizam esses enfermos da alma, que a esgrimem de maneira covarde para tisnar a reputação do seu próximo, a quem não conseguem equiparar-se, optando pelo seu rebaixamento, quando seria muito mais fácil a própria ascensão no rumo da felicidade.

A calúnia, desse modo, é instrumento perverso que a crueldade dissemina com um sorriso e certo ar de vitória, valendo-se das imperfeições de outros cômpares que a ampliam, sombreando a estrada dos conquistadores do futuro.

Nada obstante, a calúnia é também uma névoa que o sol da verdade dilui, não conseguindo ir além da sombra que dificulta a marcha e das acusações aleivosas que afligem a quem lhe ofereça consideração e perca tempo em contestá-la.

* * *

Nunca te permitas afligir, quando tomes conhecimento das acusações mentirosas que se divulgam a teu respeito, assim como de tudo quanto fazes.

Evita envenenar-te com os seus conteúdos doentios, não reservando espaço mental ou emocional para que se te fixem, levando-te a reflexões e análises que atormentam pela sua injustiça e maldade.

Se alguém tem algo contra ti, que se te acerque e exponha, caso seja honesto.

Se cometeste algum erro ou equívoco que te coloque em situação penosa e outrem o percebe, sendo uma pessoa digna, que se dirija diretamente a ti, solicitando esclarecimentos ou oferecendo ajuda, a fim de que demonstre a lisura do seu comportamento.

Se ages de maneira incorreta em relação a outrem e esse experimenta mal-estar e desagrado, tratando-se de alguém responsável, que te procure e mantenha um diálogo esclarecedor.

Quando, porém, surgem na imprensa ou nas correspondências, nas comunicações verbais ou nos veículos da mídia, acusações graves contra ti,sem que antes haja havido a possibilidade de um esclarecimento de tua parte, permanece tranquilo, porque esse adversário não deseja informações cabíveis, mas mantém o interesse subalterno de projetar a própria imagem, utilizando-se de ti...

Quando consultado pelos iracundos donos da verdade e policiais da conduta alheia com a arrogância com que se comportam, exigindo-te defesas e testemunhos, não lhes dês importância, porque o valor que se atribuem, somente eles mesmos se permitem...

Não vives a soldo de ninguém e o teu é o trabalho de iluminação de consciências, de desenvolvimento intelecto-moral, de fraternidade e de amor em nome de Jesus, não te encontrando sob o comando de quem quer que seja. Em razão disso, faculta-te a liberdade de agir e de pensar conforme te aprouver, sem solicitar licença ou permissão de outrem.

Desde que o teu labor não agride a sociedade, não fere a ninguém, antes, pelo contrário, é de socorro a todos quantos padecem carência, continua sem temor nem sofrimento na realização daquilo que consideras importante para a tua existência.

Desmente a calúnia mediante os atos de bondade e de perseverança no ideal superior do Bem.

Somente acreditam em maledicências, aqueles que se alimentam da fantasia e da mentira.

Alegra-te, de certo modo, porque te encontras sob a alça-de-mira dos contumazes inimigos do progresso

Todos aqueles que edificaram a sociedade sob qualquer ângulo examinado, padeceram a crueza desses Espíritos infelizes, invejosos e insensatos.

Criando leis absurdas para aplicarem-nas contra os outros, estabelecendo dogmas e sistemas de dominação, programando condutas arbitrárias e organizando tribunais perversos, esses instrumentos do mal, telementalizados pelas forças tiranizantes da erraticidade inferior, tornaram-se em todas as épocas inimigos do progresso, da fraternidade que odeiam, do amor contra o qual vivem armados...

Apiada-te, portanto, de todo aquele que se transforme em teu algoz, que te crie embaraços às realizações edificantes com Jesus, que gere ciúmes e cizânia em referência às tuas atividades, orando por eles e envolvendo-te na lã do Cordeiro de Deus, sedo compassivo e misericordioso, nunca revidando-lhes mal por mal, nem acusação por acusação...

A força do ideal que abraças, dar-te-á coragem e valor para o prosseguimento do serviço a que te dedicas, e quanto mais ferido, mais caluniado, certamente mais convicto da excelência dos teus propósitos, da tua vinculação com o Sumo Bem.

* * *

Como puderam, aqueles que conviveram com Jesus, recusar-Lhe o apoio, a misericórdia, a orientação?

Após receberem ajuda para as mazelas que os martirizavam, como é possível compreender que, dentre dez leprosos, somente um voltou para agradecer-Lhe?

Como foi possível a Pedro, que era Seu amigo, que O recebia no seu lar, que convivia em intimidade com Ele, negá-lO, não uma vez, mas três vezes sucessivas?!

...E Judas, que O amava, vendê-lO e beijá-lO a fim de que fosse identificado pelos Seus inimigos naquela noite de horror?!

Sucede que o véu da carne obnubila o discernimento mesmo em alguns Espíritos nobres, e as injunções sociais, culturais, emocionais, neles produzem atitudes desconcertantes, em antagonismos terríveis às convicções mantidas na mente e no coração.

Todos os seres humanos são frágeis e podem tornar-se vítimas de situações penosas.

Assim, não julgues a ninguém, entregando-te em totalidade Àquele que nunca Se enganou, jamais tergiversou, e deu-Se em absoluta renúncia do ego, para demonstrar que é o Caminho da Verdade e da Vida.



Joanna de Angelis
Mensagem psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco,na manhã de 29 de outubro de 2010, na Mansão do Caminho, em Salvador, Bahia.





terça-feira, 26 de novembro de 2019

Na obra de salvação

Na obra de salvação

Emmanuel



“Porque Deus não nos tem designado para a ira, mas para a aquisição da salvação por Nosso Senhor Jesus Cristo.” - Paulo (I Tessalonicenses, 5:9)


Por que não somos compreendidos?

Por que motivo a solidão nos invade a existência?

Por que razões a dificuldade nos cerca?

Por que tanta sombra e tanta aspereza, em torno de nossos passos?

E a cada pergunta, feita de nós para nós mesmos, seguem-se, comumente, o desespero e a inconformação, reclamando, sob os raios mortíferos da cólera, as vantagens de que nos sentimos credores.

Declaramo-nos decepcionados com a nossa família, desamparados por nossos amigos, incompreendidos pelos companheiros e até mesmo perseguidos por nossos irmãos.

A intemperança mental carreia para nosso íntimo os espinhos do desencanto e os desequilíbrios orgânicos inabordáveis, transformando-nos a existência num rosário de queixas preguiçosas e enfermiças.

Isso, porém, acontece porque não fomos designados pelo Senhor para o despenhadeiro escuro da ira e sim para a obra de salvação.

Ninguém restaura um serviço sob as trevas da desordem.

Ninguém auxilia ferindo sistematicamente, pelo simples prazer de dilacerar.

Ninguém abençoará as tarefas de cada dia, amaldiçoando-as, ao mesmo tempo.

Ninguém pode ser simultaneamente amigo e verdugo.

Se tens notícia do Evangelho, no mundo de tua alma, prepara-te para ajudar, infinitamente...

A Terra é a nossa escola e a nossa oficina.

A Humanidade é a nossa família.

Cada dia é o ensejo bendito de aprender e auxiliar.

Por mais aflitiva seja a tua situação, ampara, sempre, e estará agindo no abençoado serviço de salvação a que o Senhor nos chamou.

Emmanuel por Chico Xavier do livro: Fonte Viva




segunda-feira, 25 de novembro de 2019

Itens da paz

Itens da paz

André Luiz




Aflição perante desastres iminentes?
Talvez não aconteça.

Contrariedades e contratempos?
Quase sempre são medidas da espiritualidade Superior livrando-lhe o coração de males maiores.

Desgostos de longo alcance?
Oportunidade de revisão de nosso próprio comportamento.

Injúrias e perseguições?
Os que agravam o próximo são doentes necessitados de internação na clínica do silêncio e da prece.

Preterições?
Compadeça-se dos que se dispõe a tomar o direito dos outros, porque ignoram os problemas que serão compelidos a enfrentar.

Erros nossos?
Ensejo bendito de corrigenda em nós por nós mesmos.

Faltas ou quedas de entes queridos?
Respeitemos as experiências deles, reconhecendo que estamos à frente de nossas próprias lições.

Dificuldades?
A provação é o metro de avaliação de nossa própria fé.

Moléstias físicas?
Pausas para iluminação e refazimento da vida Espiritual.

Profecias inquietantes?
Reflitamos: O Sol que se levantou ontem pela misericórdia de Deus, pela misericórdia de Deus brilhará para nós também hoje.



André Luiz por Chico Xavier do livro: Respostas da Vida





domingo, 24 de novembro de 2019

Agradece

Agradece

Meimei



Agradece as mãos que te constroem a existência, decorando-a com as tintas da alegria e da esperança, mas endereça os teus pensamentos de gratidão àquelas outras que te ferem com os espinhos da incompreensão, ensinando-te a conviver e a servir.

Agradece as vozes que te embalam os anseios, entretecendo hinos de paz e amor com que te inspiram as melhores realizações, no entanto, envia as tuas vibrações de reconhecimento àquelas outras que te exageram essa ou aquela falha, induzindo-te a compreender e a perdoar.

Agradece aos amigos que te proporcionam mesa farta, impulsionando-te a pensar na abastança da Terra, mas não recuses respeito àqueles que, em algum tempo, te sonegaram o pão, levando-te a prestigiar a fraternidade e a beneficência.

Agradece aos irmãos que te reconhecem a nobreza de sentimentos, louvando-te o trabalho, entretanto, não olvides o apreço que se deve àqueles outros que te menosprezam, auxiliando-te a descobrir os tesouros da humildade e da tolerância.

Certa feita, um pedaço de carbono sumido no monturo pediu a Deus o levasse para a superfície da Terra, a fim de ser mais útil. O Supremo Senhor ouviu-lhe a súplica e determinou fosse ele detido no subsolo para a devida maturação. 

O minério humilde aceitou a resposta e permaneceu na clausura, por séculos e séculos, suportando a química da natureza com o assalto constante dos vermes que habitavam o chão.

Chegou, por fim, o tempo em que o Criador mandou arrancá-lo para atender-lhe aos ideais. Instrumentos de perfuração exumaram-no a golpes desapiedados e o lapidário cortou-lhe o corpo, de vários modos, em minucioso burilamento.

Mas quando o carbono sublimado surgiu, de todo, aos olhos do mundo, Deus o havia transformado no brilhante, que passou a brilhar, entre os homens, parecendo uma flor do arco-íris com o fulgor das estrelas.


Meimei por Chico Xavier do livro: Amizade





sábado, 23 de novembro de 2019

Reequilíbrio

Reequilíbrio

Emmanuel



A palavra tratamento, numa de suas mais justas acepções, significa processo de cura.

E existem tratamentos de vários modos.

Quando sofremos, por exemplo, os prejuízos da ignorância, buscamos o apoio da escola para que a instrução nos felicite com a luz do discernimento.

No dia da enfermidade, é forçoso recorrer à ciência médica, que se expressará em teu favor, através de medidas socorristas diversas.

Na solução de necessidades primárias da vida orgânica, quanto mais alto o gabarito da educação, mais imperioso se torna o concurso especializado. Daí os quadros crescentes de higienistas, odontólogos, enfermeiros e assistentes sociais.

Ocorre o mesmo no reino do espírito, quanto a cura da alma.

Antes da reencarnação, a criatura que se vê defrontada por obrigações de resgate e reajuste, é levada espontaneamente ou não a renascer, junto dos companheiros de antigas faltas, a fim de granjear os recursos indispensáveis á própria quitação diante da Lei.

Por essa razão, verificarás que não é difícil amar a humanidade em seu conjunto, mas nunca fácil harmonizar-se na organização doméstica, onde a vida nos transforma, transitoriamente, em instrutores particularizados uns dos outros. É que o lar ou grupo de serviço, nas teias da consanguinidade ou da vivência, se erigem como sendo escolas de emenda, institutos de reabilitação ou pequenos sanatórios do sentimento - pontos-chaves do processo para cada um de nós - portanto, em casa ou no círculo íntimo, encontramos o lugar certo para o encontro exato com os parceiros difíceis de outros tempos, junto dos quais, durante o período da reencarnação, adquiriremos o tratamento espiritual que nos é indispensável à conquista do amor, a única força capaz de assegurar-nos a ascensão para a vida eterna.


Emmanuel por Chico Xavier do livro: Paz e Renovação




sexta-feira, 22 de novembro de 2019

Sempre juntos

Sempre juntos

Bezerra de Menezes



...estamos, como sempre juntos, na mesma faixa de ideal e serviço.

...cada um de nós significa determinado problema para o Eterno Amigo.

E, à frente uns dos outros, que a prece se nos faça luz no caminho, a fim de que saibamos encontrar, cada dia, o rumo certo e nele permanecer, buscando os desígnios do Senhor, acima dos nossos.

Mensagem recebida em 11.09.1971

Bezerra de Menezes por Chico Xavier do livro:
Bezerra, Chico e você

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quinta-feira, 21 de novembro de 2019

Fruto e exemplo

Fruto e exemplo

Emmanuel



Revela-se a árvore na gleba em que se desenvolve por valioso conjunto de utilidades, quais sejam:
  • A seiva de que se nutre;
  • As frondes que albergam ninhos;
  • A flor que perfuma;
  • A sombra que ameniza;
  • O aspecto que balsamiza;
  • O lenho que reaquece.
Todavia, se não estende o fruto que lhe assinala a espécie, no socorro às criaturas que lhe observam o crescimento, terá desertado do objetivo fundamental a que se destina, reprovando a si mesma na solidão e na esterilidade.

Assim também o homem, no campo da luta em que se estagia, destaca-se por toda uma equipe de qualidades que lhe marcam a rota, como sejam:
  • A força com que se eleva;
  • A inteligência com que domina;
  • As ligações afetivas com que se associa a outros seres;
  • O ideal que se inflama;
  • O verbo que o manifesta;
  • A compreensão com que se orienta;
  • O entusiasmo de sonhar e realizar que lhe distingue os impulsos.
Entretanto, se foge à ação construtiva do exemplo nobre com que se exprimirá no edifício do progresso de todos, em favor dos irmãos que lhe buscam inspiração e modelo, em verdade terá perdido o ensejo divino para que foi trazido à existência, sentenciando-se à frustração.

No reino vegetal, todo o paciente esforço da árvore, sob o império das estações, tende à produção do fruto com que se desincumbirá do compromisso máximo, à frente da natureza; e no campo humano todas as atividades laboriosas do espírito, sob o domínio da experiência, visam à demonstração do exemplo renovador com que enriquecerá a economia da vida, através dos valores físicos ou espirituais.

Vigiemos as nossas próprias ações no santuário das horas de cada dia, porque para todos nós prevalece o aviso de Jesus quando asseverou, convincente:
- "Pelos frutos conhecê-los-eis."
Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Plantão da Paz 

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quarta-feira, 20 de novembro de 2019

Hábito da solidariedade

Hábito da solidariedade

Joanna de Ângelis



Por mais te encontres cansado não te eximas de ser solidário com alguém.

Talvez o problema do outro, aquele que te procura, seja menor do que o teu.

Para ele, no entanto, por que se afigura muito grave, assim se faz.

As tuas experiências de fé dão-te real dimensão de inúmeras ocorrências, e por isto podes ajudar mais com menos desgaste de forças e emoções.

Quem percorre um trecho de estrada tem condições de apresentar notícias daquele caminho.

Experiência é rota que cada qual deverá vencer mesmo que a grande esforço.

A solidariedade, por isso mesmo, é pão de empréstimo, de que sempre o doador necessitará.

Ninguém a pode prescindir, por mais que se pretenda isolar do convívio com o seu próximo.

Na vida de todas as criaturas um momento surge em que a solidariedade se faz imperiosa, como socorro salvador.

*

Fazer ou deixar de fazer o bem é efeito natural da fé que se mantém, definindo-lhe a qualidade, cuja ação se transforma em hábito, que se incorpora à natureza, à personalidade de cada um.

Quem se não acostuma a doar, nunca dispõe de oportunidade para auxiliar, encontrando motivos injustificáveis para recusar-se.

Aquele que se aclimata ao trabalho solidário, sempre dispõe de tempo e recursos para fazê-lo.

Os desocupados e indiferentes estão sempre muito cheios de horas vazias para tentar preencher algum espaço, por isso não dispõem de tempo para nada.

Vivem extenuados pela inutilidade e pessimismo.

§

Apura a tua percepção e verificarás que os lamentos demasiados nem sempre decorrem da enfermidade ou do problema que se tem, mas da necessidade de chamar a atenção, requerendo apoio e amizade.

Há muita carência, no mundo, sendo, entretanto, a mais grave e urgente, a de afeto, de interesse humano.

A questão assume tão grave proporção que, não raro, quando alguém se preocupa com outrem e dá-lhe assistência, os sentimentos de um ou de ambos perturbam-se, dando origem a desvios da fraternidade, tombando-se em delíquios morais, que mais agravam as circunstâncias e as dificuldades.

Mantém o hábito da solidariedade sem exigência ou solicitação alguma.

Ajuda, portanto, sem vinculação servil, a fim de permaneceres livre, no amor e na ação solidária, crescendo para Deus ao lado do teu próximo necessitado, necessitados que somos, quase todos, da divina solidariedade.


Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro: Alerta