domingo, 30 de junho de 2019
sexta-feira, 28 de junho de 2019
Em nossa marcha
Em nossa marcha
Emmanuel
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Jesus e Bartimeu |
“Perguntou-lhe Jesus: — Que queres que eu faça?” (Marcos,10:51)
Cada aprendiz em sua lição.
Cada trabalhador na tarefa que lhe foi cometida.
Cada vaso em sua utilidade.
Cada lutador com a prova necessária.
Assim, cada um de nós tem o testemunho individual no caminho da vida.
Por vezes, falhamos aos compromissos assumidos e nos endividamos infinitamente, No serviço reparador, todavia, clamamos pela misericórdia do Senhor, rogando-lhe compaixão e socorro.
A pergunta endereçada pelo Mestre ao cego de Jericó é, porém, bastante expressiva.
“Que queres que eu faça?”
A indagação deixa perceber que a posição melindrosa do interessado se ajustava aos imperativos da Lei.
Nada ocorre à revelia dos Divinos Desígnios.
Bartimeu, o cego, soube responder, solicitando visão. Entretanto, quanta gente roga acesso à presença do Salvador e, quando por ele interpelada, responde em prejuízo próprio?
Lembremo-nos de que, por vezes, perdemos a casa terrestre a fim de aprendermos o caminho da casa celeste; em muitas ocasiões, somos abandonados pelos mais agradáveis laços humanos, de maneira a retornarmos aos vínculos divinos; há épocas em que as feridas do corpo são chamadas a curar as chagas da alma, e situações em que a paralisia ensina a preciosidade do movimento.
É natural peçamos o auxílio do Mestre em nossas dificuldades e dissabores; entrementes, não nos esqueçamos de trabalhar pelo bem, nas mais aflitivas passagens da retificação e da ascensão, convictos de que nos encontramos invariavelmente na mais justa e proveitosa oportunidade de trabalho que merecemos, e que talvez não saibamos, de pronto, escolher outra melhor.
Emmanuel por Chico Xavier do livro: Fonte Viva
quinta-feira, 27 de junho de 2019
Doação esquecida
Doação esquecida
Valérium
O homem desencarnou suplicando a assistência de que necessitava...
Possuía fortuna...
Contava com amigos numerosos...
Desfrutava a máxima consideração social...
Apoiava-se em excelente grupo doméstico...
Entesourara primorosa cultura...
Experimentara terapias diversas...
Residia em confortável mansão...
Efetuara muitas viagens de recreio e de cura...
Movimentava largos cabedais de influência...
Entretanto, o pobre companheiro provocou a própria morte, pedindo socorro...
E tão só no Mais Além ficou registrado que o irmão menos feliz se rendera a semelhante violência contra si mesmo pela falta de coragem de ser como a vida lhe pedia que fosse e de aceitar as circunstâncias da existência que a Eterna Sabedoria lhe confiara para que realizasse, no mundo, o melhor que poderia fazer...
Amigo, em suas boas obras, inclua o donativo quase sempre esquecido da coragem, porque milhares de companheiros nossos na Terra aguardam, ansiosamente, o apoio da esperança, a fim de que possam aprender a trabalhar, lutar e viver.
Valérium por Chico Xavier do livro: Irmãos Unidos
quarta-feira, 26 de junho de 2019
Pequeno decálogo do serviço espiritual
Pequeno decálogo do serviço espiritual
André Luiz
- SE procuras materializar o espírito, espiritualiza a matéria.
- SE desejas aumentar o uso da alma, diminui o uso da carne.
- SE buscas receber, aprende também a dar de ti mesmo.
- SE pretendes encontrar a luz, foge à sombra.
- SE buscas verdadeiramente o bem, evita o mal.
- SE aspiras a integração com a Verdade, abstém-te da fantasia.
- SE julgas privilégio desagradável nos outros, não reclames prerrogativas ao teu círculo pessoal.
- SE esperas realização nobre, não olvides o trabalho incessante, a persistência no bem, o estudo edificante, a sementeira benéfica e o serviço desinteressado aos semelhantes.
- SE aguardas a revelação dos Céus, revela-te com humildade diante do Senhor e diante de teus irmãos, com espírito de reconstrução do próprio destino.
- SE buscas a benção consoladora na Doutrina dos Espíritos, sob a inspiração de Jesus, nosso Mestre e Senhor, traze com alegria o Espiritismo por fora, mas não te esqueças de conservar o Evangelho por dentro.
André Luiz por Chico Xavier do livro: Relicário de Luz
terça-feira, 25 de junho de 2019
Aplicação Espírita
Aplicação Espírita
Emmanuel
Tudo aquilo que podemos nomear, como sendo a grandeza da civilização, é conjunto de planos experimentados.
Educação, ciência, economia e indústria demonstram isso.
Diretrizes modernas do ensino nasceram no pensamento de orientadores que alentam a instrução na Terra; substancializadas pelos professores que lhes hipotecaram confiança, patrocinam agora a generalização da cultura.
Antibióticos eram projetos estanques nas cogitações das autoridades que se dedicam à saúde humana; fabricados pelos cientistas que lhes conferiram o crédito necessário, são hoje o amparo à existência de milhões de pessoas.
Aproveitamentos de áreas desérticas foi simples ideia na cabeça de estudiosos, preocupados em melhorar as condições do povo; utilizada pelos técnicos que lhe consagraram atenção, aumentou recursos e provisões, em benefício da Humanidade.
O automóvel, a princípio, reduzia-se a esboços traçados pelas inteligência, interessadas na solução ao problema das distâncias no mundo; executados por obreiros do progresso que lhes empenharam a própria ação, transfiguraram-se na máquina que atualmente promove a aproximação dos homens, em todas as direções.
Avaliam-se motores.
Praticam-se esportes.
Ensaiam-se bailados.
Testam-se receitas culinárias.
Experimenta-se a qualidade do sabão, aconselhado no programa radiofônico.
ººº
A Doutrina Espírita é código de princípios trazidos ao mundo pelos mensageiros do Cristo, objetivando a restauração do Evangelho, cuja vivência, no campo das atividades terrestres, o próprio Cristo demonstrou claramente possível.
Cabe, assim, a nós, os discípulos e seguidores da Nova Revelação, - o dever de não interromper-lhe a marcha, no enlevo improdutivo, diante dos fenômenos, e nem paralisar-lhe a força edificante nas conjecturas estéreis, reconhecendo que compete a nós todos a obrigação de incorporá-la à nossa própria vida, de modo a provar que o Espiritismo é a religião natural da verdade e do bem que renova e funciona.
Emmanuel do livro: Opinião Espírita de Chico Xavier / Waldo Vieira
segunda-feira, 24 de junho de 2019
Na obra de salvação
Na obra de salvação
Emmanuel
“Porque Deus não nos tem designado para a ira, mas para a aquisição da salvação por Nosso Senhor Jesus Cristo.” Paulo (I Tessalonicenses, 5:9)
Por que não somos compreendidos?
Por que motivo a solidão nos invade a existência?
Por que razões a dificuldade nos cerca?
Por que tanta sombra e tanta aspereza, em torno de nossos passos!
E a cada pergunta, feita de nós para nós mesmos, seguem-se, comumente, o desespero e a inconformação, reclamando, sob os raios mortíferos da cólera, as vantagens de que nos sentimos credores.
Declaramo-nos decepcionados com a nossa família, desamparados por nossos amigos, incompreendidos pelos companheiros e até mesmo perseguidos por nossos irmãos.
A intemperança mental carreia para nosso íntimo os espinhos do desencanto e os desequilíbrios orgânicos inabordáveis, transformando-nos a existência num rosário de queixas preguiçosas e enfermiças.
Isso, porém, acontece porque não fomos designados pelo Senhor para o despenhadeiro escuro da ira e sim para a obra de salvação.
Ninguém restaura um serviço sob as trevas da desordem.
Ninguém auxilia ferindo sistematicamente, pelo simples prazer de dilacerar.
Ninguém abençoará as tarefas de cada dia, amaldiçoando-as, ao mesmo tempo.
Ninguém pode ser simultaneamente amigo e verdugo.
Se tens notícia do Evangelho, no mundo de tua alma, prepara-te para ajudar, infinitamente...
A Terra é a nossa escola e a nossa oficina.
A Humanidade é a nossa família.
Cada dia é o ensejo bendito de aprender e auxiliar.
Por mais aflitiva seja a tua situação, ampara, sempre, e estará agindo no abençoado serviço de salvação a que o Senhor nos chamou.
Emmanuel por Chico Xavier do livro: Fonte Viva
domingo, 23 de junho de 2019
Entrevista com Arnaldo Rocha
Entrevista com Arnaldo Rocha
Arnaldo Rocha
Temas abordados:
- Como ele, um lutador de jiu-jtsu ateu tornou-se espírita
- Criação do Grupo Meimei com Chico Xavier
- Mediunidade
- Transfiguração
- Doutrinação
- Reuniões de Pronto-Socorro Espiritual
- Manifestações simultâneas
- Controle da mediunidade
Fonte: EBH - Espiritismo
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Declaração de Origem
- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
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- As imagens contidas no site são apenas ilustrativas e não fazem parte das mensagens e dos livros.
- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
- As palavras mais difíceis ou nomes em cor azul em meio ao texto, quando acessados, abrem janela com o seu significado ou breve biografia da pessoa.
- Toda atividade do blog é gratuita e sem fins lucrativos.
- Se você gostou da mensagem e tem possibilidade, adquira o livro ou presenteie alguém, muitas obras beneficentes são mantidas com estes livros.
- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com
sábado, 22 de junho de 2019
Quando assumimos a nossa responsabilidade
Quando assumimos a nossa responsabilidade
Rossandro Klinjey
sexta-feira, 21 de junho de 2019
Dúvidas
Dúvidas
Irmão X.
Afirma você que passou a experimentar inqualificável flagelo íntimo, desde que iniciou o desenvolvimento das faculdades medianímicas, à face das dúvidas que lhe assaltam a vida.
E acrescenta que, em seu grupo, a maioria dos companheiros descrê de suas palavras, enquanto os amigos lhe metem a ridículo as informações que consegue recolher da Espiritualidade.
Enunciando desapontamentos e embaraços, você conclui: “vale a pena continuar sofrendo tamanhas desilusões? Não será um serviço prematuro esse, em que somos defrontados, a cada instante, pela negação sistemática, a partir daqueles que mais amamos”?
Estimaria alinhar opiniões e argumentos que lhe extirpassem de imediato as atribulações da cabeça, mas, estamos todos, encarnados e desencarnados, em luta evolutiva na Terra, sob a carga dos problemas alusivos ao nosso resgate de consciências endividadas perante a Lei.
Você ai, tanto quanto nós padece o desafio constante das dificuldades que lhe dizem respeito ao aprimoramento da alma, e, sinceramente, não dispomos de receituário para a sua doença, além daquele que nos é formulado pelos princípios cristãos no capítulo em que nos aconselham desculpa incondicional para toda ofensa.
Ouso, contudo lembrar-lhe a história de “alguém” que passou pelo mundo, suportando aflições maiores que as nossas.
Ninguém tolerou, até hoje, as afrontas que lhe foram atiradas em rosto, em matéria de injúria e desconfiança.
Nascido para o desempenho de celeste missão foi anunciado aos parentes pela visita dos anjos.
Dele, tradições numerosas forneciam testemunho incessante ao ânimo popular.
Mensagens e visões indicaram-lhe a vinda aos familiares maravilhados e, mesmo assim, não apareceu quem se animasse a oferecer-lhe um cubículo em casa para nascer, a ponto de, renegado por toda a gente, refugiar-se entre os animais.
Desenvolvendo-se ao lado de um primo, considerado profeta de grande merecimento, com quem se iniciou no alto ministério de que estava incumbido foi depois por ele interpelado quanto à veracidade de sua investidura.
De censuras e sarcasmos dos principais de seu tempo nem é preciso falar. Basta dizer que foi corrido por todos eles qual se fosse idiota, circunstância que o obrigou a asilar-se entre pescadores e homens rudes de singelo rincão. Todavia, mesmo entre estes, embora andasse, de contínuo, fazendo o bem, restaurando enfermos e ensinando a verdade, recolheu azedume infamante. Um deles, situando-lhe em dúvida o serviço divino, abocanhou dinheiro para denunciá-lo à justiça como agitador perigoso, conduzindo-o à prisão.
Dos agentes da autoridade, os quais procurou respeitar, teve o cárcere por resposta, e do povo, de quem curara chagas e extinguira infortúnios, recebeu o tratamento devido a uma fera solta.
Dos amigos diletos, um dos mais nobres negou conhecê-lo por três vezes numa só noite, e todos fugiram, envergonhados e atônitos, quando lhe viram a decisão de se entregar à morte na cruz como supremo recurso de resistência perante o mal.
Nem por isso, no entanto, abandonou os companheiros e os acusadores gratuitos no charco da ignorância, regressando, depois da morte, para auxiliá-los em perpetuidade de entendimento.
Esse “alguém” meu amigo, como claramente já percebeu, foi Jesus Cristo, o Divino Governador da Terra.
Regozijar-nos-emos se o que a ele aconteceu puder servir para seu esclarecimento e conforto; mas, se você não conseguir edificar-se em tão sublime exemplo, a única solução será desistir lamentavelmente da sua oportunidade de cooperar na sementeira da luz divina, assentando-se na cinza da frustração, até que o tempo lhe renove a visão, no Universo de Deus.
Irmão X. por Chico Xavier do livro: Irmãos Unidos
quinta-feira, 20 de junho de 2019
Contrabando
Contrabando
Hilário Silva
- Acautele-se, meu filho! Fuja de qualquer desrespeito ao caminho legal. Resigne-se ao dever. O trabalho honesto é a vida segura. Pode haver embaraço, sim. Pode haver. Mas o suor na obrigação bem cumprida é o preço correto da verdadeira felicidade! – assim falava o Espírito de Dona Maria Clara ao seu filho Leonardo, através do médium. – Não queira contrabando. Você é tintureiro. Cuide da roupa limpa, que é serviço de Deus. Lembre-se de que, às vezes, tudo exigindo, costumamos tudo perder. A criatura tem livre-arbítrio para melhorar o destino ou agravá-lo, todos os dias.
Entretanto, ali mesmo, ao término da sessão, Leonardo Madeira falava aos amigos:
- Ora, ora. Minha mãe mora noutro mundo... Aposto que mudaria se estivesse no nosso...
Tenho um filho para educar e o colégio é um osso duro... Minha vida é meu filho. Jurei que não terá de futuro as minhas dificuldades...
- Mas ouça, Leonardo – falava Serra, um dos diretores do templo -, você precisa considerar... Se você realmente negocia de forma clandestina...
- Clandestina, por que? Meu trabalho é tão lícito quanto os outros. Compro e vendo, é tudo que faço.
E Leonardo continuou. Ricardo era o filho feliz.
Para estudos de Ricardo, passeios de Ricardo, exigências de Ricardo e loucuras de Ricardo, fizera-se o receptador de perfumes e isqueiros, revólveres e rádios, no comercio ilegal.
Burlava, com esmero, os agentes do fisco. E a renda aumentava. Chegou, porém, a noite de enorme desilusão.
Recebera Leonardo três revólveres finos para passar adiante.
À noite, o filho, alcoolizado em festa junina, chega em casa e deslumbra-se.
Observa um exemplar, apalpa o outro, ainda o terceiro. Por fim, simpatiza mais fortemente com um deles. E tem a ideia louca de disparar, como complemento aos folguedos daquela noite.
Carrega a arma e experimenta, mas os dedos tremem, altera-se a direção e a bala lhe vara o peito. Rebuliço. Gritaria. Corre-corre. Ambulância. Mas, em poucos minutos, Leonardo, desalentado, recolhe o filho morto.
Hilário Silva do livro:
A Vida Escreve de Chico Xavier / Waldo Vieira
Declaração de Origem
- As mensagens, textos, fotos e vídeos estão todos disponíveis na internet.
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- As frases de personalidades incluídas em alguns textos não fazem parte das publicações, são apenas ilustrativas e incluídas por fazer parte do contexto da mensagem.
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- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles, a razão e a universalidade.
- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.
- Dúvidas e contatos enviar e-mail para: regeneracaodobem@gmail.com
quarta-feira, 19 de junho de 2019
O peru pregador
O peru pregador
Neio Lúcio
Um belo peru, após conviver largo tempo na intimidade duma família que dispunha de vastos conhecimentos evangélicos, aprendeu a transmitir os ensinamentos de Jesus, esperando-lhe também as divinas promessas. Tão versado ficou nas letras sagradas que passou a propagá-las entre as outras aves.
De quando em quando, era visto a falar em sua estranha linguagem “glá-glé-gli-gló-glu”. Não era, naturalmente, compreendido pelos homens. Mas os outros perus, as galinhas, os gansos e os marrecos, bem como os patos, entendiam-no perfeitamente.
Começava o comentário das lições do Evangelho e o terreiro enchia-se logo. Até os pintainhos se aquietavam sob as asas maternas, a fim de ouvi-lo.
O peru, muito confiante, assegurava que Jesus-Cristo era o Salvador do Mundo, que viera alumiar o caminho de todos e que, por base de sua doutrina, colocara o amor das criaturas umas para com as outras, garantindo a fórmula de verdadeira felicidade na Terra. Dizia que todos os seres, para viverem tranquilos e contentes, deveriam perdoar aos inimigos, desculpar os transviados e socorrê-los.
As aves passaram a venerar o Evangelho; todavia, chegado o Natal do Mestre Divino, eis que alguns homens vieram aos lagos, galinheiros, currais e, depois de se referirem excessivamente ao amor que dedicavam a Jesus, laçaram frangos, patinhos e perus, matando-os, ali mesmo, ante o assombro geral.
Houve muitos gritos e lamentações, mas os perseguidores, alegando a festa do Cristo, distribuíram pancadas e golpes à vontade.
Até mesmo a esposa do peru pregador foi também morta.
Quando o silêncio se fez no terreiro, ao cair da noite, havia em toda parte enorme tristeza e irremediável angústia de coração.
As aves aflitas rodearam o doutrinador e crivaram-no de perguntas dolorosas.
Como louvar um Senhor que aceitava tantas manifestações de sangue na festa de seu natalício? Como explicar tanta maldade por parte dos homens que se declaravam cristãos e operavam tanta matança? Não cantavam eles hinos de homenagem ao Cristo? Não se afirmavam discípulos d'Ele? Precisavam, então, de tanta morte e tanta lágrima para reverenciarem o Senhor?
O pastor alado, muito contrafeito, prometeu responder no dia seguinte.
Achava-se igualmente cansado e oprimido. Na manhã imediata, ante o Sol rutilante do Natal, esclareceu aos companheiros que a ordem de matar não vinha de Jesus, que preferira a morte no madeiro a ter de justiçar; que deviam todos eles continuar, por isso mesmo, amando o Senhor e servindo-o, acrescentando que lhes cabia perdoar setenta vezes sete. Explicou, por fim, que os homens degoladores estavam anunciados no versículo quinze do capítulo sete, do Apóstolo Mateus, que esclarece: — “Acautelai-vos, porém, dos falsos profetas, que vêm até vós vestidos como ovelhas, mas interiormente são lobos devoradores”. Em seguida, o peru recitou o capítulo cinco do mesmo evangelista, comentando as bem-aventuranças prometidas pelo Divino Amigo aos que choram e padecem no mundo.
Verificou-se, então, imenso reconforto na comunidade atormentada e aflita, porque as aves se recordaram de que o próprio Senhor, para alcançar a Ressurreição Gloriosa, aceitara a morte de sacrifício igual à delas.
Neio Lúcio por Chico Xavier do livro: Alvorada Cristã
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