sábado, 31 de julho de 2021

A lição da aranha

A lição da aranha

Emmanuel



O aprendiz perguntou ao orientador, depois da aula, em torno das dificuldades humanas: 

-Instrutor, onde os motivos pelos quais sempre se multiplicam os obstáculos, diante dos homens, impedindo-lhes a sublimação espiritual?

O amigo convidou o discípulo a Visitar um casarão próximo, semiabandonado.

Entraram e, numa sala espaçosa, grande aranha se mostrava presa no centro da caprichosa rede de fios, entretecida por ela mesma.

-Vês esta aranha encarcerada no labirinto, feito por ela própria? – indagou o mentor.

-Ante o sinal afirmativo do rapaz, o amigo acrescentou:

-Observemos.

Passados alguns instantes, apareceu jovem auxiliar de serviço, naquela moradia quase desabitada e usando um espanador, desfez o tecido, libertando a aranha, que se deu pressa em esconder sob pesado móvel.

-Voltaremos amanhã para nossos apontamentos – falou o orientador.

No dia seguinte, professor e discípulo regressaram ao casarão e, num aposento diverso, a mesma aranha se apressara no centro de outros fios tecidos por ela própria.

Decorridos poucos segundos, a jovem da véspera reapareceu e acabou com a trama, libertando a aranha que se afastou, ocultando-se em antigo móvel desocupado.

Mais um dia e, pela terceira vez, o instrutor e o aprendiz retornaram ao mesmo local. A jovem, já conhecida, surgiu e agitando o espanador liberou a aranha que, rapidamente, tomou novo esconderijo sob mala suspensa.

Foi então que o mentor, dirigindo- se ao rapaz, resumiu a lição. esclarecendo.

-Lembrou você que os homens lutam com grandes entraves, no caminho da elevação, mas é preciso reconhecer que a maioria dos nossos companheiros, no Plano Físico, quase sempre agem à maneira da aranha. O espanador providencial do sofrimento surge a libertá-los das prisões engenhadas e construídas por eles, entretanto, que podemos fazer se eles mesmos se escondem nos hábitos que acalentam e, depois, usando o livre arbítrio, criam novos problemas para eles próprios?

Emmanuel por Chico Xavier do livro: 
Agora é o tempo.

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sexta-feira, 30 de julho de 2021

O bico de gás

O bico de gás 

Hilário Silva


"Felizes os que acreditam sem terem visto." 
João - 20:29

I

Naquela noite Vitalino Caixeta discutira muito. Acaloradamente.

Opondo-se aos argumentos de dois amigos, combatia a fé. Acreditava somente no que visse. Estudara profundamente a anatomia e precisava apalpar para crer. Necessitava sentir, ouvir, cheirar, analisar...

Por isso mesmo, estava contrariado ao recolher-se.

A esposa demorou-se ainda um tanto em luta pela ordem no apartamento estreito.

Acomodava os filhinhos, atendia aos misteres da casa.

Mas, mesmo depois que Dona Constância passou a ressonar, Vitalino prosseguia em solilóquio mental.

Não mudaria. Era homem prático. Só se renderia à evidência dos fatos. Queria fatos. Mais fatos. Mais fatos para compreender os fatos.

Algo cansado, acabou dormindo.

Dormiu e sonhou que se achava diante de Rosalino, seu velho irmão desencarnado havia muitos anos...

II

Rosalino dizia convincente:

- “Meu caro, ouvimos-lhe as considerações silenciosas.”

Realmente, as provas de sobrevivência, muitas vezes, são difíceis. Mas, essa circunstância, só por só, não lhe autoriza negá-la.

Veja bem.

Existe a fé automática, inconsciente, sem comprovação. É a aceitação dos acontecimentos naturais, sem a ajuda dos sentidos.

Em quanta coisa você confia inteiramente sem proceder a qualquer exame!

Você não examina a competência do motorista, mas viaja no veículo despreocupadamente...

Você não testa a resistência do leito, cada noite, mas deita e dorme tranquilo...

Você não vê os ingredientes que lhe compõem a refeição, mas come sem medo...

Você não experimenta a segurança da casa bancária, mas confia-lhe os bens sem titubear...

Por outro lado, inúmeras ocorrências perspassam-lhe na vida sem merecer-lhe estudo mais acurado.

Você não apalpa o ar, mas respira o oxigênio sem susto...

Você não vê o vírus, mas sofre a gripe...

Você não escuta muitas das ondas sonoras que se entrecruzam à sua volta, mas ouve satisfeito os programas radiofônicos...

Você não mediu o Universo, metro a metro, mas reconhece o infinito da Criação...

Você não morreu ainda, mas aceita a fatalidade do fenômeno da morte... 

Igualmente, meu amigo, você diz que não vê e não pega o Mundo Espiritual, mas... ele existe...

Acorde para a verdade!

Acorde e viva!

Acorde e viva!


III

Como se impulsionado por estranha força, Vitalino despertou no corpo físico.

O ambiente pesava. Fazia-se o ar irrespirável. Algo sucedera de estranho...

Levantou-se estremunhado. Procurou o berço das duas crianças. Ambas desacordadas.

Aflito, abre maquinalmente a janela próxima e faz luz.

Somente aí descobre que a esposa, distraída, deixara aberta a torneira do gás.

A família salvara-se a tempo.

E, passado o perigo, tomou papel e lápis, escreveu todas as considerações que ouvira em sonho, e começou a meditar...

Hilário Silva por Chico Xavier do livro:
A Vida Escreve

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quinta-feira, 29 de julho de 2021

Belarmino Bicas

Belarmino Bicas

Irmão X.



Depois da festa beneficente, em que servíramos justos, Belarmino Bicas, prezado companheiro a que nos afeiçoamos, no Plano Espiritual, chamou-me à parte e falou, decidido:

- Bem, já que estivemos hoje em tarefa de solidariedade, estimaria solicitar um favor...

Ante a surpresa que nos assaltou, Belarmino prosseguiu: 

- Soube que você ainda dispões de alguma facilidade para escrever aos companheiros encarnados na Terra e gostaria de confiar-lhe um assunto... 

- Que assunto? 

- Acontece que desencarnei com cinquenta e oito anos de idade, após vinte de convicção espírita. Abracei os princípios codificados por Allan Kardec, aos trinta e oito, e, como sempre fora irascível por temperamento, organizei, desde os meus primeiros contatos com a Doutrina Consoladora, uma relação diária de todas as minhas exasperações, apontando-lhes as causas para estudos posteriores... Os meus desconchavos, porém, foram tantos que, apesar dos nobres conhecimentos assimilados, suprimi, inconscientemente, vinte e dois anos da quota de oitenta que me cabia desfrutar no corpo físico, regressando à Pátria Espiritual na condição de suicida indireto... Somente aqui, pude examinar os meus problemas e acomodar-me às desilusões... Quantos tesouros perdidos por bagatelas! Quanta asneira em nome do sentimento!... 

E, exibindo curioso papel, Belarmino acrescentava: 

- Conte o meu caso para quem esteja ainda carregando a bobagem do azedume! Fale do perigo das zangas sistemáticas, insista na necessidade da tolerância, da paciência, da serenidade, do perdão! Rogue aos nossos companheiros para que não percam a riqueza das horas com suscetibilidades e amuos, explique ao pessoal na Terra que mau humor também mata!... 

Foi então que passei à leitura da interessante estatística de irritações, que não me furto à satisfação de transcrever:

Belarmino Bicas – Número de cóleras e mágoas desnecessárias com a especificação das causas respectivas, de 1936 a 1956: 
  • 1811 em razão de contrariedades em família; 
  • 906 por indispor-se, dentro de casa, em questão de alimentação e higiene; 
  • 1614 por altercações com a esposa, em divergência na conduta doméstica e social; 
  • 1801 por motivo de desgostos com os filhos, genros e nora; 
  • 11 por descontentamento com os netos; 
  • 1015 por entrar em choque com chefes de serviço; 
  • 1333 por incompatibilidade no trato com os colegas; 
  • 1012 em virtude de reclamações a fornecedores e logistas em casos de pouca monta; 
  • 614 por mal entendidos com vizinhos; 
  • 315 por ressentimentos com amigos íntimos; 
  • 1089 por melindres ante o descaso de funcionários e empregados de instituições diversas; 
  • 615 por aborrecimentos com barbeiros e alfaiates; 
  • 777 por desacordos com motoristas e passageiros desconhecidos, em viagem de ônibus, automóveis particulares, bondes e lotações; 
  • 419 por desavenças com leiteiros e padeiros; 
  • 820 por malquistar-se com garçons em restaurantes e cafés; 
  • 211 por ofender-se com dificuldades em serviços de telefones; 
  • 90 por motivo de controvérsias em casas de diversões; 
  • 815 por abespinhar-se com opiniões alheias em matéria religiosa; 
  • 217 por incompreensões com irmãos de fé, no templo espírita; 
  • 901 por engano ou inquietação, diante de pesares imaginários ou da perspectiva de acontecimentos desagradáveis que nunca sucederam. 
Total: 16.386 exasperações inúteis. 
Esse, o apanhado das irritações do prestimoso amigo Bicas: 16.386 dissabores dispensáveis em 7.300 dias de existência, e, isso, por quatro lustros mais belos de sua passagem no mundo, porque iluminados pelos clarões do Evangelho Redivivo. Cumpro-lhe o desejo de tornar conhecida a sua experiência que, a nosso ver, é tão importante quanto as observações que previnem desequilíbrios e enfermidades, embora estejamos certos de que muita gente julgará o balanço de Belarmino por mera invencionice de Espírito loroteiro.

Irmão X. por Chico Xavier do livro:
Cartas e Crônicas 

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quarta-feira, 28 de julho de 2021

O problema difícil

O problema difícil

Neio Lúcio



Entre os comentários da noite, um dos companheiros mostrou-se interessado em conhecer a questão mais difícil de resolver, nos serviços referentes à procura da Luz Divina.

Em que setor da luta espiritual se colocaria o mais complicado problema?

Depois de assinalar variadas considerações, ao redor do assunto, o Mestre fixou no semblante uma atitude profundamente compreensiva e contou:

— Um grande sábio possuía três filhos jovens, inteligentes e consagrados à sabedoria.

Em certa manhã, eles altercavam a propósito do obstáculo mais difícil de vencer no grande caminho da vida.

No auge da discussão, prevendo talvez consequências desagradáveis, o genitor benevolente chamou-os a si e confiou-lhes curiosa tarefa.

Iriam os três ao palácio do príncipe governante, conduzindo algumas dádivas que muito lhes honraria o espírito de cordialidade e gentileza.

O primeiro seria o portador de rico vaso de argila preciosa.

O segundo levaria uma corça rara.

O terceiro transportaria um bolo primoroso da família.

O trio fraterno recebeu a missão com entusiástica promessa de serviço para a pequena viagem de três milhas; no entanto, a meio do caminho, principiaram a discutir.

O depositário do vaso não concordou com a maneira pela qual o irmão puxava a corça delicada, e o responsável pelo animal dava instruções ao carregador do bolo, a fim de que não tropeçasse, perdendo o manjar; este último aconselhava o portador do vaso valioso, para que não caísse.

O pequeno séquito seguia, estrada afora, dificilmente, porquanto cada viajor permanecia atento a obrigações que diziam respeito aos outros, através de observações acaloradas e incessantes.

Em dado momento, o irmão que conduzia o animalzinho olvida a própria tarefa, a fim de consertar a posição da peça de argila nos braços do companheiro, e o vaso, premido pelas inquietações de ambos, escorrega, de súbito, para espatifar-se no cascalho poeirento.

Com o choque, o distraído orientador da corça perde o governo do animal, que foge espantado, abrigando-se em floresta próxima.

O carregador do bolo avança para sustar-lhe a fuga, internando-se pelo mato a dentro, e o conteúdo de prateada bandeja se perde totalmente no chão.

Desapontados e irritadiços, os três rapazes tornam à presença paterna, apresentando cada qual a sua queixa e a sua derrota.

O sábio, porém, sorriu e explicou-lhes:

— Aproveitem o ensinamento da estrada. Se cada um de vocês estivesse vigilante na própria tarefa, não colheriam as sombras do fracasso. O mais intrincado problema do mundo, meus filhos, é o de cada homem cuidar dos próprios negócios, sem intrometer-se nas atividades alheias. Enquanto cogitamos de responsabilidades que competem aos outros, as nossas viverão esquecidas.

Jesus calou-se, pensativo, e uma prece de amor e reconhecimento completou a lição.

Neio Lúcio por Chico Xavier do livro:
Jesus no Lar

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terça-feira, 27 de julho de 2021

Proteção

Proteção

André Luiz




Duas horas de fria madrugada num hotel pequeno de rodovia.

O cavalheiro chegou apressado e pediu a chave do aposento em que se instalara durante o dia.

Inexplicavelmente, a chave desaparecera, e o interessado se confiou à exasperação.

Gritou. Acusou empregados.

A gerência interferiu com gentileza.

Outro quarto lhe foi entregue. O homem, porém, declarou que deixara junto ao leito grande soma de dinheiro e exigiu fosse a porta arrombada.

Depois de muita crítica, em que ameaçava a casa com denúncia à polícia, concordou em ocupar um aposento vizinho.

Somente pela manhã, ao sol muito alto, a fechadura foi quebrada. E só então o inconformado hóspede, ao retirar o dinheiro, verificou que sob o travesseiro se ocultava enorme escorpião.

André Luiz por Chico Xavier do livro:
Endereços de Paz

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segunda-feira, 26 de julho de 2021

O sumiço de Deus

O sumiço de Deus

Richard Simonetti



Oito e dez anos, dois irmãos "do barulho".

Qualquer confusão na pequena cidade invariavelmente envolvia os pirralhos.

A mãe, preocupada com o futuro dos encapetados rebentos, pediu ajuda ao pároco. O sacerdote recomendou que os levassem à igreja separadamente.

Primeiro o mais novo.

Fê-lo sentar-se na sacristia, sozinho, diante dele.

Tratou logo de intimidá-lo, trovejando:

- Onde está Deus?!

Encolhido na cadeira, o garoto o contemplava pasmo, olhos esbugalhados, boca escancarada, mãos trêmulas...

- Onde está Deus?!

Ante seu mutismo, o padre ergueu ainda mais a voz, e, dedo em riste, bradou, tonitruante:

- Onde está Deus?!

Pondo-se a gritar, apavorado o menino fugiu em desabalada carreira. Direto para casa. Escondeu-se no armário em seu quarto.

Quando o irmão mais velho o encontrou, pálido e agitado, perguntou o que acontecera.

O pobre, tentando recuperar o fôlego, gaguejou:

- Cara, desta vez estamos mesmo encrencados. Deus sumiu! O padre acha que a culpa é nossa!

Essa história evoca um problema atual.

O sumiço de Deus.

Bem sabemos que é impossível.

Cérebro criador, consciência cósmica do Universo, o Criador está sempre presente, aqui, além, acolá, dentro de nós mesmos...

O que anda sumida é a consciência de Sua presença imanente, o Senhor Supremo que tudo vê; que exercita infalível justiça, premiando os bons e corrigindo os maus.

As pessoas não duvidam de Sua existência, mas pensam e agem como se Deus estivesse de férias.

Crimes, roubos, vícios, mentiras, maldades, grandes e pequenos deslizes, em relação às leis divinas, são cometidos, incessantemente, sem que os autores se deem conta de que estão sendo observados pelo Criador.

Daí a força do mal no mundo, embora sob controle do Supremo Bem.

Haverá substanciais mudanças no comportamento humano quando esse "sumiço" for resolvido.

Podemos fazer um teste em relação ao assunto.

Sugiro, leitor amigo, que durante todo um dia desenvolva suas atividades atento à presença divina.

Richard Simonetti 
Do livro: Para rir e refletir

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domingo, 25 de julho de 2021

O monge que queria ver Cristo

O monge que queria ver Cristo

Irmão X.



Conta-nos Longfellow a história de um monge que passou muitos anos, rogando uma visão do Cristo. Certa manhã, quando orava, viu Jesus ao seu lado e caiu de joelhos, em jubilosa adoração.

No mesmo instante o sino do convento derramou-se em significativas badaladas. Era a hora de socorrer os doentes e aflitos, à porta da casa e, naquele momento, o trabalho lhe pertencia. O clérigo relutou, mas, com imenso esforço, levantou-se e foi cumprir as obrigações que Lhe competiam.

Serviu pacientemente ao povo, no grande portão do mosteiro, não obstante amargurado por haver interrompido a indefinível contemplação. Voltando, porém, à cela, após o dever cumprido, oh maravilha! Chorando e rindo de alegria, observou que o Senhor o aguardava no cubículo e, ajoelhando-se, de novo, no êxtase que o possuía, ouviu o Mestre que Lhe disse, bondoso:
“ - Se houvesses permanecido aqui, eu teria fugido.”
Assim, de nossa parte, dentro do ministério que hoje nos cabe, não nos é lícito desertar da luta e sim cooperar, dentro dela, para a vitória do Sumo Bem.

Trecho extraído do prefácio do livro Pontos e Contos de Irmão X. por Francisco Cândido Xavier. 

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Nota: O título - "O monge que queria ver Cristo"-, foi acrescentado por nós unicamente para a postagem desta página (excerto do prefácio), já que no prefácio do livro não há um título.
RDB


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