quarta-feira, 9 de julho de 2025

A palavra nova

A palavra nova

José Petitinga


Não penses em te libertares simplesmente dos males que te afligem.

Diligencia também esgotar, até ao fim, o cálice das provas que te marcam os dias.

Não aspires a deixar para depois a experiência que te cabe.

Sê coerente contigo mesmo, aceitando as lições que escolheste.

Não ores solicitando o afastamento da crise. Acolhe a Indicação Divina, pedindo para que se faça o melhor.

Não pretendas expulsar, de qualquer maneira, os Espíritos enfermos que te assediam. Analisa, acima de tudo, a conquista de tua própria tranquilidade com a melhoria de todos eles.

Conserva o ânimo forte e o coração resignado.

À luz do Evangelho Vivo, não vale mais o adiamento sistemático das dores necessárias. Urge suportá-las, sorridentes e confiantes, desde já, onde estivermos, edificando a nossa felicidade real em futuro menos remoto.

Para outros, a compreensão de semelhante imperativo é extremamente difícil e até mesmo absurda, mas nós encontramos dentro dele a verdade mais alta.

A responsabilidade individual é intransferível.

Jesus, testemunhando a realidade imperecedoura há quase dois mil anos, e, ainda agora, retornando-nos ao convívio, através dos arautos do Além, não se propõe a forjar a mediocridade nas almas e sim a criar sentimentos nobilitantes e imarcescíveis.

Rebelar-se velada ou ostensivamente contra as aflições é o lugar comum de todas as existências e de todas as épocas; resignar-se é a palavra nova para ser aplicada com humildade, ante a justiça da Lei.

Fugir da hora difícil é a ânsia ilusória de todos; enfrentá-la com a serenidade de quem lhe reconhece a função e a oportunidade é tarefa de poucos.

Dá-nos o Consolador lenitivo e paz pelas vias do entendimento, por explicar-nos aquilo que nos parecia incompreensível.

A lágrima pacientemente derramada é passaporte para os Planos Superiores.

O Espírito de Verdade não nos veio instituir férias espirituais.

Sofrimento é trabalho purificador.

Cultivemos a conformação sem abraçar a passividade tímida e preguiçosa, mas sim exercendo o acatamento silencioso e operante de quem sente e raciocina com as sábias diretrizes da Vida, por reconhecer, na espontânea sujeição ao dever, o caminho mais curto para a vitória, à luz da imortalidade.

Tenhamos confiança, convictos de que o ensino de Jesus não caducou: — Bem-aventurados os aflitos!

Porque perseguir o brilho fugaz no mundo, se aqui jamais poderemos viver a Eternidade de que somos herdeiros?

Ampliemos a visão, engrandecendo ideais.

Aproveita o instante sublime de maturidade em que a Providência te encontra com forças suficientes para o resgate dos próprios débitos e sofre agradecendo o ensejo de reabilitação e triunfo. Nenhuma dor surge por acaso.

À frente dos transes que nos atingem, a submissão construtiva é a única medida capaz de sustar os prejuízos das atitudes protelatórias.

E, em verdade, toda prova que nos alimpa e aperfeiçoa constitui sempre uma honra conferida pelos Poderes Maiores que, em no-la enviando, nos consideram dignos de vencer hoje, em nós mesmos, a sombra do mal em que falimos ontem.

Envolve a paisagem terrestre em ondas de fraternidade irradiante.

José Petitinga por Waldo Vieira do livro:
Seareiros de Volta

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