quarta-feira, 19 de novembro de 2025

Felicidade Possível

Felicidade Possível

Joanna de Ângelis



O Espírito está fadado à felicidade.

Mesmo quando opta por atitudes infelizes, durante o processo da evolução, dispõe dos recursos inexauríveis da reencarnação a fim de depurar-se dos erros, avançando no rumo da perfeição.

Esse mecanismo evolutivo vem-lhe imprimindo, na indumentária carnal, os requisitos indispensáveis para que se lhe manifestem as bênçãos da vida, que se lhe encontram em germe, aguardando somente o despertar e o desenvolver das faculdades evolutivas.

Em face disso, ao largo dos milênios o perispírito vem fixando, no cérebro físico, os elementos encarregados de propiciar-lhe a felicidade, assinalando alguns neurônios com essa faculdade especial de produzi-los.

Neurotransmissores específicos, quais a dopamina e a serotonina, são portadores dos fatores que proporcionam felicidade à criatura humana, cabendo ao Espírito somente saber canalizar as emoções de modo que se expressem como alegria de viver, harmonia pessoal, equilíbrio...

De igual maneira, as imperfeições e os compromissos negativos são igualmente registrados no cérebro, dando lugar ao surgimento de equivalentes mensageiros da emoção, que se encarregam de impedir a espontânea manifestação do júbilo e do bem-estar.

Não seja, pois, de estranhar, que modernos neurocientistas informem que já se encontram definidos geneticamente no ser humano os elementos que proporcionam felicidade e desdita, após cuidadosos mapeamentos cerebrais, utilizando-se de equipamentos ultrassensíveis, assim determinando-lhe o destino.

É natural, portanto, que isso ocorra desde que a maquinaria orgânica é uma cópia mais densa do veículo perispiritual, encarregado de definir e elaborar os competentes mecanismos de crescimento para a vida.

Desta maneira, ninguém está fadado a ser ditoso ou desventurado, em face da organização física, que é o efeito dos comportamentos ancestrais do Espírito reencarnado.

A presença desses neurotransmissores é uma consequência do processo ético-moral que decorre das atitudes infelizes que foram perpetradas.

Ínsitos no Espírito, os deslizes morais e os débitos espirituais transferem-se para o corpo, de modo que se estabeleçam os códigos do ressarcimento através das aflições que, bem direcionadas, modificam a estrutura interna da psique, alterando, em longo prazo, a constituição neuronial.

Em face da ocorrência, nada impede o ser de modificar a conduta emocional, estabelecendo metas de prazer e de ventura que podem ser conseguidas mediante a alteração da óptica em torno dos valores existenciais.

*

Não existem efeitos sem causas que os desencadeiem.

Cessando, portanto, a geratriz da ocorrência, o fenômeno desaparece.

Todos estão na Terra para adquirir felicidade, jornadeando no rumo da plenitude que é a meta futura.

Um exame cuidadoso em torno das oportunidades que a vida faculta, e logo surgem paisagens enriquecedoras e motivos alentadores para a mudança total de situação.

O invidente , que antes padecia a noite temerária em que se encontrava, impossibilitado de alegrar-se ante a beleza da inteligência e as bênçãos da emoção, a partir de Braille, que concebeu o alfabeto especial, passou a conhecer o mundo e as coisas, a sentir melhor as concessões da vida e fruídas, tornando o seu padecimento suavizado pela alegria de viver e pensar, sentir e amar.

O paralítico de qualquer espécie, que encontra apoio especializado da ortopedia, recupera os movimentos e torna a existência perfeitamente saudável, compensadora.

Nas hoje denominadas paraolimpíadas, a vitória dos indivíduos que tiveram amputados alguns membros ou perderam a visão, ou experimentaram impedimentos orgânicos, apresentam-se vencedores dos limites que triunfam sobre as dificuldades momentâneas, superando as injunções reencarnacionistas.

As finalidades da existência terrestre são o bem, a vitória sobre os desafios, a superação de si mesmo.

Aquele que se entrega às queixas e lamentações perde o ensejo iluminativo de crescimento e de reparação para o qual recomeça na indumentária orgânica.

Realizando novas conquistas, permitindo-se atividades benéficas e otimistas, os resgates dolorosos cedem lugar às recuperações jubilosas.

O Senhor da Vida não se compraz em castigar aqueles que se entregam aos deslizes morais ou se corrompem diante dos compromissos que menosprezam. Antes, proporciona-lhes o recurso educativo da reparação, mediante o qual se dignificam, restabelecendo os valores éticos propiciadores do seu crescimento espiritual.

Na sucessão das experiências, reformulam a conduta e interagem nas ações compensadoras da verdade, superando as injunções penosas em que renasceram, alcançando outros patamares de bem-estar que os estimulam ao prosseguimento e à vitória total.

Pequenos exercícios e disciplinas interiores auxiliam a conquistar esse desiderato.

Se trouxeres marcas do teu passado infeliz, que agora dificultam a tua alegria de viver, recomeça a experiência da bondade para com os demais, cultivando pensamentos edificantes, que te estimularão ao desenvolvimento das faculdades elevadas que estão adormecidas.

Se experimentares angústias que te parecem injustificáveis, defluentes26 , sem dúvida, da consciência de culpa, faze o bem possível, renovando-te as disposições de serviço e de fraternidade.

Se o desencanto povoa a tua paisagem mental, contempla a Natureza e vive-a, aspirando-lhe o ar puro, mantendo-a sem perturbação, haurindo a sua mensagem de beleza, e notarás uma diferença expressiva quão imediata no teu mundo íntimo.

Sai da situação penosa a que te arrojaste e galga os degraus do esforço pessoal, trabalhando pelo próprio engrandecimento moral.

Não te lamentes, nem te insurjas contra a situação em que transitas.

Altera o rumo, busca novas diretrizes, abre as janelas da alma para a luz do dia esfuziante e sorri de ti mesmo, das circunstâncias penosas, das provas a que estás submetido.

Logo se te surgirão razões ponderosas para seres feliz, e o serás se persistires no programa de autoiluminação.

*

A felicidade pode apresentar-se de mil maneiras diferentes e nunca será perene, enquanto se está no mundo transitório.

Aquilo que hoje representa a finalidade existencial como logro da felicidade, assim que conseguida perde o brilho na sucessão dos dias, deperece no entusiasmo, torna-se rotina e depois desilusão, o que, afinal de contas, é muito bom, ensejando uma nova busca, um novo encontro.

Nunca te detenhas em um objetivo que, logrado, abrirá possibilidade para outro mais adiante.

Aprende a ser feliz com pequenas concessões e conquistas existenciais, desfrutando do prazer de pensar, de compreender, de amar.

Nunca coloques a felicidade em pessoas, em coisas, em valores perecíveis e de transitória posse, porque te decepcionarás com ele.

Não foi por outra razão que Jesus asseverou: O meu reino não é deste mundo, confirmando o Eclesiastes quando afirma que a felicidade não é deste mundo.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco do livro:
Iluminação Interior

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