domingo, 14 de dezembro de 2025

Nos caminhos do tempo

Nos caminhos do tempo

Emmanuel



Achamo-nos todos enleados nas teias da justiça, no campo infinito do tempo, buscando resgatar antigos débitos de ordem espiritual, uns à frente dos outros, e, enquanto nos encarceramos no propósito de cobrança, permaneceremos algemados ao poste mental das flagelações íntimas, encontrando no mundo vasto purgatório de nossos próprios sentimentos.

Só o amor verdadeiro, sentido e vivido, é capaz de subtrair-nos ao fardo da sombra.

Só ele possui bastante luz para dissipar as trevas de que somos antigos prisioneiros.

Não olvides a necessidade de desculpar infinitamente.

Diante da palavra que te magoe, cultiva o silêncio de quem auxilia sem o intuito de recompensa.

Compadece-te sempre.

O amigo que a vaidade cristalizou na ignorância, o familiar que se enregelou na indiferença, o companheiro que desertou do dever a cumprir, o irmão que se converteu em adversário, o inimigo gratuito que te parece são pessoas dignas de piedade.

Quando puderes submeter a própria vida ao câmbio do Cristo, que nos solicita permutar o bem pelo mal, transformando-te em manancial vivo da fraternidade legítima para todos os que te cruzem os passos, o amor será em tua experiência o gênio libertador do coração, pulverizando as sombras que ainda te ocultam os horizontes da Vida Maior, os quais em se descerrando os teus olhos deslumbrados, converter-se-ão em apelos de luz à tua própria ascensão.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Assim Vencerás

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- Para seguirmos corretamente o espiritismo, devemos submeter todas as mensagens mediúnicas ao crivo duplo de Kardec, sendo eles,  a razão e a universalidade.

- Cisão para estudo de acordo com o Art. 46 da Lei de Direitos Autorais - Lei 9610/98 LDA - Lei nº 9.610 de 19 de Fevereiro de 1998.



sábado, 13 de dezembro de 2025

O segredo da vida

O segredo da vida

Vinícius (Pedro de Camargo)



A vida decorre de duas alternativas que se sucedem num ritmo contínuo: dar e receber.

Quem dá pouco, pouco recebe. Quem mais dá, mais recebe e mais vive porque vive a vida mais intensa. "Eu vim para terdes vida, e vida em abundância."

A vida verdadeira, a única vida, é a do Espírito. A que se revela através das formas organizadas é, apenas, o reflexo daquela, tal como a luz da Lua não passa de reflexo do Sol.

O corpo humano vive graças às constantes permutas que nele se processam. Há células que se renovam em poucos dias. Deram o que tinham, morreram e ressurgiram em novos corpos hauridos na fonte da vida eterna.

"Em verdade, em verdade vos digo: Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica só; mas, se morrer, dará muito fruto."

O milagre da multiplicação dos pães, cotidianamente reproduzido no seio da terra, opera-se mediante o sacrifício da semente. É necessário que ela se renuncie, dando-se a si mesma, para que a vida, nela oculta, se manifeste em toda a sua pujança. "Quem renuncia a sua vida neste mundo, conservá-la-á, para a eternidade."

O egoísmo é contraproducente em suas expressões. Destrói e espalha, pretendendo manter e ajuntar. Quem dá a vida da forma aumenta a vida real, que é a do Espírito.

Sujeitando a vida do corpo, que é a reflexa, à vida do Espírito, que é a verdadeira, fazemos crescer em nós o potencial da vida, percebendo-a e sentindo-a em grau cada vez mais elevado.

Mais espiritualmente corresponde a mais vida, mais poder, mais luz, mais aptidão.

"As obras que eu faço, não as faço de mim mesmo. O Pai, que está em mim, produz as obras." "Tudo o que eu faço, vós também podereis fazer, e coisas ainda maiores."

A vida é amor. O egoísmo é a morte. Deus é a dádiva perpétua. Ele não dá por medida. O egoísmo do homem é que delimita suas dádivas e seus dons. Quem pouco recebe é porque pouco dá. A capacidade de receber está em relação com a capacidade de dar. "Dai e dar-se-vos-á, boa medida, bem cogulada, transbordando."

De outra sorte, a vida consiste em aprender e ensinar. Quem mais ensina é quem mais aprende. Quem mais se dispõe a aprender é quem melhor ensina. Por pouco que saibamos, há sempre quem saiba ainda menos, a quem podemos ensinar. Quanto mais sabemos, mais reconhecemos a nossa ignorância e mais vontade temos de aprender. Aprender e ensinar. Subir, auxiliado pelos que se acham em cima, auxiliando, por sua vez, a escalada dos que se encontram embaixo: tal é a Lei.

Dar e receber: eis o segredo da vida.

Vinícius (Pedro de Camargo) do livro:
Na Seara do Mestre

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Nota: Pedro de Camargo, mais conhecido por Vinícius (pseudônimo que adotou e usou por mais de 50 anos), nasceu em Piracicaba (SP) em 7 de maio de 1878. Desde muito jovem abraçou com entusiasmo o Espiritismo, tendo fundado e dirigido em sua terra natal a instituição espírita “Fora da caridade não há salvação”. Por muitos anos presidiu também a “Sociedade de Cultura Artística”, na mesma cidade. Em 1938, mudou-se para a cidade de São Paulo, onde permaneceu até a sua desencarnação em 11 de outubro de 1966. A partir de 1949, desenvolveu, através do rádio, um programa evangélico de grande proveito para os espíritas. Teve participação destacada nos esforços em prol da unificação do Movimento Espírita Brasileiro que culminaria com a criação do Conselho Federativo Nacional (CFN). Colaborou por dezenas de anos com artigos que primavam pela essência altamente doutrinária e evangélica publicados em Reformador. (Trecho extraído do site da FEB)
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sexta-feira, 12 de dezembro de 2025

Algo fazer

Algo fazer

Marco Prisco


"... Eu faço sempre as coisas que são do seu agrad0 (João - 8:29.)

Faça a sua parte, mesmo que seja a modesta contribuição do silêncio.

Dê a mão em auxílio a alguém, embora não disponha de mais, além dela.

Contribua com a homenagem do seu respeito à vida.

Ofereça a parcela que outros não sentem inclinação de doar: varrer uma casa, lavar o chão, enxugar o suor num rosto doentio

Proponha a palavra simples e nobre do perdão, quando surgir oportunidade junto aos contendores que se digladiam.

Sugira o olvido, quando corações aflitos desejarem revidar os remoques sofridos.

Apague a sua presença para que outros sejam vistos, apesar de você reconhecer que o triunfador não é aquele a quem a multidão ovaciona.

Insista no burilamento íntimo. Você sabe que os outros não têm o dever de compreender o que você pensa, enquanto você se propôs espontaneamente a todos atender.

Neste momento, você pode construir a felicidade no coração, facultando novos horizontes à alma sedenta de luz e amplidão.

Marco Prisco por Divaldo Franco do livro:
Momentos de Decisão

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quinta-feira, 11 de dezembro de 2025

Amadurecimento

Amadurecimento

Hammed


“Irmãos, quanto ao modo de julgardes, não sejais como crianças; quanto à malícia, sim, sede crianças, mas, quanto ao modo de julgar, sede adultos”. (I Coríntios, 14:20.)
Quem julga as pessoas e o mundo como responsáveis pela sua infelicidade é infantil e inexperiente.

Quem assume seus erros e se responsabiliza por tudo o que está vivendo interior e exteriormente, traz consigo a maturidade da criatura sábia e sensata, que aprendeu a enxergar a vida com os olhos do discernimento.

A Espiritualidade não nos aprecia ou julga com o “cetro da perfeição”; ao contrário, leva em conta as limitações de nossa condição evolutiva. Ela procura sempre estabelecer o equilíbrio da justiça, pedindo a quem muito sabe e pouco exigindo daquele que quase nada conhece.

São denominados “cuidadores” ou “salvacionistas” os indivíduos que dispensam exagerada atenção e excessivo cuidado à vida das pessoas. Inconscientemente, sentem-se responsáveis por problemas, escolhas, atos, sentimentos, bem-estar e destino de outrem. Esse comportamento, desprovido de maturidade psicológica, manifesta desrespeito à individualidade e invasão dos limites alheios.

Essa “mentalidade salvacionista” pode ter origem na atitude de superproteção cultivada pelos pais na educação dos filhos. Os adultos alegam que as crianças são ainda incapazes e indefesas e, assim, impedem-lhes o exercício diário do desenvolvimento de seu potencial – conjunto de qualidades de todo ser humano ou sua capacidade de realização. Por exemplo, amamentam-nas ou dão lhes de comer numa fase onde elas, por si sós, são capazes de fazer sozinhas; com isso retardam seu amadurecimento, conservando-as dependentes e inseguras emocionalmente.

Por analogia, podemos comparar o ato da alimentação “física” com o ato da alimentação “emocional/espiritual”. Quem tenta, obsessivamente, cuidar dos outros e controlá-los, sob a alegação de “amor ou caridade”, na realidade está apenas dificultando e retardando o despertar das habilidades inatas deles.

“Irmãos, quanto ao modo de julgardes, não sejais como crianças; quanto à malícia, sim, sede crianças, mas, quanto ao modo de julgar, sede adultos”.

O procedimento mais benéfico que podemos adotar para facilitar nosso amadurecimento espiritual, é exercitar o autojulgamento e assumir total responsabilidade por tudo aquilo que sentimos, pensamos e fazemos, deixando que os outros aprendam também a se autojulgar e autorresponsabilizar-se através das próprias experiências.

Ninguém deposita em braços frágeis objetos pesados.

Analogamente, a Divina Providência não nos apresenta um problema sem que tenhamos a capacidade de resolvê-lo.

O que estamos vivendo hoje é produto de nossas escolhas, decisões e, portanto, é responsabilidade só nossa. Quando aceitarmos plenamente essa afirmação, teremos condições de discernir com maior clareza os limites das verdadeiras necessidades, nossas e dos outros.

Hammed por Francisco do Espírito Santo Neto do livro:
Um Modo de Entender - Uma Nova Forma de Viver

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quarta-feira, 10 de dezembro de 2025

Confiança

Confiança

Emmanuel


Toda a nossa vida se baseia na confiança.

Ninguém caminha sem testemunho de fé.

O lavrador confia no solo e cultiva a sementeira que lhe assegura a colheita.

O oleiro confia no barro e plasma nele o vaso precioso que lhe garante a subsistência.

O artífice confia na matéria prima e dela retira a utilidade indispensável à civilização.

Nos mínimos atos da experiência comum, sustentamo-nos simplesmente pela fé.

Confiamos no aparelho gastrointestinal e alimentamo-nos, segundo as necessidades que nos são próprias.

Confiamos nos braços e devotamo-nos à tarefa a que o mundo nos concita a desempenhar.

Confiamos na segurança dos pés e tornamos a direção de que carecemos para a desincumbência de nossos próprios deveres.

Confiamos no cérebro e usamo-la nas mais complicadas operações mentais, na extensão progresso comum.

Assim pois, em nos reportando aos problemas da sublime virtude, é imprescindível estabelecer a confiança em nós mesmos.

Decerto, não podemos dispensar a Proteção Divina nos menores empreendimentos de cada dia, entretanto, não podemos olvidar o imperativo da fé em nossa própria capacidade de criar o bem e estendê-lo.

Levantemo-nos na senda que nos cabe trilhar e recordemos o tesouro das oportunidades que brilham em nossas mãos.

O tempo, a saúde, o equilíbrio e o conhecimento são recursos básicos que nos compete mobilizar no do aproveitamento das bênçãos divinas.

Desfaçamos a neblina da hesitação e da dúvida, ao redor de nossos passos, e cumpramos nossas obrigações com a Vida Superior.

Efetivamente é natural mantenhamos nossa fé viva em Jesus, na preservação do nosso próprio conforto, entretanto, é preciso não esquecer que Jesus, por sua vez, guarda a sua fé em nosso concurso para que se lhe materialize, enfim, na Terra, o reino da Paz e do Amor para sempre.

Emmanuel por Chico Xavier do livro:
Aulas da Vida

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terça-feira, 9 de dezembro de 2025

Júbilos e êxitos

Júbilos e êxitos

Joanna de Ângelis



"Digno é o trabalhador do seu salário" - asseverou Jesus com veemência, ao analisar a situação daquele que se encontra na seara luminosa.

O júbilo decorrente do dever nobremente cumprido, após as fadigas sob o Sol inclemente ou a fúria das tempestades, representa o verdadeiro salário a que se faz jus.

E natural que se experimentem, na jornada e durante o cultivo da Sua seara, os desafios e as dores correspondentes às realizações em curso. Tendo-se em vista as condições do campo moral para joeirar, não são poucos os momentos de testemunhos em forma de dor, de solidão, de constrangimento.

Solo abandonado por largo período transforma-se em matagal perigoso ou em deserto onde a vida pereceu, impondo verdadeiros sacrifícios a todo aquele que o deva transformar em jardim ou pomar.

Uma observação rápida geralmente afirma que a dedicação à caridade, que a abnegação e o sacrifício pelo bem são sempre coroados pelo sofrimento, pela ingratidão das pessoas beneficiadas, por ser essa a lógica do mundo.

Em realidade, a obra de edificação de qualquer natureza é sempre caracterizada por grande esforço e padece, numa sociedade ainda atrasada moralmente, de lutas contínuas com incessantes aflições. É compreensível que assim ocorra, tendo-se em vista a predominância do egoísmo e dos seus maléficos efeitos.

O poder da natureza animal, com os seus instintos agressivos, induz o indivíduo à descrença nos valores éticos, nas bênçãos da ternura e nos efeitos sagrados do amor.

Porque parecem prevalecer o vulgar e os disparates de todo teor, pensam alguns inadvertidos que esse é o estado normal da sociedade, equivocando-se completamente, em razão da chispa divina que se encontra no ser humano, mesmo quando adormecido.

Os sofrimentos são sempre decorrentes de causas anteriores, senão da atual existência, de outras quando, ainda inconsciente das altas responsabilidades que lhe dizem respeito, o obreiro, não se entregando ao dever, permitiu-se condutas inomináveis, que são as verdadeiras geradoras dos futuros padecimentos.

Reencarnando-se para reparar, abençoado pelo serviço de solidariedade e de amor, mais fáceis são-lhe as provações, porque favorecidas pelos sentimentos de renovação íntima e de futuro bem-estar, mediante os quais se reabilita.

Nesse mister de reconstrução do mundo moral, não faltam testemunhos de fidelidade ao trabalho, em face da multidão de desvairados de ambos os planos da Vida que se comprazem na manutenção da desordem, do atraso e da perversidade social.

Pretendem, esses rebeldes, manter a situação nefasta, na qual se beneficiam, fruindo as energias saudáveis daqueles que lhes tombam nos engodos e exaurem-se em obsessões que se prolongam além do corpo físico...

Investem, furiosos, contra todos quantos se voltam para a edificação moral, para a beleza e a harmonia.

Atiram, invigilantes, outros perturbados que se lhes submetem, para que atuem contra os seus propósitos e preparam armadilhas para surpreender os bons lidadores, dificultando-lhes o labor dignificante.

Nada obstante, o Amor de Deus vigia e os Seus mensageiros compassivos estão atentos no amparo aos fiéis servidores, inspirando-os e, ao mesmo tempo, socorrendo-os.

Desse modo, não receies as dores que fazem parte da agenda evolutiva, certo de que tudo quanto te acontece, bem administrado, será sempre para a tua plenitude.

*

Rejubila-te com o êxito dos empreendimentos que abraças em nome de Jesus.

A alegria no serviço transforma-se em estímulo para o seu prosseguimento.

Cuida, porém, de evitar as ilusões que acompanham as glórias terrestres.

Onde estão os triunfadores de um dia do passado, os conquistadores de impérios que pareciam invencíveis, os intrépidos e violentos governantes, temidos e aplaudidos entre sorrisos de bajulação e articulações de ódios?

Revive, mentalmente, o poder das nações que dominaram o mundo do seu tempo, dos filósofos cínicos e dos cientistas mergulhados no materialismo, que decantavam o prazer, dos vingadores perversos e constatarás que a morte a todos e a tudo devorou.

Restam as narrativas a respeito das suas grandezas temporárias, das suas misérias e glórias, odiados uns, esquecidos outros, no entanto, vivos no Mais-além, em processos dolorosos de recuperação...

Tem cuidado com os ouropéis e as vaidades enganosas!

Permanece simples e gentil, em serviço de bondade, porque o êxito do servidor de Jesus é sobre as más inclinações, transformando-as em tesouros de auxílio a si mesmo e ao seu próximo.

Agradece a Deus, que merece todo o resultado nobre das ações, e conscientiza-te da tua pequenez e fragilidade, mantendo-te em vigilância e em oração.

Uma existência física é sempre muito breve para a sublimação.

Alegra-te quando compreendido e cercado de carinho, mas não e olvides que a seara é do Cristo e para Ele transfere os resultados da tua ação, permanecendo em paz, sem significativa alteração no teu modo de ser e de viver.

Busca o silêncio interior, a fim de que o vozerio festivo do momento não te perturbe ou te faça perder o rumo.

Jesus sempre buscava a solidão após os momentos de júbilo e de êxito junto às criaturas sofridas e turbulentas.

Faze de igual maneira.

Interioriza-te e mantém-te sereno.

*

A tarde ardente e alucinada em que Ele foi crucificado esteve precedida, poucos dias antes, pela Sua entrada triunfal em Jerusalém, quando procedente de Betânia.

Rejubila-te, porque amas e trabalhas com afinco para o êxito do Evangelho nas mentes e nos corações das demais criaturas.

Joanna de Ângelis por Divaldo Franco
do livro:
Seja feliz hoje

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segunda-feira, 8 de dezembro de 2025

Determinação

Determinação

Lancellin



É de senso comum das criaturas iluminadas, que devemos ter dois tipos de conduta, para que possamos estar bem com nós mesmos, copiando, às vezes, certas áreas da política mundana: a ditadura e a democracia.

A ditadura deve ser usada na determinação diante de nós mesmos. Dar ordens severas na correção das nossas atitudes, para que se corrija o que não deve ser feito, aprimorando o Bem em todas as latitudes em que o Amor e a Caridade sejam o ponto sagrado das atenções. Avançar no campo onde o desleixo invadiu a ordem e fez desaparecer a harmonia; revestir-se de coragem para estabelecer a brandura onde a exigência polui os sentimentos de fraternidade e nunca se esquecer de alimentar o respeito em todos os departamentos em que a educação deve instalar-se; definir, no campo imenso da mente, as linhas das atitudes, e não deixar que pensamentos sem disciplina invadam os corredores da fala; policiar permanentemente todos os gestos e manter guarda no que deve ser feito? Essa é a audácia de que deves ser dotado para com o teu mundo interno.

A democracia deve ser ampliada no que tange ao exterior, observando os direitos alheios e capacitando todos os entendimentos para que saibas até onde não deves interferir na vida dos outros, enriquecendo o respeito às criaturas, sabendo ouvir os irmãos em caminho, ajudando-os naquilo que estiver ao teu alcance. Democracia é fraternidade, é entender os direitos dos semelhantes; é, quando falamos, sentirmo-nos na qualidade de ouvintes, dando tempo para que o outro também fale, mostrando sua opinião e, certamente, suas experiências.

A escola externa difere da interna. São duas forças paralelas, mas com objetivos idênticos: a perfeição da criatura. A educação interna objetiva o intercâmbio nas esferas exteriores. O homem que já descobriu a si mesmo é valorizado em todas as dimensões da vida.

A primeira coisa que fazemos, quando desencarnamos, se a nossa disposição for para o bem, é ver o que precisa ser mudado em nossa conduta. Morrer é viajar e o que levamos é somente o que somos. Essa é a realidade. Se já sabemos desta verdade, por que não começarmos a nos educar, quando na carne? Ganhamos tempo, ganhamos espaço e ganhamos paz.

O “esquecermos a nós mesmos”, de que as escolas de iniciação nos falam, é esquecer aquilo em que somos errados. Há muita gente que perde tempo e gasta até dinheiro na autovalorização, esquecendo-se de que nada se faz sem os outros. Quando estamos movidos pela vaidade, queremos nos apresentar sempre com aquilo que ainda não fizemos.

Se fizeste alguma coisa de bom, silencia, que o bem propaga o próprio bem sem a tua intervenção, pelas linhas naturais capazes de falar a verdade sem deturpar a harmonia da própria verdade.

Ganha o teu tempo servindo e não exigindo; amando e não pedindo amor; trabalhando e não explorando o trabalho alheio; abençoando e não pedindo bênçãos, sem que haja o teu esforço na aquisição da tua paz. Determina as tuas diretrizes nas diretrizes do Cristo e conserta a ti próprio, sem exigir que os teus irmãos façam o mesmo. De todo o bem que fizeres, receberás a maior parte. Lembra-te disso, e nunca farás barulho com a melhora da tua conduta.

Cortando tuas arestas internas, o exterior mostrar-te-á novo dia.


Lancellin por João Nunes Maia do livro:
Cirurgia Moral


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domingo, 7 de dezembro de 2025

A mochila imperceptível

A mochila imperceptível

Hammed


“Pois nada há de oculto que não se torne manifesto, e nada em segredo que não seja conhecido e venha à luz do dia”. (Lucas, 8:17.)
Cantos assombreados, salas nubladas, sótãos escuros, porões enegrecidos podem ser excelentes metáforas para entendermos os departamentos íntimos da nossa casa mental – nosso “lado sombrio”. Todos temos aspectos escuros, dissimulados, reprimidos e ignorados.

Disse o Dr. Carl Jung: “Todo homem tem uma sombra e, quanto menos ela se incorporar à sua vida consciente, mais escura e densa ela será. Desse modo, ela forma uma trava inconsciente que frustra nossas melhores intenções”. E, disse em outra ocasião: “Aquilo que não fazemos aflorar à consciência aparece em nossas vidas como destino”.

Se tomarmos consciência exata de tudo aquilo que está dentro de nós, encontraremos salvação e bem-estar; no entanto, se desconhecermos e não expressarmos o que está em nossa intimidade, então encontraremos destruição e insanidade.

Na Antiguidade e na Idade Média, os “demônios” serviram de bode expiatório para toda sorte de impulsos e emoções deploráveis dos seres humanos. A concepção medieval era simplista: acreditava-se que todo e qualquer pensamento ou ação era proveniente de agentes malignos, não se admitindo que as denominadas possessões pudessem ser também desordens ou desequilíbrios emocionais que surgiam da área mais escura e negada de nós mesmos – a nossa sombra pessoal.

É frequente acreditarmos que existe somente a sombra de desvirtude – faces inaceitáveis da nossa personalidade, que negamos e que nos causam embaraços. Esses são impulsos que não queremos mostrar ao mundo nem a nós mesmos.

Entretanto, há também uma sombra de luz – um lugar onde enterramos nossa autenticidade, potenciais e aptidões inatas; há “deuses embrionários” dentro de cada ser humano esperando o desenvolvimento.

Aonde quer que vamos, carregamos uma “grande sacola escura”, seja nos recantos bucólicos da Natureza, seja nos campos hostis da luta humana; seja nas moradias comuns, nos lugares de mau aspecto, seja nas belas e suntuosas residências.

Onde estivermos, ela estará conosco.

Por analogia, a sombra é uma “mochila” que levamos nas costas e que; quase nunca é vista claramente. Nela está tudo aquilo que não vemos e não admitimos em nós mesmos. Uma vez levada à luz da consciência, dela emergem as nossas facetas ocultas.

As áreas sombrias da psique apenas são escuras quando dissimuladas e reprimidas; quando retiradas do “fundo do abismo” do reino interior, encontramos suas funções latentes e seus valores não manifestados; aí então ficamos integrados. 

Não há “nada em segredo que não seja conhecido e venha à luz do dia”.

Nós achamos que somos maus, no entanto somos apenas ignorantes.

Nós achamos que temos um interior inadequado, no entanto temos um jeito de ser único.

Nós achamos que deveríamos ser perfeitos, no entanto somos apenas seres em desenvolvimento espiritual.

Nós achamos que somos anormais, no entanto somos apenas criaturas vivenciando a normalidade da imperfeição humana.

Tudo que é muito escondido um dia emerge abruptamente. “Pois nada há de oculto que não se torne manifesto”. Nosso lado sombrio, quando aceito, pode se corporificar em forma de liberdade, saúde e serenidade.

Devemos viver como se fôssemos um “livro aberto”. Não queremos dizer com isso que precisamos viver escancarados para o mundo, mas que, se fechados, ficaremos impossibilitados de nos vermos claramente.

Deus não quer que vivamos os anseios e os projetos de vida dos outros, e sim que concretizemos nossas propostas e anseios existenciais. Nosso movimento interno ou inclinação natural são os motivadores que nos incitam à realização pessoal. E, fora de nossa realização pessoal, não há felicidade, paz e alegria de viver.

O fato de negarmos a nós mesmos nos impede a liberdade de viver de forma legítima, sincera e verdadeira. Os aspectos internos que mais tememos podem ser o meio de acesso para a solução que estamos procurando ou a ideia-chave para nossos conflitos.

Hammed por Francisco do Espírito Santo Neto do livro:
Um Modo de Entender - Uma Nova Forma de Viver

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