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terça-feira, 13 de maio de 2025

Revisão espírita

Revisão espírita

Teles de Menezes



Destituído do sobrenatural, o Espiritismo produz a fé que é certeza plena, pacífica, baseada na Ciência e na Filosofia, sem apelar para o misticismo; dispensa arrazoados sutis e aparentemente lógicos de que habitualmente se valeram seitas do passado para iludir quem raciocina; maneja fatos e argumenta com a vida, não carecendo da mínima ardileza ou de engenhosas adaptações a ideias novas do mundo para manter-se racional.

Não é unicamente uma religião bela, é uma crença positiva, coerente, marchando ombro a ombro com a Ciência no combate ao mito, à superstição e ao fanatismo de qualquer natureza, alijando a estratégia secular da formação religiosa dogmática, interessada em manter o número de seus profitentes pelos freios da tradição e pelos antolhos da rotina.

Consola como toda religião, mas o consolo que distribui satisfaz à razão, fundamentando-se nas respostas a todos os «porquês» que acicatam a alma; confere resignação a quem sofre, mas levanta a resignação otimista, construtiva e operosa, dentro da qual a pessoa não se acomoda à inércia e nem se deita na estrada das circunstâncias, na expectativa da morte.

A todos aqueles que indagam sofrendo ou experimentando perplexidades diante do Universo, o Espiritismo liberta, acalma e reajusta, fazendo compreender, antes de fazer crer.

O espírita, à vista disso, há de ser racionalista, pois ninguém poderá ser espírita por simples hábito ou somente por interesse social. O Espiritismo requisita análises, conclusões, estudos, e, coroando toda a realidade que apresenta, pede esforços persistentes para que a criatura supere espiritualmente a si mesma, na esfera de limitações que ainda carreie.

O maravilhoso, a adesão cega e o entusiasmo inconsciente não lhe alimentam a fé. O espírita crê, não apenas porque sente, mas sobretudo porque observa, comprova, verifica, jamais entrando em crises de dúvidas capazes de transfigurar-lhe a confiança em desilusão.

A criatura não precisa de senso religioso para aceitar os princípios espíritas, bastar-lhe-á pensar e concluir por si, de vez que o próprio Espiritismo lhe reclama pesquisa e reflexão acerca de tudo o que lhe compõe o campo doutrinário.

Ao espírita não é indispensável um diretor espiritual. Ele age por si, deduzindo, segundo o Espiritismo, sob o critério da consciência.

Na verdade, se a criança pode ser preparada para a condição de espírita integral, espírita, só o adulto vem a ser, porque a fé espírita não é ingênua, nem ilógica e ninguém será verdadeiro espírita exclusivamente porque deseje crer em algo, através de fenômenos exteriores, sempre discutíveis, ou anseie simplesmente repousar em determinado sistema de reconforto, porquanto o espírita, claramente espírita, não pode, em tempo algum, deixar de refletir.

Faze de quando em quando a revisão dos teus pontos de vista espíritas. O Espiritismo não é religião apenas para as horas de provação ou para o período final da existência: é religião de todo dia, aprendizado de todo instante, em qualquer parte.

Teles de Menezes por Waldo Vieira do livro:
Seareiros de Volta

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